Jo�o Donato foi "mestre" de "ador�vel" conviv�ncia, dizem artistas

“Querido Jo�o Donato ou Donato, como era chamado no meio musical. Al�m de grande m�sico, compositor e pianista, era uma pessoa ador�vel, uma alegria o tempo todo, bom humor, gentileza e talento puro. Tive o privil�gio de estar no palco com ele e tamb�m de ser seu amigo. T�nhamos o plano de gravar alguma coisa juntos. Fizemos shows em BH e em S�o Paulo. Gostava de sentar, jantar e tomar um vinho com ele, uma das grandes pessoas que conheci nesses anos todos de m�sica. Estava com projeto de fazer um tributo ao compositor carioca Luiz Bonf�, de quem ele gostava muito, mas, infelizmente, Donato se foi. Uma grande perda.”

compositor e violonista

 

 

“Toquei com Jo�o Donato em 2012, no lan�amento do meu segundo disco, quando ele foi o convidado especial. A gente se aproximou e depois fui o convidado dele na s�rie dos seus 80 anos. Logo depois, o convidei para participar do meu terceiro disco, quando fiz uma m�sica para ele, chamada “A camisa do Donato'. Gostava de brincar que, al�m dele ter o maior suingue da m�sica brasileira, tamb�m tinha o maior estilo, era um �cone fashion. E foi uma honra enorme poder ter convivido um pouco com ele, t�-lo recebido no est�dio para gravar uma m�sica minha feita em homenagem a ele. Suas m�sicas eram simples, mas extremamente belas, com harmonias sofisticadas. Foi um mestre que veio nos ensinar e continuar� nos ensinando.”

 

violonista e compositor

 

 

 

“J� havia conhecido Jo�o Donato um dia, na casa de Guarabyra, ainda nos anos 70, mas quando eu morava no Rio de Janeiro. Um dia, o encontrei numa daquelas festas da m�sica, e ele me disse: 'Poxa, quando vamos fazer algo juntos?'. Fiquei honrado e surpreso pelo convite dessa lenda da nossa m�sica de quem j� era admirador e guardei uma composi��o para meu disco instrumental, que, com certeza, lembrava seu piano, mas, infelizmente, n�o deu tempo. Jo�o Donato foi daqueles m�sicos al�m do seu tempo e onipresente na m�sica brasileira, quando a Bossa Nova era muito focada em “um banquinho e um viol�o”. Jo�o j� vinha com a m�sica alegre e jovial, influenciando a todos com seu piano cheio de suingue e brasilidade. Deixa uma obra importante, exemplo da diversidade e riqueza da nossa m�sica.”

cantor, compositor e pianista

 

•••• 

“Conheci o Donato quando fui para Los Angeles, para trabalhar com o S�rgio Mendes, em 1965. N�s nos tornamos grandes amigos. Viajamos muito, fomos para a Austr�lia, Jap�o, R�ssia, fizemos o festival de Montreux, na Su��a, e acabamos de fazer um show muito lindo no Chile mais recentemente -- comigo, ele, Danilo Caymmi, a Paula e o Jaques Morelenbaum. Ele j� estava sofrendo, na cadeira de rodas, estava realmente muito mal. Quando voltou do Chile, ficou internado por 26 dias, at� descobrirem um tumor. Mas a� teve outros problemas de sa�de, j� estava com 88 anos, n�o era mais crian�a e estava muito fora do peso tamb�m. Era um cara muito diferente, tinha um humor maravilhoso, n�o era para todo mundo entender. Era preciso conviv�ncia com ele para entender aquela maneira dele pensar. Era profundamente inteligente e sens�vel.”

cantora

 

•••• 

 

“Fiz o projeto Uma Voz, Um Instrumento e trouxe o Jo�o Donato e o filho dele, o Donatinho a BH. Eu o achava um artista atemporal. Descobri-o quando ele dirigiu um show da Gal Gosta, ‘Cantar’, em 1974. Aquele show e aquele disco foram considerados um fracasso de p�blico e de m�dia que ficou hist�rico. Na vinda dele aqui, em 2019, com o Donatinho, era um show completamente moderno, dei de presente para ele o �udio do show ‘Cantar’, e ele ficou muito emocionado. Achava-o brilhante, de uma musicalidade �mpar, incomum. A gente identifica quando a m�sica � dele, e as parcerias dele com o Jo�o Gilberto s�o incr�veis.”

cr�tico de m�sica e produtor cultural

 

•••• 

“Grande Donatas, saudade do Raimundo. Para trabalhar com ele tinha que ter muita paci�ncia, mas o resultado era mais que esperado, espetacular. Ele foi o respons�vel pelos arranjos do meu disco 'Noturno' (1979).”

cantor e compositor

 

•••• 

“Um grande artista brasileiro, que contribuiu muito para o sucesso da nossa m�sica no mundo. Uma perda irrepar�vel.”

cantor e compositor 

 

•••• 

“Jo�o Donato, um Jo�o que, na arte da m�sica, se fez muitos e distribuiu som, alegria, o bem, a dignidade e o fiel suingue e amizade a todos que o conheceram, Nasceu para a vida eterna, nunca mais vai nos abandonar com seu legado. �ramos amigos e convivemos. Que cara importante!”

cantor e compositor mineiro

 

•••• 

 

“A primeira vez que vi o Jo�o Donato, foi em um disco da Gal Costa. Achei o maior barato, alto, enorme, ele chegou ao est�dio com quatro sax, cinco trompetes e n�o tinha escrito nada, escreveu tudo na hora. �amos gravar aquela m�sica 'S� louco', de Dorival Caymmi. O arranjo ficou lindo e j� fiquei impressionad�ssimo. L�gico que j� o conhecia e tocava os temas dele; depois cheguei a fazer algumas coisas com ele. Por�m, nunca toquei no grupo dele fechado. Nas grava��es, era um g�nio, uma assinatura danada e de alguma forma a gente sabia que era ele, suas composi��es, aparentemente simples, mas com a sutileza dos grandes mestres. Realmente, uma grande perda para este pa�s que n�o valoriza os instrumentistas, mas ele est� l� no topo e ficar� para sempre.”

saxofonista, flautista, professor e arranjador 

 

 

“Dom Nato

Nascer para a m�sica

Emoriar a emo��o

Em frente a esta��o

Bananeira

R�

Flor de Maracuj�

Vento do Canavial

Minhas saudades. Dom Nato Eterno”

multi-instrumentista, compositor e arranjador 

 

•••• 

 

“Para mim, Jo�o Donato � um �cone e tamb�m uma refer�ncia muito grande. Um dos maiores compositores brasileiros. Amo toda a sua obra e pretendo, mais para a frente, gravar um disco cantando somente m�sicas dele. Ele vai deixar uma lacuna muito grande, mas o seu legado est� a� para quem o ama muito e para as pr�ximas gera��es. O que nos cabe � manter esse legado vivo. Jo�o estar� sempre aqui. Fomos amigos. Era uma pessoa doce, querid�ssima, uma grande perda para a m�sica brasileira.”

cantora e compositora

“A primeira vez que vi Donato foi em um retorno dele ao Brasil, em 1974. Foi no show dele com a Gal Costa, no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro. Ele fez a dire��o musical do show e um disco tamb�m, foi uma coisa linda. L� para 1975/76, conheci um disco dele feito com o Eumir Deodato. Esse disco instrumental marcou a minha vida.”

guitarrista

 

•••• 

“Tive a felicidade de ele tocar em uma grava��o minha, com a Clara Nunes cantando, no disco 'O canto das tr�s ra�as', na faixa 'Retrato falado', na qual fiz o viol�o e o Jo�o Donato fez o piano, muito elogiado pelo produtor do disco, Renato Correia. Ele disse que nunca havia visto um entrosamento de viol�o e piano t�o grande. Impressionava-me tudo nele, a simplicidade e a objetividade, mas, na quest�o da composi��o, nunca vi ningu�m igual. Tinha um estilo �nico, imbat�vel.”

compositor, instrumentista e arranjador