Barbie ao longo dos anos: confira a evolu��o da boneca

Com a aproxima��o do lan�amento do filme “Barbie”, que chega aos cinemas na pr�xima quinta-feira (20/7), a boneca mais famosa do mundo est� em alta. Mas, afinal, como ela se tornou a boneca mais famosa do mundo e de onde ela surgiu? O Estado de Minas conta em detalhes a hist�ria da Barbie at� ela se tornar um �cone cultural e mostra como ela mudou ao longo das d�cadas.

Al�m de ser rica, famosa, bonita e inteligente, a Barbie sempre esteve por dentro da moda. A boneca sempre acompanhou as tend�ncias e padr�es da �poca e ano ap�s ano, se reinventou. Criada em 1959 por Ruth Handler, esposa do cofundador da empresa norte-americana Mattel, Elliot Handler, a boneca se tornou um sucesso absoluto, principalmente em vendas.

 

 

A cada 3 segundos uma Barbie � vendida no mundo, segundo dados divulgados pela BBC. Em 2009 as vendas dessa boneca corresponderam a um quinto do faturamento da Mattel, num total de U$6,4 bi. Em 2019 somente as Barbies princesas faturaram 16 milh�es de reais no Brasil. No mundo, em m�dia, 58 milh�es de unidades dessa boneca s�o vendidas por ano, totalizando mais de um bilh�o de bonecas vendidas desde a sua cria��o.

Foi em 1959 que Ruth Handler, uma empreendedora feminista norte-americana, teve a ideia de criar uma boneca adulta, que pudesse trocar de roupas. Ruth, m�e de B�rbara, apelidada de Barbie, Ken e Skipper, percebeu que sua filha B�rbara adorava trocar as roupas de suas bonecas, mas n�o havia no mercado op��es de pano ou pl�stico com fei��o de uma adolescente em que ela pudesse se inspirar, s� de beb�s.

A ideia de Ruth era mostrar que, por meio do brinquedo fashionista, as meninas podiam ser o que quisessem. “Barbie sempre representou o fato de que a mulher tem escolhas”, dizia ela, que morreu aos 86 anos em 2002. Em seis d�cadas, Barbie j� teve mais de 180 profiss�es, sempre retratando desejos da sociedade na �poca.

A primeira boneca usava um mai� listrado preto e branco, corpo de modelo, cintura fina e pernas longas, a boneca trazia medidas perfeitas e at� mesmo irreais, mas que foi ajustada ao longo da sua hist�ria. Nessa primeira vers�o, a Barbie trouxe acess�rios que poderiam ser trocados e combinados, de acordo com a moda da sua gera��o, algo que at� hoje � um s�mbolo da boneca.

Nos anos 1960, Barbie se consolidava como uma boneca tipicamente americana, mas ao final da d�cada passou a ficar ainda mais alinhada com as tend�ncias da moda mundial. Enquanto em 1962 ela personificava a primeira-dama dos EUA, Jacqueline Kennedy, com o famoso tailleur rosa que mostrava sua eleg�ncia e bom gosto. Foi tamb�m no final dessa d�cada que suas pernas ficaram flex�veis, os olhos azuis e as roupas mais coloridas. Ela tamb�m fez uma nova amiga em 1969: a primeira boneca negra, Christie.

A d�cada de 1970 foi a era da Barbie “paz e amor". Ela se tornou hippie, as roupas e cabelos aumentaram de tamanho e comprou um trailer com seu pr�prio dinheiro. Tamb�m foi nessa �poca que a ic�nica Barbie Malibu deu as caras pela primeira vez com seu bronzeado no ponto e sempre pronta para surfar, al�m de agora andar por a� com seu novo carro: um convers�vel rosa-choque.

Com cabelos esvoa�antes, muito glitter, mangas bufantes e figurinos transparentes, a Barbie dos anos 80 atingiu seu pico de alegria, tanto na maquiagem quanto nas roupas. A Barbie Fitness tamb�m foi uma das estrelas dessa fase.

 

J� nos anos de 1990, a Barbie ganhou outro carro para dirigir: uma Ferrari. Com roupas e acess�rios cada vez mais sofisticados, ela estava pronta para seu novo emprego: Presidente dos EUA. A boneca tamb�m teve outras profiss�es nos anos 90, como rapper, roqueira, dentista, ginasta e m�dica. Em 1996, a Barbie apresentou sua primeira amiga parapl�gica, Becky, que contava com uma cadeira de rodas na caixa.

 

Mas foi no s�culo 21 que a Barbie avan�ou na diversidade: Com novos corpos, cor de pele, cabelos, sexualidade e personalidades, a Barbie assumiu que tem uma hist�ria para contar. Em 2016, Barbies com cabelos crespos, vitiligo e s�ndrome de Down chegaram ao mercado. Esse foi um marco importante na hist�ria da boneca, que passou a ter uma representatividade mais plural.