Formada em publicidade e propaganda, Bibi tem 24 anos, mora em S�o Paulo e come�ou a cantar sozinha, se inspirando em divas pop como Madonna e Lady Gaga
Trata-se da curitibana Bibi Babydoll, cuja can��o "Automotivo Bibi Fogosa" viralizou na regi�o e ficou em primeiro lugar nas listas Top 50 e Viral 50, ambas do Spotify. A m�sica segue a cartilha dos funks "proibid�es" brasileiros. Na letra, para l� de expl�cita, a cantora diz que sua "xota est� pegando fogo" e "o pau [de seu ficante] � o extintor".
Em entrevista � reportagem, por telefone, Bibi Babydoll, cujo nome de registro � Beatriz Alcade Santos, conta que � cantora h� 7 anos e que ficou surpresa com o sucesso da faixa na regi�o em conflito. O segredo? Usar elementos j� comuns nos hits ucranianos.
"A minha faixa ainda tem uma batida mais latina, com uma letra em portugu�s e uma vozinha suave. E tem tamb�m um sample de 'Can You Feel My Heart', da banda Bring Me the Horizon, que � algo a que eles est�o familiarizados", explica ela. O pa�s do leste europeu � conhecido por enaltecer o rap e o eletr�nico.
Com o boom nas plataformas digitais, ela j� recebeu mais de 12 mil mensagens, em diferentes idiomas, e sua carreira come�ou a tomar um novo rumo. At� agora cantando de forma independente, Bibi agora se prepara para fechar contrato com uma produtora – ela diz que s�o v�rias ofertas desde que a faixa come�ou a viralizar. "Eu n�o aguento mais trabalhar sozinha", confessa a cantora, que espera lan�ar novos singles j� com uma estrutura maior por detr�s.
Formada em publicidade e propaganda, a jovem tem 24 anos, mora em S�o Paulo e come�ou a cantar sozinha, se inspirando em divas pop como Madonna e Lady Gaga. No Brasil, claro, cita Anitta como refer�ncia. E, se olhar para o lado, basta pensar em MC Pipokinha, outra musa do funk mais desbocado.
"Eu acho ela absurda de boa, musicalmente. Ela conseguiu fazer muitas m�sicas chiclete, com temas e frases engra�adas. O que ajudou ela foram os shows perform�ticos", analisa a colega, que fazia apresenta��es como auxiliar de palco e agora se prepara para se lan�ar como estrela do pr�prio show.
Murro no conservadorismo
"Quem reclama disso � o brasileiro. Se ouvir grandes divas do pop nos Estados Unidos, tem coisas que s�o mil vezes piores, como Nick Minaj, Cardi B... � t�o pesado, se n�o mais, que o nosso funk", compara. "As pessoas n�o deviam se preocupar tanto com isso e continuar ouvindo e consumindo se � o que elas gostam."
H� outro detalhe curioso: Curitiba, sua terra natal, � uma cidade declaradamente conservadora. Na pauta da C�mara de Vereadores da cidade, h� um projeto de lei, inclusive, que institui o Dia do Conservadorismo. Para Bibi, a capital paranaense realmente era um problema.
"Eles n�o d�o oportunidade para nada que � novo. Nunca gostei, tem muito 'coxinha'", reclama. "Eu quero mesmo representar isso: levar meu nome assim de curitibana para dar um murro mesmo em todo mundo daquela cidade que diz que eu n�o ia dar certo, que diz que eu era puta demais para fazer as coisas que eu fazia."
*Para comentar, fa�a seu login ou assine