H� quase duas d�cadas, estudos cient�ficos apontam que a f� ajuda a superar doen�as. Os resultados v�o da diminui��o da depress�o a algo t�o inexplic�vel que acaba classificado como milagre, e fazem com que a efic�cia da cren�a em algum poder superior seja aceita com mais facilidade.
A influ�ncia da espiritualidade no processo de tratamento de pacientes j� � admitida at� mesmo por m�dicos que sempre adotaram uma postura c�tica em rela��o ao assunto. Um estudo realizado na Escola de Enfermagem da USP, em Ribeir�o Preto, mostrou que a religiosidade fortalece pacientes que lutam contra o c�ncer. Nos EUA, uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Duke, na Carolina do Norte, comprovou que pacientes que se valem de pr�ticas religiosas apresentam 40% menos chances de sofrerem depress�o durante o tratamento n�o apenas do c�ncer, mas das doen�as em geral. A f� representa um refor�o para o sistema imunol�gico.
O trabalho na USP foi coordenado pela psic�loga Joelma Ana Esp�ndula, para entender de que maneira a viv�ncia da religiosidade e da f� influencia no destino de quem enfrenta o mal. O estudo demonstrou que os pacientes encaram a religi�o como apoio, fortalecimento espiritual que atenua dores e conflitos. A pesquisadora observa que a f� � comprovadamente um ponto importante no processo da cura de enfermidades e pode at� influenciar na quantidade de medicamentos usados em um tratamento, e � constatada diariamente pelos m�dicos nos hospitais.
Segundo o capel�o Erasmo Filho, “Quando se tem f�, h� esperan�a no tratamento e restabelecimento da sa�de, mas, acima de tudo, h� confian�a no poder de Deus em dar a cura”.
No caso, uma das pesquisas que relacionam f� e cura � a do m�dico Randolph Byrd, um renomado cardiologista dos EUA que estudou atentamente a ora��o e a cura. Ele dividiu em dois grupos 400 pacientes que passaram por uma cirurgia card�aca de ponte de safena. Um, receberia ora��o durante a recupera��o, e o outro, n�o. Nenhum dos dois grupos sabia se havia ou n�o algu�m orando por eles. O grupo que recebia ora��es se restabeleceu mais rapido, precisou de menos medicamentos e teve menos complica��es no processo de cura. O outro grupo que n�o recebeu ora��o precisou de mais consultas, retorno aos m�dicos, desenvolveu mais infec��es e, usaram mais medicamentos.
Cris Linnares, terapeuta de mulheres e psic�loga por forma��o, recentemente publicou em suas redes sociais sobre o uso da f� durante as terapias e fez um convite aos profissionais a voltarem a miss�o que d� origem � profiss�o. “Toda a hist�ria da humanidade foi criada e inspirada por causa de f� e religiosidade. Terapeuta que nega as cren�as dos pacientes, est� negando exatamente as din�micas e valores que ajudaram ele ser quem � hoje. Terapeutas que querem ajudar, achando que s� rem�dio antidepressivo, mas n�o � assim. Os psic�logos n�o podem negar a f� do paciente, que comprovadamente auxilia corpo, mente e esp�rito. Como eu posso ver isso e n�o falar de Deus no meu consult�rio? A terapia precisa urgentemente de Deus se ela quer se tornar o que ela se predisp�s desde o in�cio, o estudo do Esp�rito”, finaliza.