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Estado de Minas

Sentimento homoafetivo motivou Macarr�o a matar Eliza Samudio, diz advogado

Para o defensor do goleiro Bruno, tatuagem que o amigo do jogador fez nas costas prova que ele nutria um sentimento maior que amizade


postado em 12/01/2012 23:25 / atualizado em 13/01/2012 07:45

Amigo de Bruno desde a infância, Macarrão trabalhava como secretário do jogador e era responsável por administrar a vida financeira dele(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Amigo de Bruno desde a inf�ncia, Macarr�o trabalhava como secret�rio do jogador e era respons�vel por administrar a vida financeira dele (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

 

O novo advogado de defesa do goleiro Bruno Fernandes, Rui Pimenta, investe na tentativa de fazer com que seu cliente seja julgado separadamente dos outros tr�s r�us que ir�o a j�ri popular pelo assassinato de Eliza Samudio. A tese do defensor � que o crime tenha sido planejado exclusivamente pelo amigo Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o. A hip�tese dele � que Macarr�o nutria um amor homoafetivo pelo jogador, sentimento este expresso na pele – uma tatuagem que Macarr�o fez nas costas.

"Bruno e Maka. A amizade, nem mesmo a for�a do tempo ir� destruir, amor verdadeiro", escreveu Macarr�o (foto: Reproducao TV / Agencia O Globo Rio de Janeiro (RJ), 10/07/2010,)
“Todo mundo tem tatuagem hoje em dia. Os homens sempre fazem um cora��o com o nome de alguma mulher. E as mulheres tamb�m desenham um cora��o com o nome de um homem. � uma declara��o de amor perp�tua. Entre dois homens isso s� pode ser feito quando � entre pai e filho. De homem para homem fica meio esquisito. Eu entendo que isso � homossexual”, justifica o advago Rui Pimenta ao sugerir que Macarr�o via em Bruno mais que um amigo. A tatuagem foi feita pouco depois do desaparecimento e morte de Samudio. Questionado se Bruno tenha feito qualquer coment�rio sugerindo que o amigo Macarr�o fosse gay, Rui Pimenta diz que n�o e ressalta que o jogador "� muito comedido".

 

T�o logo assumiu a defesa do jogador, Rui Pimenta admitiu que Eliza Samudio est� morta. At� ent�o, os advogados que o defenderam desde o in�cio de sua pris�o, em junho de 2010, de que ningu�m podia provar que ela estava morta, pois n�o havia corpo. A estrat�gia do novo defensor � provar que Bruno n�o teve nenhuma participa��o no planejamento e execu��o do crime. Para isso, ele vai tentar o desmembramento do processo, fazendo com que Bruno seja julgado separadamente. O defensor espera que at� mar�o seja julgado o habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que garantira Bruno aguardar julgamento em liberdade. Esta seria a primeira etapa da estrat�gia dele para conseguir o desmembramento do processo.

“Eu n�o quero que meu cliente seja julgado com os demais r�us. O crime foi hediondo, traum�tico, de grande como��o social. A senten�a vai ser carregada, com pena alta para todos os r�us, em resposta ao que a sociedade espera. Se o Bruno for julgado junto com os outros ele tamb�m ser� condenado. Sozinho ele ter� 51% de chance de ser absolvido”, diz Rui.

O advogado destaca que, � �poca, Bruno recebia R$ 350 mil por m�s e que seu passe estava em negocia��o com um time europeu. “Ele ia se tornar milion�rio. Jamais jogaria aquilo tudo para o alto por causa de um crime desse”, garante. Rui defende que Macarr�o tomou a iniciativa de afastar Eliza da vida dele. “Se o Macarr�o tinha esse afeto com Bruno, ele tranquilamente teria decidido fazer isso para agrad�-lo. O Bruno nunca quis fazer isso com essa mo�a, porque � contr�rio a toda a vida que ele tinha”, diz.

Rui ressalta ainda a brutalidade com que Eliza foi tortura antes de ser morta. “Consta nos autos que o Macarr�o quebrou todos os dentes dela. O adolescente contou no depoimento dele que quando Eliza foi entregue aos cuidados do Bola, ela disse que j� n�o aguentava mais apanhar. Foi ent�o que o Bola quebrou o pesco�o dela”, relembra o advogado.

Bruno, Macarr�o e S�rgio respondem por sequestro e c�rcere privado (pena de 1 a 3 anos), homic�dio qualificado ( 12 a 30 anos) e oculta��o de cad�ver (1 a 3 anos). Bola � acusado de homic�dio qualificado e oculta��o de cad�ver. Os quatro ir�o a j�ri popular.

Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e c�rcere privado de Eliza e do beb�. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do s�tio, Elenilson Vitor da Silva, s�o acusados de sequestro e c�rcere privado do menor.

Relembre o caso

De acordo com o inqu�rito, Eliza e o beb�, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Rom�o e S�rgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o s�tio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A v�tima teria sido mantida em c�rcere privado at� o dia 10, quando teria sido morta fora dali. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, � apontado como o executor. A crian�a foi entregue � ex-mulher, Dayanne de Souza.

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