O desembargador Doorgal Andrada, do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), e que � o relator do processo da morte de Eliza Samudio, afirmou, na noite deste s�bado, que pretende julgar a apela��o do goleiro Bruno Fernandes da Dores, de 32 anos, ainda neste ano. Junto com outros dois desembargadores, vai analisar o pedido de anula��o da condena��o de 22 anos e tr�s meses de pris�o, senten�a de primeira inst�ncia, feito pela defesa do atleta. H� quatro anos o recurso aguarda julgamento. Esse foi um dos argumentos usados pelo ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a soltura do r�u.
O goleiro ficou preso por seis anos e sete meses, desde julho de 2010, inicialmente por medida cautelar e depois preventiva, ap�s ser apontado como mandante do sequestro, c�rcere privado e morte de Eliza Samudio, em junho daquele ano. Em 8 de mar�o de 2013, o atleta foi condenado a 22 anos e tr�s meses de pris�o, dos quais 17 anos e seis meses em regime fechado, pelo homic�dio triplamente qualificado. Na mesma �poca, a defesa entrou com uma apela��o contra a senten�a, mas ela n�o foi julgada.
A demora foi uma das estrat�gias usadas pelos advogados do goleiro para pedir a soltura dele. Os advogados sustentaram o excesso de prazo da pris�o preventiva, uma vez transcorridos mais de tr�s anos desde o julgamento, sem an�lise da apela��o interposta, afirmando se tratar de antecipa��o de pena. Os argumentos invocados pelos defensores, foram acatados pelo ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 21 de fevereiro. Na decis�o que permitiu a libera��o do goleiro, o ministro considerou que, ao negar o direito de recorrer em liberdade, a condena��o foi antecipada, sendo o clamor social 'insuficiente a respaldar a preventiva'.
O desembargador, voltou a dizer que o julgamento da apela��o ainda est� dentro do prazo. “O tempo do julgamento do processo atual, � um tempo normal. Ele est� no Tribunal h� mais de tr�s anos e com andamento que nosso Tribunal � uma m�dia razo�vel. Se voc� pegar em S�o Paulo, temos not�cia que l� demora mais de cinco anos. Andamento dele � comum, porque tem muitos recurso, tem muitos r�us, tem que abrir vista para todo mundo falar. Ent�o, n�o tem nenhum atraso no processo”, comentou.