
O ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o seguimento da peti��o da advogada da m�e de Eliza Samudio que pleiteava o retorno do Bruno Fernandes da Dores, de 32 anos, para a cadeia. O goleiro deixou a cadeia em 24 de fevereiro depois que o ministro acatou um pedido de soltura. A decis�o que negou o recurso foi publicada nessa sexta-feira no processo.
Em peti��o enviada em 3 de mar�o, � Suprema Corte, que julga o habeas corpus do atleta, a advogada Maria L�cia Borges afirma que a demora na aprecia��o de recursos dos representantes do acusado, que justificou sua soltura, foi causada “por conta de dilig�ncias procrastinat�rias” da defesa de Bruno.
Na peti��o, Maria Borges enfatizou o temor da fam�lia de Eliza, com Bruno Fernandes em liberdade. “Vale aqui registrar o temor da fam�lia da v�tima com o paciente nas ruas pois, logo ap�s deixar a pris�o, concedeu entrevista em rede nacional afirmando que ingressar� na Justi�a com pedido de guarda e aproxima��o do filho. H� que se ressaltar que esta mesma crian�a � quem ele tentou exterminar com sua vida por duas vezes, sendo ele mesmo o paciente que entregou rem�dios para Eliza tomar, e depois ele mesmo conduziu seu filho ao encontro do matador de aluguel, n�o sendo morto o menor somente pela miseric�rdia divina, n�o por arrependimento”.
Nessa sexta-feira, por�m, os argumentos n�o foram aceitos pelo ministro Marco Aur�lio Mello. “Nego seguimento aos embargos declarat�rios. � Judici�ria para que proceda ao desentranhamento da pe�a”, consta do acompanhamento processual do habeas corpus de Bruno.
Goleiro empregado
O goleiro ficou preso por seis anos e sete meses, desde julho de 2010, inicialmente por medida cautelar e depois preventiva, ap�s ser apontado como mandante do sequestro, c�rcere privado e morte de Eliza Samudio, em junho daquele ano. Em 8 de mar�o de 2013, o atleta foi condenado a 22 anos e tr�s meses de pris�o, dos quais 17 anos e seis meses em regime fechado, pelo homic�dio triplamente qualificado.
Pouco tempo depois de ser solto, Bruno j� deve voltar ao trabalho. Nessa sexta-feira, o Boa Esporte Clube, de Varginha, no Sul de Minas, anunciou a contrata��o do goleiro. O patrocinador da equipe, o executivo Rafael G�is, do Grupo G�is & Silva, disse que o atleta cometeu “um ato extremamente grave”, mas que ele merece uma segunda chance. Assegurou ainda a continua��o da parceria com o time do Sul do estado.
“O passado do Bruno foi conturbado, pol�mico, com um ato extremamente grave e que gera revolta em muitas pessoas. Mas cabe salientar que foi a justi�a que o libertou, tendo em vista que j� cumpriu parte de sua pena, continua sob pena, mas em trabalho de ressocializa��o. E o trabalho faz parte desta nova fase da sua vida. Nossa empresa acredita na ressocializa��o, e a favor de (dar ao goleiro uma) segunda chance”, escreveu G�is.