
A pol�cia n�o descarta que a morte de S�rgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, tenha sido uma queima de arquivo. O delegado Breno Pardini, que investiga o homic�dio, informou que vai levantar a vida pregressa da v�tima para descartar todas as hip�teses. “Pelas caracter�sticas do crime e primeiros levantamentos, trata-se de uma execu��o. A gente sabe que S�rgio vem de um hist�rico de testemunha de um assassinato. N�o podemos confirmar que se trata disso (queima de arquivo), mas nada est� descartado”, afirmou o delegado.
As evid�ncias de que o primo de Bruno tenha sido executado foram confirmadas � policia por testemunhas. Segundo o delegado, pessoas que estavam na rua disseram que um homem chegou em uma motocicleta e perseguiu S�rgio, que sa�a para trabalhar. O suspeito atirou em dire��o � v�tima, que correu, entrou em uma casa e se escondeu atr�s de uma �rvore. Conforme as testemunhas, o homem parou a moto pr�ximo � resid�ncia, recarregou a arma - um rev�lver calibre 38 -, chegou a pegar um objeto que caiu no ch�o e depois deu v�rios tiros em Salles. Ap�s o crime, ele fugiu.
O advogado do goleiro Bruno Fernandes n�o acredita em queima de arquivo e afirma que S�rgio pode ter sido v�tima da viol�ncia existente nas grandes cidades. “ Acho que esse caso foi � parte e n�o tem nada a ver com o processo. Aquela regi�o (onde aconteceu o crime) � complicada e aquela juventude tamb�m. Ent�o, vamos esperar a pol�cia apurar para ver qual foi a motiva��o do crime. Mas, � lament�vel ver um rapaz t�o jovem ter a vida ceifada desta forma”, disse o defensor Rui Caldas Pimenta. De acordo com ele, o goleiro j� foi avisado sobre a morte do primo.

O medo de execu��es de outras testemunhas do caso � compartilhado pelo advogado �ngelo Carbone, que defende Ja�lson Alves de Oliveira, detento que trouxe � tona um suposto plano de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de matar algumas autoridades ligadas �s investiga��es sobre o sumi�o de Eliza. Ja�lson tamb�m contou detalhes da execu��o da modelo. “J� entrei com um habeas corpus pedindo uma liminar para transferir meu cliente para o programa de prote��o a testemunhas. Pois esse foi apenas o primeiro caso. O S�rgio mostrou como eles estavam administrando a Elisa no sitio na �poca do crime. J� o Ja�lson narrou, ap�s ouvir Bola, como foi a execu��o”, disse o defensor.
Sumi�o de Eliza Samudio
S�rgio Rosa Sales respondia por homic�dio triplamente qualificado, sequestro, c�rcere privado e oculta��o de cad�ver de Eliza Sam�dio, juntamente com o primo Bruno e Macarr�o, que seguem presos. S�rgio ficou preso na Penitenci�ria Dutra Ladeira, em Ribeir�o das Neves, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, por mais de um ano. Ele foi solto em 11 de agosto de 2011, por ter contribu�do com as investiga��es.
Um dos primos de S�rgio diz que ele era tranquilo e estava trabalhando como pintor. Diariamente, pela manh�, ele costumava ir a uma padaria e seguia para o trabalho. Ainda conforme o parente, ele se apresentava mensalmente no F�rum para as audi�ncias. O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) informou que, como estava em liberdade provis�ria, aguardando julgamento, S�rgio devia se apresentar todos os meses e estava em dia com as visitas.