No terceiro dia de julgamento, a promotoria tenta desconstruir a argumenta��o da defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado da morte do carcereiro Rog�rio Martins Novelo, ocorrida em maio de 2000. Com cerca de 40 minutos de atraso, o j�ri come�ou com a fala do Minist�rio P�blico. O promotor Henry Wagner Vasconcelos falou da trajet�ria de crimes que teriam o envolvimento do ex-policial e leu o depoimento da irm� da v�tima, que testemunhou o assassinato. Ele mostrou aos jurados a reconstitui��o do crime e o retrato falado do autor.
A sustenta��o o promotor durou uma hora e meia e terminou no fim da manh�. No in�cio desta tarde, a palavra passou a �rcio Quaresma, defensor de Bola. O advogado diz que faltam provas no processo contra o cliente. Quaresma fez a sustenta��o oral por cerca de uma hora e a ju�za Marixa Rodrigues determinou intervalo. No retorno da sess�o haver� r�plica ou tr�plica, com uma hora de fala para a defesa e acusa��o.
Na ter�a-feira, o segundo dia de julgamento foi marcado por �nimos exaltados no tribunal. Visivelmente nervoso e abatido, Bola pediu clem�ncia � ju�za, por meio de um bilhete, afirmando inoc�ncia e se dizendo desesperado pela possibilidade de condena��o. Ao responder perguntas da promotoria, o r�u foi humilhado pelo pr�prio advogado, que perguntou se ele “problemas de audi��o ou cerebrais” por ignorar a orienta��o da defesa de n�o responder antes da apresenta��o dos autos.
Grande parte do interrogat�rio girou em torno da suposta desaven�a entre o acusado e o delegado Edson Moreira, que foi arrolado como testemunha de defesa no julgamento. Moreira foi ouvido pela manh�, por mais de tr�s horas. Bola afirma ser v�tima do ex-colega de corpora��o que teria prometido responsabiliz�-lo por qualquer homic�dio cuja autoria fosse desconhecida. O motivo da rixa seria um desentendimento que ambos tiveram na d�cada de 90, quando se conheceram na Academia de Pol�cia. A sess�o terminou �s 22h40.
Entenda o caso
Bola � acusado da morte de Rog�rio Martins Novelo, em maio de 2000, no Bairro S�o Joaquim. Bola foi reconhecido pela irm� da v�tima, que testemunhou o crime, depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.
Segundo den�ncia do Minist�rio P�blico (MP), Bola teria atirado contra a v�tima, que estava dentro de um ve�culo em frente ao estabelecimento comercial onde trabalhava. Para o MP, o crime teria sido encomendado, j� que os envolvidos n�o se conheciam. Dados do processo revelam que o r�u teria espreitado o local de trabalho de Rog�rio, na tentativa de identific�-lo.
(Com informa��es de Iana Coimbra)