Bia G�es e Ricardo Valverde lan�am vers�o in�dita de can��o de Vander Lee
"Onde Deus possa me ouvir", em voz e vibrafone, est� no novo �lbum do duo, que tamb�m inclui "Guerreiro cora��o", de Gonzaguinha, entre as nove faixas
Ricardo Valverde e Bia G�es gravaram "Meu primeiro amor", de Cascatinha e Inhana, atendendo a um pedido de Rolando Boldrin
Zarella Neto/Divulga��o
Um duo de voz e vibrafone para celebrar os 15 anos de parceria. Assim � o �lbum hom�nimo de Bia G�es e Ricardo Valverde, com nove faixas e j� dispon�vel nas plataformas digitais. O single “Guerreiro cora��o”, de Gonzaguinha, lan�ado em agosto �ltimo, abriu caminho para o disco e mostrou o que seria o novo trabalho da dupla.
Filha do compositor e multi-instrumentista Arismar do Esp�rito Santo, Bia conta que ela e Valverde, al�m dos 15 anos de parceria musical, tamb�m celebraram uma d�cada e meia de vida juntos. “Durante a nossa carreira, sempre estivemos juntos, seja no trabalho dele ou no meu, mas a gente ainda n�o havia feito o minimalismo que era encontrar a voz e o vibrafone. Desta vez, a gente fez essa ousadia e selecionou can��es que fizeram parte da nossa hist�ria, al�m de duas m�sicas que n�o t�nhamos interpretado ainda”, detalha a artista.
Bia lembra que a dupla selecionou “Doce de coco” (Jacob do Bandolim), “Kalu” (Humberto Teixeira) e “Meu primeiro amor” (Cascatinha e Inhana), entre outras can��es. Inclusive, “Meu primeiro amor” foi um pedido de Rolando Boldrin (1936-2022). “Certa vez, ele pediu para cantarmos essa m�sica em seu programa, e esse pedido foi t�o importante que resolvemos coloc�-la no disco. Os arranjos de cordas desta m�sica e de ‘Guerreiro cora��o’ foram feitos pelo maestro e vibrafonista Jota Moraes.”
Votos musicais
Bia revela que a dupla tamb�m escolheu duas can��es que nunca havia interpretado para renovar os “votos musicais”. Uma delas, escolhida pela artista, foi justamente ‘Guerreiro cora��o’. “Lembrando que o maestro Jota Moraes trabalhou muitos anos com Gonzaguinha (1945-1991). J� Ricardo escolheu ‘Onde Deus possa me ouvir’, de Vander Lee (1966-2016).”
A cantora detalha que o repert�rio de “Bia G�es e Ricardo Valverde” traz can��es de 1930 at� os anos 2000. “Para a nossa rela��o musical dar certo e para ter um terceiro elemento que olhasse de fora, convidamos o violonista, baixista, arranjador e produtor paulista Swami J�nior para dirigir o nosso trabalho.”
A artista acredita que o vibrafone � pouco usual na m�sica popular e, por isso, n�o est� no imagin�rio das pessoas. “Quando trazemos voz e vibrafone e um repert�rio que as pessoas t�m na mem�ria, � um acesso curioso e afetivo. � como se troux�ssemos o vibrafone mais para perto das pessoas. Ali�s, isso � uma miss�o de Ricardo h� muitos anos, que busca popularizar o instrumento na m�sica brasileira.”
Segundo a cantora, o show do duo � “bem minimalista” com esse encontro de voz e vibrafone. “Nele vamos somando elementos, entra Marcos Paiva (contrabaixo), depois o Swami J�nior, que tamb�m fez arranjos e tocou viol�o, e temos ainda o quarteto de cordas. Nossa ideia � ocupar os espa�os e entrar Brasil adentro com esse trabalho”, acrescenta.
Instrumento que fala
Vibrafonista e percussionista, compositor e estudioso de ritmos brasileiros, Valverde ressalta que, apesar de o vibrafone ter uma hist�ria na m�sica brasileira, pois est� presente desde 1930, n�o � t�o conhecido. “Em alguns discos das d�cadas de 1940 e 1950 e na Bossa Nova, usou-se muito, mas, especificamente, a voz e o vibrafone � um trabalho in�dito at� o momento. Pensamos em explorar o timbre do vibrafone, seja acompanhando, criando texturas, contracanto ou mesmo harmonizar e fazer a parte r�tmica.”
O projeto, segundo o m�sico, era algo que estavam desenvolvendo h� algum tempo, mas que ficou madura agora. “Conseguimos achar o lugar da voz e do vibrafone juntos. Embora a melodia principal esteja na voz, o instrumento conversa muito e faz parte. A ideia � de um duo mesmo, ou seja, colocar a voz e o vibrafone quase que no mesmo lugar”, explica Valverde.
Paula Bujes
J� est� � disposi��o no streaming o primeiro �lbum solo da violinista, rabequeira, compositora e cantora Paula Bujes. Produzido pela cantora, compositora e percussionista pernambucana Alessandra Le�o, “Deixa o barco cortar a �gua” tem 11 faixas, sendo 10 in�ditas e uma releitura. Ga�cha radicada em Pernambuco, Paula Bujes inclui a rabeca em suas composi��es e arranjos.
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