Arnaldo Brand�o enfrenta o desafio do show voz e viol�o hoje em BH

Um dos fundadores das bandas Han�i Han�i e The Bubbles, que depois passou a se chamar Bolhas, o cantor, compositor e instrumentista carioca Arnaldo Brand�o se apresenta neste s�bado (12/8), em Belo Horizonte. Em show solo de voz e viol�o, ele interpretar� can��es autorais e tamb�m de artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e Raul Seixas, entre outros.

 

Arnaldo ficou conhecido nacionalmente, a partir de 1986, quando o Han�i estourou com a can��o “Totalmente demais”, composta em parceria com Tavinho Paes e Roberio Rafael. Ele tamb�m fez, em parceria com Lob�o e Tavinho Paes, “R�dio Bl�” (1987) e “O tempo n�o para” (1988), gravada anteriormente pelo pr�prio Han�i, mas que se tornou um enorme sucesso na voz de Cazuza (1958-1990).

 

J� com o cantor e compositor carioca Cl�udio Zoli Arnaldo comp�s “Noite do prazer” (1981). “Para mim, esse show � um desafio, porque ser� no formato voz e viol�o. Confesso que toquei assim apenas duas vezes”, afirma.

Arnaldo diz que sua op��o por esse formato se deu durante a pandemia, quando fez algumas lives. “Para mim foi um desafio muito grande, n�o s� porque a live � uma coisa estranha, porque n�o temos plateia, mas porque tamb�m esse formato de voz e viol�o � uma coisa mais intimista. Na realidade, � uma maneira de mostrar a minha intimidade”, comenta. 

Ele conta ainda que nas vezes em que fez show com um banquinho e viol�o se sentiu “meio desajeitado”, porque est� acostumado, em casa, a tocar sentado na cama. “Por isso, quando chegam com um banquinho, mesmo no est�dio, acabo dispensando-o. Provavelmente, devo fazer esse show em p�, pois prefiro assim.”

 

O artista planeja gravar e lan�ar um disco, mas antes deve realizar uma s�rie de shows no Rio de Janeiro para comemorar seus 50 anos de carreira. “O nome do show � 'Brand�o Convida – Comemora 50 anos de carreira'. Eles est�o sendo feitos no Manouche, que � um clube pequeno no Jardim Bot�nico. No m�s passado, o convidado foi o Frejat. Agora, dia 17, ser� Caetano Veloso.”

Arnaldo Brand�o tem percebido no p�blico um comportamento que acredita ser marcado pelo efeito do isolamento durante a pandemia. “Os shows est�o voltando, mas as pessoas est�o querendo ouvir somente  m�sicas antigas. Acho que isso � um efeito p�s-pand�mico, porque as pessoas acabam entrando em um ritmo alucinado. Quando acaba a pandemia, as pessoas querem � divers�o”, diz. 

O artista lamenta, no entanto, o desinteresse por “coisas novas” porque, conforme diz, “h� muita gente nova fazendo coisas boas e muita gente velha fazendo coisas boas, mas a quest�o � que as pessoas n�o querem ouvi-las.”