
Enquanto Oscar Niemeyer projetou o n�cleo urbano, o empreendimento agr�cola ficou a cargo do engenheiro Paulo Peltier de Queiroz, que fora superintendente da extinta Comiss�o do Vale do S�o Francisco (CVSF) nos governos Eurico Dutra (1946-1951) e Get�lio Vargas (1951-1954). O projeto previa a constru��o de estrada e at� uma expans�o rumo ao Noroeste, com ramal ferrovi�rio partindo de Pirapora.
Segundo o engenheiro, todos os lotes teriam acesso ao n�cleo urbano central da Cidade Marina. Imediatamente ap�s o lan�amento do projeto, foi iniciada uma campanha de venda dos lotes. Era oferecida como vantagem para os interessados nas glebas rurais “uma �rea na moderna Cidade Marina, planejada por Oscar Niemeyer e sua equipe, para a constru��o de sua resid�ncia”. Nas propagandas, era enaltecido, entre outros aspectos, o fato de a Col�nia Agropecu�ria do Menino ser um “cintur�o produtor da Cidade Marina” e que a regi�o do Vale do Urucuia se tornaria “um dos celeiros da futura capital federal (Bras�lia)”
PALAVRA DO ESPECIALISTA
Jos� Carlos Coutinho
Arquiteto e professor em�rito da Universidade de Bras�lia (UnB)
“O projeto de Marina � muito pouco conhecido. Um projeto privado, que quis se antecipar � constru��o de Bras�lia, com a grife de Niemeyer. Eu sempre encarei-o como um bal�o de ensaio de Niemeyer, muito influenciado pela Carta de Atenas, documento redigido por Le Courbusier que defendia cidades funcionais, ordenadas e justas. Fora do Brasil, durante a �poca da persegui��o pol�tica, Niemeyer projetou uma cidade no Deserto de Negev, em Israel (em 1964, tamb�m n�o executada). S�o esbo�os de cidades ideais.”
MEMORIAL DESCRITIVO
