Os advogados de defesa do goleiro Bruno Fernandes aguardam com expectativa pela senten�a de pron�ncia a ser dada at� sexta-feira pela ju�za Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do J�ri de Contagem, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Eles disseram n�o ter d�vidas de que o cliente ser� mandado ao banco dos r�us. Nesta quarta-feira, Bruno contratou o terceiro advogado, o paulista Angelo Carbone, que esteve na Penitenci�ria Nelson Hungria discutindo com o preso as teses de defesa.
O advogado Carbone espera que os r�us sejam mandados a j�ri popular at� mar�o do ano que vem. "O Bruno � um rapaz novo e a gente quer fazer esse j�ri r�pido para que ele possa voltar a trabalhar", disse Carbone. A expectativa de Carbone � que Bruno volte aos campos de futebol o mais r�pido poss�vel. Contrariando as provas apresentadas � Justi�a pela Pol�cia Civil, o defensor sustenta que n�o houve crime. "Eliza Samudio est� viva e vamos continuar procurando por ela. Tenho informa��es de que um rapaz teve contato com ela no Rio Grande do Norte, h� dez dias. O Minist�rio P�blico daquele estado est� apurando a den�ncia", disse Carbone.
Sobre a condena��o de Bruno em outro processo no Rio de Janeiro, no in�cio do m�s, quando ele pegou quatro anos e seis meses por c�rcere privado, les�o corporal e constrangimento ilegal, cuja v�tima tamb�m foi Eliza Samudio, o novo advogado disse que a senten�a foi em primeira inst�ncia e cabe recurso. "Eu tamb�m tenho d�vidas em rela��o a essa senten�a, pois o juiz que o condenou � incompetente para isso. � um crime que se iniciou com uma tentativa de aborto, embora eu n�o ache que tenha existido isso, e caberia a um Tribunal do J�ri julgar. N�o entendo como um juiz criminal tenha dado uma senten�a dessa", afirmou Carbone, quando deixava o pres�dio.
De acordo com a den�ncia oferecida � Justi�a de Contagem pelo promotor Gustavo Fantini de Castro, em 4 de agosto, Eliza Samudio foi cruelmente assassinada na noite de 10 de junho deste ano, no Bairro Santa Clara, em Vespasiano, Grande BH. "Eliza foi morta porque suplicava a Bruno, pai de seu beb�, que reconhecesse a paternidade da crian�a e pagasse os alimentos devidos. Bruno, insatisfeito com isso, resolveu engendrar o plano diab�lico. Uniu-se aos outros denunciados no planejamento e na execu��o do homic�dio. Todos sabiam que Eliza seria morta e que seria dado sumi�o em seu corpo", diz a den�ncia do representante do Minist�rio P�blico.