
O bullying motivou a tentativa de homic�dio contra dois estudantes baleados no in�cio da manh� desta quinta-feira em uma escola de Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. O autor dos disparos, um jovem de 19 anos, � portador de necessidades especiais e era perseguido por um deles.
O rapaz estuda no 1º ano do Ensino M�dio na Escola Estadual Efig�nia de Jesus Werneck. Segundo o tenente Rodrigo de Lima Ferreira, ele mora com a av� e faz uso de medicamentos controlados. O estudante � muito educado e nunca teve epis�dios agressivos. No entanto, o rapaz era v�tima de bullying por parte de colegas de turma.
Na noite de ter�a-feira, um policial militar que � tio do rapaz foi visitar a fam�lia e passou a noite na casa. Pela manh�, o aluno descobriu que a arma do parente estava dentro de uma mochila, escondida sobre o guarda roupa. Aproveitando que ele dormia, o rapaz pegou o rev�lver e levou para a escola com a inten��o de ferir os agressores.
Nesta manh�, enquanto os estudantes entravam nas salas para a primeira aula, ele tirou a arma da mochila no corredor e apontou para um dos estudantes que praticava bullying contra ele. O adolescente, identificado como P., tem 16 anos. Ele foi atingido na orelha e em um dos ombros. Assustados com os disparos, muitos alunos come�aram a correr e alguns pularam o muro da insitui��o.
Segundo o tenente Rodrigo, ap�s o primeiro disparo, o jovem descarregou a arma, disparando outros quatro tiros. Um deles acabou atingindo a barriga de R.R.S., tamb�m de 16 anos e filho de um PM. Ele foi levado para a Policl�nica de Santa Luzia em uma viatura. J� ou outro estudante foi conduzido para o Pronto Atendimento do Bairro S�o Benedito e deve ser transferido

A Secretaria de Estado de Educa��o de Minas Gerais informou que a equipe da escola tomou todas as provid�ncias de urg�ncia necess�rias quanto ao caso e acompanha as fam�lias dos estudantes envolvidos. Uma equipe do governo tamb�m foi encaminhada � institui��o para prestar aux�lio � diretoria. A Secretaria tamb�m informou que a escola faz parte de um projeto de preven��o da viol�ncia e promo��o da paz.
Viol�ncia
N�o � a primeira vez que um caso de viol�ncia � registrado na institui��o de ensino. Em abril deste ano, uma discuss�o em sala de aula envolvendo alunos e um professor terminou na delegacia. Na ocasi�o, um estudante de 17 anos acusou o professor substituto de Sociologia, de 42, de t�-lo agredido.
Na vers�o do jovem, durante uma avalia��o, o docente mandou que ele e um colega deixassem a sala. Como eles n�o atenderam o pedido, o professor teria tomado a prova das m�os dele e o atingido com socos no rosto. Na delegacia, o homem negou a agress�o. Ele disse que os alunos estavam brigando dentro da sala com estudantes de outra turma e o educador pediu para que eles se retirassem do local.
Por�m, segundo o depoimento, os alunos come�aram a agredir o homem. O professor tamb�m informou que n�o revidou os socos e chutes. O docente foi liberado e a pol�cia confeccionou um Termo Circunstanciado de Ocorr�ncia (TCO), encaminhado � Justi�a.
