Chega a BH solo de humor 'O porteiro', que tem interatividade com a plateia
Na pe�a, que ter� sess�o neste s�bado (5/8), Alexandre Lino � Waldisney, o funcion�rio nordestino da portaria que substitui o s�ndico na reuni�o de condom�nio
Em cartaz no teatro desde 2017, Alexandre Lino traz a pe�a a BH neste s�bado (5/8); texto ter� vers�o cinematogr�fica com estreia prevista para este m�s
Janderson Pires/Divulga��o
Sobrou para Waldisney. Na aus�ncia do s�ndico, � o porteiro quem fica encarregado de mediar a reuni�o de condom�nio do pr�dio em que trabalha. Essa � a premissa do solo de humor estrelado por Alexandre Lino, que tem sess�o �nica em Belo Horizonte neste s�bado (5/8), no Centro Cultural Unimed- BH Minas.
“O espet�culo nasceu em 2017, como parte de uma pesquisa minha sobre a quest�o migrat�ria dos nordestinos. Ele foi uma forma de celebrar e concluir esse mergulho dentro das minhas ra�zes, do encontro com meu povo”, afirma o ator pernambucano radicado no Rio de Janeiro sobre “O porteiro”.
Antes desse solo, Lino atuou na pe�a “Dom�sticas”, de Renata Melo, e em “Nordestinos”. Para “O porteiro”, ele contou com a parceria de Paulo Fontenelle na elabora��o do texto e na dire��o do espet�culo.
No in�cio do processo, a dupla partiu em busca de relatos de porteiros nordestinos radicados em outras regi�es do Brasil. “N�s falamos: vamos ser fi�is. Vamos buscar as hist�rias de quem de fato tem o lugar de fala nessas situa��es e pode cont�-las com propriedade. Por isso fomos atr�s dos porteiros, at� porque eu sou nordestino, mas n�o sou porteiro, n�o posso querer falar por eles”, comenta.
Ator e diretor deram in�cio �s conversas com os porteiros dos pr�dios em que moravam. As hist�rias c�micas vividas por aqueles que asseguram o bem-estar dos moradores foram coletadas rapidamente pela dupla, que, ao anunciar que estava em busca de relatos, recebeu retornos positivos e, sobretudo, numerosos.
'Meu trabalho vem acompanhado n�o s� do desejo de fazer uma pe�a de humor, que me caracteriza como homem nordestino e artista, mas do desejo de falar dessa que � a maior regi�o do nosso pa�s e desse povo que contribui tanto para a estrutura socioecon�mica, cultural e pol�tica de cidades como Rio, S�o Paulo e Bras�lia'
Alexandre Lino, ator
“T�nhamos uma quantidade imensa de depoimentos e cartas. Paulo se debru�ou em cima disso para criar uma dramaturgia e deixar uma margem em que eu pudesse interagir e brincar com as pessoas na plateia. � uma grande reuni�o de condom�nio em que o s�ndico falta, e o Waldisney, o porteiro, assume a dire��o. Os cond�minos s�o a plateia. Ent�o cada apresenta��o � diferente. No fim, tudo vira uma grande festa”, explica o ator.
Plateia de cond�minos
O formato da encena��o, portanto, � interativo, com os espectadores assumindo o lugar de cond�minos, o que abre espa�o para a improvisa��o.
“� muito divertido, porque temos a realidade da hist�ria real, contada por um porteiro, e a realidade de uma espectadora, por exemplo, que, de repente, vira a Patr�cia do apartamento 601. No momento em que come�amos a interagir, come�am a surgir outras hist�rias, que mudam os rumos da pe�a”, diz.
N�o apenas os rumos, mas at� a dura��o do espet�culo pode mudar, conforme a participa��o do p�blico. “L� no come�o, em 2017, t�nhamos limite de hor�rio. O espet�culo podia durar apenas uma hora”, lembra o ator.
“Quando atingimos uma estabilidade e come�amos a nos apresentar em outros teatros, n�o colocamos mais hor�rio limite na hist�ria. J� chegamos a nos apresentar por duas horas e 20 minutos, com espectadores divertidos e que n�o se incomodaram com o hor�rio. Foi �timo.”
Lino se diz ansioso pela sess�o na capital mineira, onde j� se apresentou com “Dom�sticas”. “Minas � um estado em que amo me apresentar, porque, do Sudeste � o lugar que mais dialoga com o Nordeste”, comenta.
“O porteiro” ter� uma vers�o cinematogr�fica, com previs�o de estreia para o pr�ximo dia 31. Pela primeira vez, Alexandre Lino, que atuou em sete filmes, entre eles “Apaixonados: O filme” (2016) e “Alem�o 2” (2021), vive um protagonista no cinema.
O longa tem no elenco Raissa Chaddad, Paulinho Gog� e Suely Campos. Cacau Prot�sio, que protagonizou uma das montagens de “Dom�sticas”, faz uma participa��o que o ator considera mais do que especial.
“Quando chegamos no set para filmar, foi tudo muito emocionante. Foram muitos amigos envolvidos. Estou muito ansioso para levar o Waldisney para todo o Brasil”, afirma.
“O PORTEIRO”
Solo de humor de Alexandre Lino. Texto e dire��o: Paulo Fontenelle. Neste s�bado (5/8), �s 21h, no Centro Cultural Unimed- BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ingressos a R$80 (inteira) e R $40 (meia), � venda na bilheteria do teatro e no site Eventim. Classifica��o: 12 anos. Mais informa��es: (31) 3516-1360
*Estagi�ria sob supervis�o da editora Silvana Arantes
*Para comentar, fa�a seu login ou assine