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Estado de Minas

Promotor tenta desconstruir argumenta��o da defesa de Bola

Para Henry Vasconcelos, a pistola 765 pode ter sido usada pelo ex-policial. Manh� foi marcada pela argumenta��o da promotoria e defesa fala nesta tarde. Defesa fez sustenta��o oral por cerca de uma hora


postado em 07/11/2012 12:34 / atualizado em 07/11/2012 13:25

No terceiro dia de julgamento, a promotoria tenta desconstruir a argumenta��o da defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado da morte do carcereiro Rog�rio Martins Novelo, ocorrida em maio de 2000. Com cerca de 40 minutos de atraso, o j�ri come�ou com a fala do Minist�rio P�blico. O promotor Henry Wagner Vasconcelos falou da trajet�ria de crimes que teriam o envolvimento do ex-policial e leu o depoimento da irm� da v�tima, que testemunhou o assassinato. Ele mostrou aos jurados a reconstitui��o do crime e o retrato falado do autor.

Vasconcelos tamb�m alega que Bola poderia ter usado sim uma pistola 765 para matar Novelo, e fez um hist�rico da arma, explicando em que circunst�ncias a pistola j� foi usada. O carcereiro foi morto com um tiro de uma arma deste calibre no peito, disparado, segundo a per�cia, a pouco mais de um metro de dist�ncia. Os advogados insistem na tese de que Bola tem conhecimentos suficientes para saber que uma arma com este calibre tem pouca precis�o e escolheria uma arma 40 ou 380. Al�m disso, argumentam que se ele foi contratado para matar, atiraria na cabe�a, com possibilidade m�nima de errar o alvo, dada sua habilidade.

A sustenta��o o promotor durou uma hora e meia e terminou no fim da manh�. No in�cio desta tarde, a palavra passou a �rcio Quaresma, defensor de Bola. O advogado diz que faltam provas no processo contra o cliente. Quaresma fez a sustenta��o oral por cerca de uma hora e a ju�za Marixa Rodrigues determinou intervalo. No retorno da sess�o haver� r�plica ou tr�plica, com uma hora de fala para a defesa e acusa��o.

Na ter�a-feira, o segundo dia de julgamento foi marcado por �nimos exaltados no tribunal. Visivelmente nervoso e abatido, Bola pediu clem�ncia � ju�za, por meio de um bilhete, afirmando inoc�ncia e se dizendo desesperado pela possibilidade de condena��o. Ao responder perguntas da promotoria, o r�u foi humilhado pelo pr�prio advogado, que perguntou se ele “problemas de audi��o ou cerebrais” por ignorar a orienta��o da defesa de n�o responder antes da apresenta��o dos autos.

Grande parte do interrogat�rio girou em torno da suposta desaven�a entre o acusado e o delegado Edson Moreira, que foi arrolado como testemunha de defesa no julgamento. Moreira foi ouvido pela manh�, por mais de tr�s horas. Bola afirma ser v�tima do ex-colega de corpora��o que teria prometido responsabiliz�-lo por qualquer homic�dio cuja autoria fosse desconhecida. O motivo da rixa seria um desentendimento que ambos tiveram na d�cada de 90, quando se conheceram na Academia de Pol�cia. A sess�o terminou �s 22h40.

Entenda o caso

Bola � acusado da morte de Rog�rio Martins Novelo, em maio de 2000, no Bairro S�o Joaquim. Bola foi reconhecido pela irm� da v�tima, que testemunhou o crime, depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.

Segundo den�ncia do Minist�rio P�blico (MP), Bola teria atirado contra a v�tima, que estava dentro de um ve�culo em frente ao estabelecimento comercial onde trabalhava. Para o MP, o crime teria sido encomendado, j� que os envolvidos n�o se conheciam. Dados do processo revelam que o r�u teria espreitado o local de trabalho de Rog�rio, na tentativa de identific�-lo.

(Com informa��es de Iana Coimbra)

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