Prefeitura vai construir muro de arrimo em terreno adjacente � rua em que pr�dio caiu no Buritis

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai iniciar, a qualquer momento, a constru��o de uma barreira de conten��o do terreno de propriedade da Podium Engenharia, na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Regi�o Oeste da capital, onde um bloco do Condom�nio Art de Vivre foi demolido e o outro corre risco de queda. A informa��o � do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que ontem participou de solenidade de entrega de recursos do Minist�rio da Integra��o Nacional aos munic�pios mineiros atingidos pela chuva, na Cidade Administrativa, sede do governo estadual. “O empenho � para que os moradores dos im�veis vizinhos voltem �s suas casas”, afirmou. � o que espera o marinheiro aposentado Luiz Marques, de 53 anos, morador da casa na esquina da Rua Marco Aur�lio de Miranda com a Avenida Prot�sio de Oliveira Penna. “Vou aguardar at� amanh� (hoje) e, se ningu�m se manifestar, vou consultar meu advogado para saber o que podemos fazer. Essa situa��o � de total desconforto e ningu�m nos d� informa��o alguma”, diz o aposentado. Quatro im�veis est�o interditados na regi�o dos pr�dios condenados, sendo tr�s pr�dios e uma casa.

Lacerda n�o quis falar sobre o laudo do segundo pr�dio do Art de Vivre, que decidir� pela demoli��o ou n�o, mas destacou que um dos principais problemas � que a Podium “fez grande corte vertical, sem medidas apropriadas, para construir mais dois pr�dios em seu terreno (que d� frente para a Avenida Prot�sio Penna)”. Lacerda confirmou, embora n�o tenha definido data, que exigir� com mais rigor projetos de constru��o e os impactos para o entorno. “Vamos verificar medidas de seguran�a e passar a exigir laudo geot�cnico. Assim, diante de um problema como esse, com desabamentos e danos, todos podem cobrar seus direitos na Justi�a”, afirmou.

Segundo o presidente do n�cleo Minas Gerais da Associa��o Brasileira de Mec�nica dos Solos (ABMS), Ivan Lib�nio Vianna, a estrutura do segundo bloco do Art de Vivre foi um pouco danificada com a demoli��o do primeiro pr�dio, mas n�o ficou comprometida al�m do ponto em que j� estava. Oito t�cnicos estiveram ontem vistoriando o edif�cio e constataram que o solo continua se movimentando, por�m, menos do que anteriormente, j� que houve al�vio no peso sobre o terreno.

“O terceiro pr�dio do conjunto afetado tem recupera��o, desde que um pilar rachado seja reconstru�do e o edif�cio receba escoras e cintas. Esse trabalho � relativamente simples, mas s� pode ser feito depois da �poca das chuvas”, diz Lib�nio. O presidente da ABMS em Minas Gerais disse ainda que o pr�dio continua em risco, por�m, n�o est� mais em risco iminente, conforme estava antes da demoli��o do primeiro bloco. (Com Mateus Parreiras)