cena do filme 'Mato seco em chamas'

"Mato seco em chamas", de Adirley Queir�s, � um dos destaques e ser� exibido domingo (5/11), �ltimo dia do festival

Cinecip� /DIVULGA��O

O Cinecip� – Festival do Filme Insurgente surgiu do desejo de levar a��es culturais para a regi�o da Serra do Cip�, tendo a reflex�o sobre preserva��o ambiental o seu mote principal. Ao longo de mais de 10 anos, o projeto passou a abordar tem�ticas mais amplas e a ocupar novos territ�rios, sem deixar de lado a proposta inicial.

Em sua 11ª edi��o, o evento chega apresentando ao p�blico produ��es de diversos estados brasileiros e de outros sete pa�ses (Alemanha, Argentina, �ustria, Eslov�nia, Fran�a, Estados Unidos e Su�cia). Ser�o 44 curtas e seis longas exibidos desta ter�a (31/10) a 5 de novembro, no Cine Humberto Mauro.

Desta vez, a sele��o dos filmes ficou a cargo dos tr�s curadores fixos – Luiz Pretti, Marcela Lins e Lu�s Flores –, e de outros seis curadores-assistentes, selecionados atrav�s de chamamento p�blico destinado a estudantes de gradua��o ou p�s, com pesquisa em cinema, para que pudessem vivenciar o processo real de curadoria.

Os filmes da programa��o abordam uma ampla gama de assuntos e convidam o p�blico a refletir criticamente sobre diversos temas que fazem parte da contemporaneidade. O festival ir� exibir produ��es sobre o garimpo e a devasta��o, o impacto da pandemia para as popula��es ind�genas, o trabalho das dom�sticas, as religi�es de matrizes afro-brasileiras e os povos ciganos, entre outros.

Destaques e estreias

Cardes Am�ncio, coordenador e idealizador do Cinecip�, cita entre os destaques “Mato seco em chamas”, de Adirley Queir�s; “Uma mulher pensando”, dos Yanomami Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana; e “Coletivo”, filmado em BH pelo diretor Wend Oianiyi. Ele tamb�m ressalta a presen�a de filmes estrangeiros premiados que ser�o exibidos pela primeira vez no Brasil, como � o caso do argentino “Las picapedreras”, de Azul Aizemberg; e o “Not�cias da floresta”, do coletivo esloveno Newsreel Front.

Cardes explica que a principal caracter�stica do cinema insurgente � trabalhar com a recoloca��o de personagens historicamente negligenciados ou subjugados. “Ele nasce de um caldeir�o de desejos e inquieta��es coletivas, apontando para mundos existentes e pouco conhecidos que n�o cabem no cinema comercial. A tem�tica � bem variada e pode alcan�ar qualquer territ�rio”, afirma.

Retrospectiva infantil

Ele ressalta ainda a retrospectiva de filmes infantis de Anderson Lima, diretor que trabalha com cinema infantil produzido atrav�s de oficinas realizadas em ocupa��es, comunidades carentes e quilombos. As sess�es acontecem na quinta (2/11), �s 13h e 14h, com a exibi��o de nove curtas.

A programa��o apresenta ainda oito sess�es seguidas de conversas com a presen�a de membros das equipes dos filmes, da curadoria e pesquisadoras, e uma oficina sobre o uso de arquivos no cinema, ministrada por Renato Vallone, no Espa�o Comum Luiz Estrela, no Bairro Santa Efig�nia. 

11º CINECIP� – FESTIVAL DO FILME INSURGENTE
Estreia nesta ter�a (31/10) com programa��o at� 5 de novembro, no Cine Humberto Mauro (Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro). Entrada gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do cinema. Programa��o completa dispon�vel no site www.cinecipo.com.br


* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Tet� Monteiro