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Estado de Minas

Caseiro e amigo do goleiro Bruno s�o condenados pelo sequestro do filho de Eliza Samudio

Este foi o �ltimo julgamento do chamado Caso Bruno. Por�m, Minist�rio P�blico garante que mais envolvidos na trama macabra ser�o indiciados e julgados pelo crime


postado em 28/08/2013 23:51 / atualizado em 29/08/2013 00:32

Elenilson e Wemerson foram condenados pela participação direta no sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho de Eliza Samudio e do goleiro Bruno Fernandes(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Elenilson e Wemerson foram condenados pela participa��o direta no sequestro e c�rcere privado de Bruninho, filho de Eliza Samudio e do goleiro Bruno Fernandes (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

 

Terminou no fim da noite desta quarta-feira o julgamento dos dois �ltimos r�us do processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Elen�lson Vitor da Silva, caseiro do s�tio do ex-atleta em Esmeraldas, e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, respondiam apenas pelo sequestro e c�rcere privado de Bruninho, filho do jogador e da modelo assassinada. Ambos foram condenados e cumprir�o pena em regime aberto.

Wemerson, que era r�u prim�rio, foi sentenciado a 2 anos e 6 meses de pris�o. J� Elenilson, que chegou a ficar preso por cinco meses por causa do envolvimento na morte de Eliza e n�o era r�u prim�rio, teve a pena estabelecida em 3 anos. Os advogados de ambos disseram que s� ir�o recorrer da decis�o caso seus clientes desejarem.

O advogado Frederico Franco, que defende Elenilson, disse que esperava a absolvi��o. Ele destacou que ficou comprovado nos autos do processo que seu cliente era funcion�rio de Dayane Rodrigues, ex-mulher de Bruno, e que, portanto, obedecia �s ordens dela, que foi absolvida a pedido do pr�prio Minist�rio P�blico. Entretanto, o defensor disse que mesmo com a condena��o de Elenilson, considerou uma vit�ria, uma vez que o caseiro chegou a ser indiciado pelo assassinato de Eliza. O advogado Paulo S�vio Cunha tamb�m disse que esperava a absolvi��o de Wemerson.

J� o promotor Henry Vasconcelos disse que ir� recorrer da senten�a dada a Elenilson. Para ele, por n�o ser r�u prim�rio o acusado deveria ter a pena estabelecida em pelo menos quatro anos. O promotor ressaltou ainda que uma falha no decorrer do processo fez com que o caseiro respondesse apenas pelo sequestro do beb�, embora tenha tido, segundo a acusa��o, participa��o no homic�dio.

Elen�lson foi acusado de colaborar com a fun��o de vigiar Eliza dentro do s�tio e mant�-la presa dentro de casa durante os dias de c�rcere. Na fase de instru��o do processo ele negou ter conhecimento do plano para matar a modelo paranaense, mas admitiu ter carregado e entregado o filho dela, Bruninho, para a ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues.

Wemerson era amigo e motorista de Bruno. Ele tamb�m comandava o time “100%” patrocinado pelo goleiro. Coxinha, como � chamado pelos amigos, tamb�m � acusado de sequestro e c�rcere privado do beb� de Eliza, pois transportou o menino para ser entregue a Dayanne, em Ribeir�o das Neves, na Grande BH. O r�u, assim como Elen�lson, disse desconhecer o plano para a morte da jovem e alegou que apenas cumpriu ordens de Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o.

Nove testemunhas foram arroladas para dep�r durante o julgamento. O primo do goleiro Bruno, Jorge Luiz Lisboa Rosa, a psic�loga Renata Garcia Costa, o policial Sirlan Versiani Guimar�es, o ex-caseiro Jo�o Batista Alves Guimar�es, o detento Jailson Alves de Oliveira, Tayara J�lia Dimas, C�lia Aparecida Rosa Sales, o delegado J�lio Wilke e o vereador Edson Moreira. Sete foram dispensadas pela acusa��o e defesa e apenas duas foram ouvidas.

Seis r�us condenados, uma absolvida e um morto

� exce��o de Dayane Rodrigues, ex-mulher de Bruno, que foi absolvida das acusa��es, o Elenilson e Wemerson foram os que receberam as menores penas. Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foi condenada a cinco anos pelo sequestro e c�rcere de Eliza e Bruninho. Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, bra�o direito do ex-�dolo do Flamengo, foi sentenciado a 15 anos de pris�o por homic�dio qualificado. Ele foi beneficiado por uma confiss�o parcial do crime. J� Bruno teve a pena estabelecida em 22 anos e 3 meses de pris�o por homic�dio e oculta��o do cad�ver da jovem e tamb�m pelo sequestro e c�rcere privado do filho, Bruninho. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor do assassinato, foi condenado a 22 anos de pris�o.

Um outro r�u no processo n�o chegou a ser julgado. S�rgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, era considerado a principal testemunha do caso. Ele foi assassinado meses antes da data prevista para o julgamento. A pol�cia concluiu que ele foi v�tima de um crime passional, sendo executado pelo companheiro de uma mulher a quem assediou na rua. Outro primo do jogador, que revelou � pol�cia grande parte da trama, cumpriu medida s�cio-educativa e j� est� em liberdade. Jorge Lisboa Rosa era menor de idade quando o crime ocorreu.

Novos julgamentos

O promotor Henry Vasconcelos garantiu que o Caso Bruno ainda n�o foi encerrado. O Minist�rio P�blico aguarda a conclus�o das investiga��es policiais que apuram o envolvimento de pelo menos outras duas pessoas na morte de Eliza Samudio. Dois deles seriam parceiros de Bola na execu��o do plano. S�o eles Jos� Laureano de Assis Filho, o Zez�, j� aposentado, e Gilson Costa. A promotoria disse que outras pessoas tamb�m s�o alvos desta investiga��o, que ainda n�o tem prazo para ser conclu�da e corre em segredo de Justi�a.

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