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Estado de Minas Te�filo Otoni

Pol�cia apura 12 mortes provocadas por medicamento manipulado em Minas

Delegacia inclui em inqu�rito �bitos de mais tr�s pacientes que teriam ingerido rem�dio suspeito de matar nove pessoas no Vale do Mucuri. Sa�de busca 62 c�psulas desaparecidas


16/12/2011 06:00 - atualizado 16/12/2011 06:30

 

Além de computadores, documentos e psicotrópicos, os agentes recolheram na sede do laboratório 26 cápsulas que fariam parte do lote suspeito de contaminação
Al�m de computadores, documentos e psicotr�picos, os agentes recolheram na sede do laborat�rio 26 c�psulas que fariam parte do lote suspeito de contamina��o (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A Pol�cia Civil ampliou nessa quinta-feira para 12 o n�mero de mortes investigadas como suspeitas de terem sido causadas pela ingest�o do medicamento Secnidazol 500mg, fabricado pela farm�cia de manipula��o F�rmula Pharma, em Te�filo Otoni, Vale do Mucuri. A informa��o foi confirmada ao Estado de Minas pelo delegado regional Alberto Tadeu Cardoso Oliveira. Na segunda-feira, havia nove mortes suspeitas e nessa quinta-feira, segundo ele, mais tr�s foram confirmadas, todas em Te�filo Otoni. “S�o 12, at� agora”, disse o policial.

A Secretaria de Estado de Sa�de (SES) confirmou nessa quinta-feira apenas a d�cima v�tima, uma moradora de Te�filo Otoni, M.L.S, de 72 anos, que morreu em 22 de novembro. Informou ainda que ainda n�o foram localizadas 62 das 180 c�psulas do lote suspeito. O pedido � para que os moradores, caso tenham comprado medicamentos na F�rmula Pharma, os entreguem �s secretarias municipais de sa�de, � superintend�ncia regional ou �s diretorias de Sa�de de Te�filo Otoni, Pedra Azul e Governador Valadares. A SES alerta ainda que outros 11 pacientes, inclusive de munic�pios vizinhos a Te�filo Otoni, podem ter usado o mesmo medicamento, como relata a pr�pria farm�cia em documentos encontrados no local.

De acordo com Alberto Tadeu, nas buscas da Policia Civil e Vigil�ncia Sanit�ria, foram encontradas 26 c�psulas no escrit�rio do propriet�rio da farm�cia, Ricardo Portilho, e que podem ser do lote de 180 unidades do medicamento, manipulado em 14 novembro, quando o princ�pio ativo do rem�dio para matar vermes teria sido trocado por um outro, de um anti-hipertensivo, usado para abaixar a press�o arterial, por�m com dose 40 vezes maior que o indicado.

“Esses 26 comprimidos recolhidos, cujas dimens�es se assemelham �s c�psulas do Secnidazol, ser�o analisados pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed)", disse o policial. A Funed informou nessa quinta-feira que as amostras j� chegaram a Belo Horizonte, mas ainda � preciso saber se algum representante da F�rmula Pharma vai participar da abertura das amostras, antes de dar in�cio �s an�lises.

Segundo o delegado, se forem confirmadas que as c�psulas s�o do mesmo lote 26, seria reduzido para 42 o n�mero de comprimidos que ainda faltam ser recolhidos com pacientes e evitar novas mortes. "Com essas tr�s mortes confirmadas agora e trabalhando com a hip�tese de que cada paciente toma duas ou quatro c�psulas de uma vez, estimamos que faltam ser recuperadas 30 c�psulas", disse o delegado.

Mesmo com a localiza��o de todas as c�psulas, segundo Alberto Tadeu, somente mortes antigas podem ser relacionadas ao medicamento. Ele explicou que, em alguns casos, pacientes tomaram rem�dio para vermes em outras cidades da regi�o e na zona rural, mas a causa do �bito ainda n�o foi relacionada ao Secnidazol 500mg.

Exuma��o depende de laudo

 

O delegado disse que n�o h� previs�o para exumar corpos de v�timas. “Estamos dependendo dos resultados dos exames feitos pela Funed e pelo Instituto M�dico Legal. Precisamos saber quais corpos foram embalsamados, o que impede o exame toxicol�gico, para n�o submetermos fam�lias a um constrangimento desnecess�rio", afirmou Alberto Tadeu.

A Pol�cia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Regional de Te�filo Otoni, instaurou inqu�rito policial em 5 de dezembro para apurar responsabilidade criminal a partir da interna��o hospitalar de um casal, ap�s ingest�o do medicamento Secnidazol. A partir deste dia, v�rios familiares de poss�veis v�timas procuraram a delegacia para registrar ocorr�ncias. Uma equipe de investigadores, em conjunto com t�cnicos da Vigil�ncia Sanit�ria da Superintend�ncia Regional de Sa�de e da Secretaria Municipal de Sa�de de Te�filo Otoni, apreendeu na F�rmula Pharma computadores, documentos e componentes qu�micos para investiga��o.

Sete pessoas j� foram ouvidas, entre familiares, v�timas, o propriet�rio do estabelecimento, a farmac�utica que formulou os medicamentos e o gerente da farm�cia. Ontem, foi a vez de depoimentos, em sigilo, de tr�s familiares de poss�veis v�timas.




Opera��o pente fino

Os �bitos e as irregularidades identificadas na F�rmula Pharma levaram o governo de Minas a intensificar a fiscaliza��o nas farm�cias de manipula��ovno Vale do Mucuri, informou nessa quinta-feira o subsecret�rio de Estado de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Carlos Alberto Gomes. Al�m da matriz e da filial da F�rmula Pharma, em Te�filo Otoni, a Vigil�ncia Sanit�ria interditou outros estabelecimentos em Novo Cruzeiro, Ladainha, Itaip� e Itambacuri. Segundo ele, na quarta-feira foram as Bioter�pica e Esperan�a. “A Bioter�pica, al�m de funcionar sem autoriza��o, n�o tem controle de qualidade validade. Quanto � Esperan�a, a �rea f�sica � inadequada, n�o h� valida��o do controle de qualidade e no local h� ind�cios de produ��o industrial de medicamentos, uma vez que h� equipamentos usados para esse fim”, revelou o subsecret�rio.


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