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Estado de Minas RESTAURANTE SOBRE RODAS

Mais baratos que lojas fixas, food trucks exigem mais organiza��o e padroniza��o


postado em 07/06/2015 00:01 / atualizado em 09/06/2015 18:06

O empreendedor Max Miller Ladeira levou o Go Pasta, marca da loja que tem na Savassi, para as ruas e praças de Belo Horizonte(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O empreendedor Max Miller Ladeira levou o Go Pasta, marca da loja que tem na Savassi, para as ruas e pra�as de Belo Horizonte (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A era mineira dos food trucks, os carros adaptados para servir comida e bebida, parece ter chegado principalmente a Belo Horizonte, mas a experi�ncia de quem j� est� nessa estrada pode ser decisiva para os novatos no neg�cio. O setor come�ou a atrair empreendedores em BH no ano passado, seguindo uma tend�ncia observada por consultores do mundo empresarial em S�o Paulo. Os ve�culos servem hamb�rgueres, massas, pizzas, caf� e vinhos, brigadeiros, tapiocas e comida mexicana, entre outras op��es.

Um dos pioneiros na atividade na capital mineira, Max Miller Ladeira, dono do Restaurante Go Pasta, vai logo avisando que al�m da disposi��o de conduzir o pr�prio neg�cio sobre rodas, � preciso desenvolver controles afiados para lidar com alimentos que v�o deteriorar mais rapidamente, a higiene adequada a uma cozinha exposta a todo momento ao olhos do cliente e a manuten��o constante, e inclusive preventiva, do ve�culo.

“O food truck � um restaurante que anda, mas n�o tem a mesma autonomia. � preciso ter foco e foco bem definido”, afirma. O Go Pasta surgiu como op��o a uma filial da casa que Max Ladeira mant�m na Savassi, Zona Sul de BH, e, de fato, deu novo g�s ao neg�cio. O minicaminh�o adaptado percorre cinco locais da cidade de segundas a sexta-feira e serve a eventos aos s�bados e domingos, sob o comando do pr�prio dono.

N�o h�, ainda, legisla��o regulamentadora da atividade. No Go Pasta s�o servidos dois tipos de massas frescas fabricadas no pr�prio carro, em equipamento importado da It�lia, e quatro molhos � escolha do consumidor. A cada 1min40, a entrega � de oito pratos. O n�mero de refei��es pode chegar a uma centena por dia.

Detalhes Se o custo do neg�cio costuma ser 70% inferior ao de um restaurante, exige um exerc�cio constante de organiza��o e padroniza��o, sem o apoio do primo estabelecido. “Na rua s� se sobrevive vendendo uma comida r�pida, generosa e sem firula, mas de boa qualidade e com pre�o justo (em geral a 20% a 30% menor do que aquele oferecido nas lojas)”, afirma Max Ladeira. Ele observa, ainda, que em pouco tempo depois da fase de abertura e conquista de clientes, o empreendedor precisar� montar um local para o preparo inicial das refei��es. Os carros t�m de ser equipados com freezer, mas � bom lembrar que n�o h� espa�o para formar estoque de mercadorias.

O or�amento, dependendo, � claro, da ideia, pode variar de R$ 50 mil a R$ 200 mil na compra e adapta��o do ve�culo. Max Ladeira leva o carro, que � novo, a cada dois meses � revis�o, com gastos de R$ 200. S�o necess�rias licen�as de �rg�o da administra��o municipal de vigil�ncia sanit�ria, da BHTrans, do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), e, ao final do processo de obten��o, que pode demorar cerca de 30 dias, o alvar� do governo municipal. As boas pr�ticas de higiene s�o um cap�tulo � parte. “A sua cozinha estar� na cara do cliente e a comida deteriora mais rapidamente”, alerta o dono do Go Pasta.

 

Pipoca gourmet

 

Se tamanho fosse documento, a assistente financeira Camila Cristina Souza Michel, de 26 anos, nem sequer teria colocado em pr�tica o projeto de renova��o de uma das receitas mais simples da culin�ria, a da pipoca, que ela transformou em ingrediente gourmet num carrinho incrementado j� conhecido na Savassi, em BH. Com identidade visual pr�pria, ela e o noivo, Mateus Henrique Rodrigues da Silva, um eletricista de 29, conduzem cada um o seu equipamento, oferecendo a velha conhecida em seis vers�es inusitadas, incluindo chocolate trufado, canastra com or�gano, lim�o siciliano com pimenta e rapadura com lim�o e gengibre.

A ideia foi implementada em novembro do ano passado e, agora, a pretens�o dos s�cios da M&C Foods � chegar ao segmento dos food trucks. “Pesquisamos e desenvolvemos as receitas, nos qualificamos e passamos a trabalhar melhor a divulga��o do produto”, afirma Camila Michel. O investimento foi de R$ 5 mil em cada carrinho e nos utens�lios. Nos fins de semana, a dupla trabalha em eventos infantis e confraterniza��es de empresas.

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