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Estado de Minas

Envenenamento de moradores de rua em BH exp�e drama social


postado em 16/05/2011 06:33 / atualizado em 16/05/2011 07:18

Oito moradores de rua que viviam em praça no Santa Amélia, na Região da Pampulha, foram intoxicados ao ingerir cachaça com chumbinho. Polícia não identificou agressor (foto: Reprodução)
Oito moradores de rua que viviam em pra�a no Santa Am�lia, na Regi�o da Pampulha, foram intoxicados ao ingerir cacha�a com chumbinho. Pol�cia n�o identificou agressor (foto: Reprodu��o)

A situa��o da Pra�a Iron Marra, no Bairro Santa Am�lia, onde oito moradores de rua foram v�timas de envenenamento domingo de manh�, pode ser encontrada em v�rias regi�es da cidade, ocupadas pelos mendigos. O n�mero dessas pessoas cresce a cada ano. O �ltimo censo da popula��o de rua de Belo Horizonte foi feito em 2005, quando foram identificadas 1.164 pessoas morando nas vias p�blicas. Hoje, de acordo com estimativas da Pastoral Nacional do Povo da Rua, essa quantidade � bem maior.

Maria Cristina Bove Roletti, coordenadora da pastoral, se mostrou surpresa com o ato violento e lembrou que agress�es contra a popula��o de rua n�o s�o comuns em Belo Horizonte, ao contr�rio de outras capitais, como Macei� (AL), onde recentemente foram assassinadas 15 pessoas . Em S�o Paulo, acrescentou, dois mendigos foram amarrados em carro�as de catadores de papel e queimados.

Ela teme que essas agress�es se tornem frequentes em BH. “Estou preocupada em saber que est� come�ando aqui esse tipo de rea��o”, disse, acrescentando que a Administra��o Regional Pampulha vinha fazendo reuni�es para decidir o futuro das fam�lias que vivem em pra�as do Santa Am�lia. “S�o 66 pessoas vivendo nas ruas da Regional Pampulha e a��es est�o sendo feitas para tentar reverter essa situa��o”, informou a coordenadora da pastoral.

Intoler�vel

A secret�ria municipal adjunta de Assist�ncia Social de Belo Horizonte, Elizabeth Leit�o, disse ter ficado consternada com a agress�o aos moradores de rua. “N�o combina com nada que temos trabalhado em Belo Horizonte. A gente repudia uma situa��o dessa. � intoler�vel. Temos trabalhado no sentido de garantir os direitos da popula��o de rua e nossas pol�ticas p�blicas t�m avan�ado”, disse a secret�ria. “Espero que essa viol�ncia seja apurada com muita agilidade e clareza. N�o podemos tolerar uma pr�tica dessa contra qualquer pessoa, principalmente com a popula��o de rua que est� numa situa��o de extrema vulnerabilidade. A sociedade belo-horizontina n�o merece atos como esses”, afirmou Elizabeth.

Quanto �s frequentes reclama��es da popula��o da capital, que se sente insegura com a presen�a de mendigos em pra�as, ruas e casar�es abandonados, e reclama que o n�mero de pessoas nessa situa��o tem aumentado nos �ltimos anos, sem nenhuma a��o para retir�-las das vias p�blicas, a secret�ria assegurou que o munic�pio tem uma pol�tica p�blica extremamente articulada para esta situa��o. “Temos uma equipe de abordagem em cada regional, que vai at� os moradores de rua e trabalha com eles. Quando algum � usu�rio de drogas, temos atendimentos junto �s secretarias de Sa�de, de Assist�ncia Social, Direitos e Cidadania e de Pol�tica Social”, afirmou.

Quadro est�vel

Em nota divulgada no domingo � tarde, a assessoria de imprensa do HPS e a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA), que administra as Unidades de Pronto-atendimento (UPAs), para onde as v�timas foram levadas pelo Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), informaram que os oito moradores de rua apresentavam quadro est�vel. “Todos relataram ter feito uso da mesma garrafa de bebida alco�lica e, ap�s a ingest�o, apresentaram, em sua maioria, os mesmos sintomas, como dores abdominais, n�useas, sonol�ncia e diarreia. Entre as oito v�timas, uma era do sexo feminino”, disse a nota da SMSA.

Dois homens de 32 e 33 anos foram levados para a UPA Centro-Sul, um outro de 31e uma mulher de 24 para a UPA Pampulha, dois de 30 e 31 anos para a UPA Venda Nova, um de 21 anos para UPA Nordeste e um de 31 anos para o HPS. “H� suspeita de que todos tenham sido v�timas de envenenamento por chumbinho. Em sua maioria, as v�timas foram submetidas � lavagem g�strica, soroterapia e carv�o ativado por sonda – procedimento usado para absorver subst�ncias prejudiciais do organismo. O quadro cl�nico de todos � considerado est�vel”, diz a nota. Os pacientes permanecer�o em observa��o pelas pr�ximas 24 horas. Ningu�m chegou a entrar em coma.


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