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Estado de Minas

Lei estadual garante esperan�a a mineiros em tratamento contra o c�ncer

Legisla��o assegura a pacientes em idade reprodutiva direito de congelar �vulos e espermatozoides para enfrentar o risco de infertilidade p�s-quimioterapia


postado em 03/02/2013 06:00 / atualizado em 03/02/2013 07:38


Na v�spera do Dia Mundial do C�ncer, 4 de fevereiro, uma boa not�cia para pacientes em idade reprodutiva em Minas. Agora, eles passam a ter direito ao congelamento gratuito de �vulos e espermatozoides, antes de se submeter �s sess�es de quimioterapia, que tornam inf�rteis sete em cada 10 pacientes. Antes da san��o da Lei Estadual 20.627, publicada no Di�rio Oficial do estado, mulheres que descobriam a doen�a muitas vezes engravidavam �s pressas, adiando o in�cio do tratamento oncol�gico, mesmo correndo o risco de o quadro se agravar. J� os homens se tornavam est�reis, enfrentando dificuldades posteriores de se envolver em um relacionamento duradouro.

Tatiane e o marido, Eduardo: lei poderia beneficiar técnica de enfermagem(foto: Reginaldo Roriz/Divulgação)
Tatiane e o marido, Eduardo: lei poderia beneficiar t�cnica de enfermagem (foto: Reginaldo Roriz/Divulga��o)
A nova lei, que ainda depende de regulamenta��o, deve beneficiar em torno de 2,7 mil pessoas ao ano em Minas, segundo estimativa baseada em dados do Instituto Nacional do C�ncer. S�o hist�rias como a de Tatiane Avelino, de 29 anos, t�cnica de enfermagem de Muria�, na Zona da Mata mineira. Casada h� dois anos, ap�s 10 anos de namoro, sem filhos, ela descobriu em dezembro ter c�ncer de mama. “Come�amos a namorar muito novos e quer�amos construir uma casa para receber nossos filhos”, explica.

Tatiane j� est� na segunda sess�o de quimioterapia e acredita que vai ficar curada. Como trabalha no Hospital do C�ncer de Muria�, ela detectou o problema no in�cio. “Na verdade, nem pensei em congelar o embri�o, porque est� fora da minha realidade. O tratamento � caro. Tenho f� que Deus vai me curar e, se for bom para mim, conceder a gra�a de continuar a ter filhos”, confia ela.

Segundo o autor da proposta, o deputado estadual Wilson Batista (PSD), j� est� em negocia��o o conv�nio com cl�nicas particulares em Belo Horizonte e cidades do interior, cadastradas para receber pacientes. O Sistema �nico de Sa�de (SUS) ainda n�o oferece essa modalidade de atendimento. “Nos hospitais especializados, os casos de pacientes jovens com c�ncer que se tornam inf�rteis s�o quase di�rios”, lamenta o parlamentar, m�dico oncologista no Hospital do C�ncer de Muria�.

Entre os casos relatados pelo deputado est� o drama de Adel�o Balbino Junior, de 30 anos, de Aimor�s, que sobreviveu a um tumor maligno no c�rebro depois de um ano de quimioterapia, mas desde ent�o tem dificuldade com relacionamentos amorosos. “Na �poca, n�o pensava em mais nada, s� queria ficar curado de uma dor de cabe�a insuport�vel. S� depois me dei conta de que nunca mais vou poder ter filhos. Minha vida mudou muito. Eu me converti e passei a viver mais para meus pais e a igreja. Passei a falar na r�dio para que todos digam ao m�dico que querem ter filhos e congelem seus gametas”, diz ele, que se tornou locutor de r�dio evang�lica.

Cl�nicas particulares especializadas em reprodu��o humana assistida oferecem congelamento de �vulos e espermatozoides. Em m�dia, a preserva��o do embri�o congelado custa R$ 700 ao ano e sua implanta��o no �tero, de R$ 3 mil a R$ 5 mil. “O m�todo de vitrifica��o garante a probabilidade de 92% de que o �vulo volte perfeito ao �tero. Ao se submeter ao tratamento, o paciente mant�m acesa uma chama de esperan�a, pois poder� ficar curado e ainda ter filhos”, defende Bruno Scheffer, diretor do Instituto Brasileiro de Reprodu��o Humana Assistida.


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