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Estado de Minas

Falha geol�gica � causa de tremores de terra em Montes Claros


postado em 17/12/2012 18:11 / atualizado em 17/12/2012 19:55

Existe uma falha geol�gica em Montes Claros (Norte de Minas), que � apontada como a respons�vel pelos tremores de terra registrados na cidade. Ela tem cerca de 3 quil�metros de extens�o e est� situada a uma profundidade de um e meio a dois quil�metros. Por conta da “fenda” no subsolo, a terra dever� continuar a tremer. Mas, n�o h� motivo de p�nico para a popula��o, pois, devem ocorrer abalos de pequena intensidade. Por outro lado, a estrutura das constru��es devem ser refor�adas.

As informa��es foram divulgadas, esta segunda-feira, pelos professores Marcelo Assump��o, do departamento de Geof�sica da Universidade de S�o Paulo (USP); e George Sand de Fran�a, do Observat�rio Sismol�gico da Universidade de Bras�lia (UnB), que apresentaram os resultados dos estudos sobre os fen�menos s�smicos ocorridos no munic�pio.

Solicitados pela Prefeitura local e pela Defesa Civil Estadual, os estudos da UNB e da USP foram iniciados em maio deste ano, diante da freq��ncia de tremores de terra em Montes Claros, sendo que o abalo de maior intensidade, de 4.5 graus na escala Richter, aconteceu em 19 de maio passado, quando foram atingidas 60 casas. Seis delas foram condenadas e duas foram interditadas, com as fam�lias desabrigadas.

Foram instaladas nove esta��es sismogr�ficas em diferentes pontos de Montes Claros para o mapeamento dos tremores e identifica��o das suas poss�veis causas. Desde maio, os aparelhos registraram a ocorr�ncia de 174 “eventos” no munic�pios, dos quais a metade “fen�menos naturais” (tremores) e outra metade detona��es realizadas por pedreiras, que, de acordo com os especialistas n�o t�m grandes impactos, ao ponto de fazer a terra tremer. Como refer�ncia para a an�lise no levantamento foram considerados 33 “abalos naturais” e 27 detona��es.

O professor Marcelo Assump��o disse que foi localizada uma “falha geol�gica” no munic�pio, cuja extens�o, de tr�s quil�metros, vai da Vila Atl�ntica at� a Serra do Mel (tamb�m conhecida como Serra da Sapucaia). Na mesma regi�o, foram identificados os epicentros dos tremores registrados no munic�pio. “Os tremores est�o relacionados com a fratura geol�gica, mas devem ser ressaltado que se trata de uma fratura pequena, que tamb�m ocorrem em outras partes do Brasil”, observou o geof�sico da USP.

Assump��o salientou que os sismos devem continuar a ocorrer na regi�o. Por�m, isso n�o deve criar nenhum tipo de apreens�o entre os moradores. “As chances de ter um terremoto de maior intensidade - de at� 5.0 graus na Escala Richter - existem, mas s�o muito pequenas. Mesmo que venha acontecer um abalo com maior intensidiade, as constru��es bem feitas n�o ser�o afetada. Elas poder�o ter trincas nas paredes, sem que isso implique em algum risco de desabamento”, assegurou o especialista.

A regi�o mais atingida pelos abalos em Montes Claros � a Vila Atl�ntica, onde moram fam�lias de baixa renda. O professor Marcelo Assump��o disse que, mesmo com os estudos apontando a exist�ncia da falha geol�gica na regi�o da Vila Atl�ntica, n�o ser� necess�ria a remo��o de fam�lias da regi�o. “Ningu�m deve abandonar suas casas por causa da falha geol�gica. No entanto, � preciso refor�ar a estrutura de suas casas. As pessoas devem tomar alguns cuidados. Por exemplo, devem verificar sempre se as telhas est�o firmes, ao ponto de resistir pequenos tremores. Al�m disso, deve-se evitar colocar coisas pesadas em cima de arm�rios, a fim de prevenir riscos de acidentes”, recomendou.

O professor George Sand de Fran�a, do Observat�rio Sismol�gico da UNB, disse que os moradores devem se acostumar com os abalos. “A primeira coisa que as pessoas devem ter � calma. Na hora do tremor, devem sair r�pido de casa ou ent�o se protegerem debaixo de uma mesa”, disse Fran�a.

Ele lembrou que os dados do Observat�rio da UnB mostram que Montes Claros tem registros de sismos desde 1978, com a freq��ncia dos tremores aumentando em determinada �pocas e depois reduzindo. Os fen�menos se repetiram mais nos anos de 1996, 1999, 2000, 2008, 2010, 2011 e 2012. Por�m, a maioria deles � intensidade muita pequena. Segundo o professor Marcelo Assump��o, de 1995 at� hoje, foram registrados na cidade pouco mais de 20 tremores acima 2.0 na escala Richter.


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