
A possibilidade foi levantada por um rep�rter do jornal “O Popular”, de Nova Serrana, que suspeitou das caracter�sticas do corpo achado em uma vala, pr�ximo a uma estrada vicinal, na zona rural da cidade, em 30 de janeiro.
O que mais chamou aten��o do rep�rter foi que, na �poca do sumi�o de Eliza, a ex-mulher de Macarr�o, ent�o gr�vida de 9 meses, morava em Alberto Isaacson, distrito de Martinho Campos, que fica pr�ximo a Nova Serrana.
Mas o caso s� come�ou a ganhar a aten��o da Pol�cia Civil na �ltima segunda-feira, quando o delegado Rodrigo Noronha recebeu o laudo da per�cia, com informa��es importantes sobre a ossada. V�rios ind�cios levam a Pol�cia Civil de Minas Gerais a confiar em um desfecho para o caso. “A arcada dent�ria da v�tima que encontramos era perfeita, bem cuidada. O que n�o parece em nada com as v�timas que costumamos encontrar na cidade. Al�m disso, a mulher tinha 1,70 metro, mesma altura de Eliza”, diz o delegado.
Outro ind�cio � que a sand�lia encontrada no local, al�m de ser do mesmo n�mero usado por Sam�dio, foi fabricada por uma empresa do Paran�, pr�ximo � cidade da modelo. Noronha ressalta que o formato do cr�nio tamb�m chamou a aten��o. “Geralmente, o cr�nio das v�timas encontradas aqui em Nova Serrana � achatado, enquanto o cr�nio dessa ossada encontrada em janeiro era mais oval e mostrava ser de uma mulher alta. Outra coisa que chamou a aten��o foi a falta de ossos: n�o havia parte do bra�o esquerdo e faltava todo o bra�o direito”, conta.
A ossada foi encontrada em uma vala de aproximadamente 6 metros de profundidade, em um local de acesso dif�cil, que fica a 3 quil�metros da BR 262. Segundo Noronha, a suspeita � que o corpo tenha sido enterrado. “A den�ncia de que havia uma ossada naquele local foi feita diretamente na Pol�cia Civil. Acreditamos que essa ossada s� apareceu por causa da eros�o causada pela chuva”, afirma.
Outro detalhe interessante, de acordo com Noronha, � que o cr�nio da ossada apresenta um afundamento do lado esquerdo. “Eliza foi agredida com uma coronhada do lado esquerdo, quando ainda estava no carro”, lembra.
Um detalhe que pode mudar o rumo das investiga��es, segundo o delegado, � que havia tr�s perfura��es de bala na ossada: duas na cabe�a e uma na coluna cervical. “Os tiros foram dados por algu�m que entendia de armas e todos sabem que o Bola � ex-policial civil. Isso pode significar que Eliza n�o morreu asfixiada, como as investiga��es apontam at� agora”, acrescenta.
Noronha espera agora o resultado do exame de DNA. “N�o podemos dar 100% de certeza. Mas � uma possibilidade. Em 2010, ano em que Elisa desapareceu, houve mais de 30 mortes na cidade e fomos consideradas o 4º munic�pio mais violento do estado. Talvez eles acreditassem que esse seria apenas mais um crime em Nova Serrana. Tudo depende agora do exame de DNA”, finaliza.