Durante o interrogat�rio do promotor Henry Castro, Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, continuou o desabafo contra o melhor amigo, o goleiro Bruno. Com mais de 4h de depoimento no F�rum de Contagem, o r�u ainda conta, em muitos momentos emocionado, sua vers�o sobre o desaparecimento da modelo Eliza Samudio.
Na primeira hora de interrogat�rio do promotor, Macarr�o aproveitou para explicar a tatuagem feita para Bruno, segundo ele, por causa da classifica��o em um campeonato do 100%, time de futebol amador comandado pelos dois em Ribeir�o das Neves. "Fiz a tatuagem naquela semana porque o 100% tinha ido para a semi-final", esclareceu.
Luiz Henrique tocou no assunto depois de confirmar que move uma a��o contra o ex-advogado de Bruno, Rui Pimenta, por causa da acusa��o de que seria gay. "Se fosse homossexual, n�o teria vergonha nenhuma de assumir. Mas o que passei dentro do sistema, fui humilhado, ningu�m sabe", contou chorando.
Bola � citado pela primeira vez
O nome de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, surgiu pela primeira vez no depoimento. Henry Castro questionou as liga��es de Macarr�o para o suposto assassino de Eliza e o r�u explicou que todos usavam sua linha no s�tio. Segundo Macarr�o, ele s� conhdeceu o ex-policial na cadeia. Ele ainda revelou investidas de Marcos para que seu filho jogasse na equipe de futebol de Neves.
Macarr�o voltou a desabafar contra o amigo e culpou Bruno pelas agress�es contra Eliza no Rio de Janeiro, pelas quais cumpre pena. Nas tr�s primeiras horas de depoimento, durante o interrogat�rio da ju�za Marixa Rodrigues, Luiz Henrique j� havia dito que foi Bruno que ordenou o sumi�o da modelo. Leia mais.
Carta e suposto 'plano B'
O promotor questionou a carta em que Bruno sugeria o 'plano B' ao amigo. Macarr�o disse que n�o chegou a receb�-la, alegou que foi desviada na penitenci�ria. Afirmou ainda que soube do documento pela imprensa e confirmou que entende por 'plano B' que ele assumisse todo o crime pelo amigo a quem ele considerava um irm�o.
O promotor encerrou o interrogat�rio pouco depois das 4h e o depoimento continuou com os assistentes de acusa��o.
Confira os principais pontos do depoimento de Macarr�o ao promotor:
* "Quero saudar o senhor pela coragem neste interrogat�rio", declara o promotor Henry Castro antes de come�ar a interrogar Macarr�o;
*Promotor pergunta se ele se sente tra�do. Macarr�o cita que foram 18 anos de amizade e que por 10 meses Bruno o viu chorar na cadeia;
*Diz que Bruno lhe pediu perd�o pela entrevista em que o incriminou e completa "acho que ele n�o foi honesto com ele mesmo", diz;
* "Voc� pediria perd�o tamb�m � Dayanne?", pergunta promotor. "Pediria. Todas as pessoas envolvidas nisso foram prejudicadas, inclusive eu". Em seguida, Macarr�o diz que quem tem de pedir perd�o � Dayanne � o Bruno;
* Diz ainda que se S�rgio estivesse vivo tamb�m n�o teria de pedir perd�o a ele. "Ao contr�rio, ele que tinha de me pedir perd�o pelas mentiras";
* Questionado pelo promotor, Macarr�o diz que seu sil�ncio neste dois anos prejudicou a ele pr�prio e outros envolvidos e beneficiou Bruno;
* Macarr�o diz que foi condenado injustamente pela Justi�a carioca por agress�o contra Eliza Samudio e culpa Bruno pelo ocorrido;
* Macarr�o confirma que move a��o por danos morais contra o ex-advogado de Bruno, Rui Pimenta, por ter afirmado que ele � homossexual;
* "Se fosse homossexual, n�o teria vergonha nenhuma de assumir. Mas o que passei dentro do sistema, fui humilhado, ningu�m sabe", diz chorando;
* Fiz a tatuagem naquela semana porque o 100% tinha ido para a semi-final do campeonato", esclarece;
* Nome do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos � citado pela primeira vez no interrogat�rio. Macarr�o diz que s� o conheceu na cadeia;
* Promotor exibe para Macarr�o registro de liga��es feitas do celular do interrogado para o celular de Bola. Em seguida mostra as recebidas. Macarr�o afirma que no s�tio seu celular s� funcionava em um ponto espec�fico e que todos faziam uso do aparelho;
* Promotor admite ter identificado que eram in�meras as chamadas feitas e recebidas pelo n�mero de celular do Macarr�o.
* Macarr�o diz que Bola, a quem n�o conhecia, insistia com Bruno para que o filho ingressasse no 100%. Macarr�o cita o apelido "Zez�", se referindo a um amigo de Bola com quem conversava sobre o filho do ex-policial que queria entrar no 100%;
* Ele destaca que desconhecia nome e apelidos de Bola, que sempre o tratava por 'parceiro', 'irm�o' ou 'cara';
* Promotor pergunta se Zez� � Jos� Laureano, citado por Jailson como comparsa de Bola na execu��o de Eliza. Macarr�o diz que n�o sabe quem �;
* Promotor cita que Bola enviou mensagem de texto para o celular de Macarr�o 40 minutos antes da pol�cia estourar o s�tio de Bruno. Macarr�o disse que desconhece a exist�ncia de qualquer mensagem.
* Promotor quer saber sobre liga��es do n�mero de Dayanne para o de Macarr�o na madrugada em que ela foi presa. Ele diz que eram as delegadas;
* �ltima pergunta do promotor � sobre uma carta que Bruno teria encaminhado a ele sugerindo ado��o de um plano B. Macarr�o diz que n�o chegou a receber a carta, que foi desviada na penitenci�ria. Afirma que soube do documento pela imprensa. Por�m, Macarr�o diz que entende por plano B que ele assumisse todo o crime pelo amigo a quem ele considerava um irm�o.