Fen�meno da gera��o Z, Olivia Rodrigo lan�a seu segundo disco, 'Guts'
Cantora e compositora, de 20 anos, apresenta instrumentais mais criativos em rela��o a 'Sour'. Letras falam de amores, flertes e confiss�es adolescentes
Olivia Rodrigo enfrenta o desafio de repetir com 'Sour' o megassucesso de seu �lbum de estreia, lan�ado em 2021
Angela Weiss/AFP
“Sou sexy e gentil. Sou bonita quando choro”, canta Olivia Rodrigo depois do refr�o cheio de guitarras e baixos de “All american bitch”, a faixa de abertura de “Guts”, seu novo disco.
� o segundo �lbum de est�dio da cantora, que virou um dos principais nomes do pop no ano retrasado com o disco “Sour”, que explodiu com os hits “Driver's license” e “Good 4 U”, cativou adolescentes com can��es sobre primeiros amores e t�rminos e deu a Olivia o trof�u de artista revela��o no Pr�mio Grammy.
“Guts” chega �s plataformas digitais cercado de expectativas. Isso porque Olivia Rodrigo tinha a miss�o de entregar um disco que soasse novo, mas sem se distanciar muito da sonoridade que a fez famosa entre a gera��o Z, isto �, os nascidos do fim dos anos 1990 aos anos 2010.
Em “Sour”, ela brilhou por misturar pop com punk rock, ritmo que ajudou a colocar nas paradas de novo ap�s anos do auge do g�nero com artistas como Avril Lavigne e a banda Paramore.
Novidades e rock
Can��es com roupagens roqueiras sobre decep��es amorosas e aventuras da juventude embalam o novo disco, mas com uma pitada de novidade. Exemplos disso s�o os �timos singles “Vampire” e “Bad idea right”, em que Rodrigo canta sobre relacionamentos que n�o deram certo usando instrumentais mais ousados e criativos do que os do disco anterior.
“Vampire”, por exemplo, come�a com um piano chiado, escala para um refr�o dram�tico e termina numa ponte fren�tica e barulhenta. � uma das melhores m�sicas que ela j� lan�ou.
O ritmo cai com “Lacy”, balada sobre uma pessoa apaixonante e nociva ao mesmo tempo.
Os dramas adolescentes do primeiro �lbum voltam a aparecer na divertida “Ballad of a homeschooled girl”, em que Olivia Rodrigo diz ser p�ssima ao flertar e fazer amigos. “Toda vez que saio � um suic�dio social/ tudo o que fa�o � tr�gico/ todo cara de que gosto � gay.”
A cantora, de 20 anos, continua a reclamar da vida em “Making the bed”, can��o sobre lidar com a perda de controle das pr�prias decis�es. Na faixa “Logical”, ela diz que o amor n�o faz sentido e o compara com as contas de matem�tica que d�o errado.
“Get him back” � m�sica para cantar a plenos pulm�es num show. Rodrigo colocou segundas vozes para acompanh�-la no refr�o divertido, em que diz contrariar os conselhos dos amigos e que vai tentar reconquistar um amado pouco confi�vel.
A 'crise' dos 19
A cantora encerra o �lbum refletindo sobre os dissabores da juventude. Em “Pretty isn't pretty”, ela discute os limites dos padr�es de beleza, e na �ltima faixa do disco, a melanc�lica “Teenage dream”, diz ter medo de sua vida n�o melhorar ap�s o caos que experimentou aos 19 anos.
“Guts” deve agradar aos f�s da cantora, que volta a misturar pop e rock com letras confessionais sobre qualquer drama vivido na adolesc�ncia, que, nessa �poca, parecem grandes e incontorn�veis problemas.
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