
Milhares de pessoas andando no meio dos carros, ve�culos disputando cada cent�metro de vias com restri��o de tr�fego, �nibus que passam raspando nas cal�adas, carga e descarga feita de qualquer jeito, engarrafamentos quilom�tricos, tudo isso em meio a uma fiscaliza��o ineficaz, quando n�o inexistente. Essa � a confus�o que se agrava a cada dia no entorno das obras do transporte r�pido por �nibus (BRT, na sigla em ingl�s) no Hipercentro de Belo Horizonte. Um quadro que se mostrou especialmente ruim ontem, com concentra��o de torcedores na �rea central devido ao jogo Atl�tico x Newell’s Old Boys, mas que tende a ficar ainda pior quando a restri��o de tr�fego chegar � Rua Caet�s, poucos metros depois do fim do viaduto que liga a Avenida Ant�nio Carlos ao Centro.
Segundo fontes ligadas � administra��o municipal, o cruzamento da Caet�s com a Avenida Paran� � um dos poucos espa�os vi�rios que ainda precisam ser fechados para reforma, o que deve ocorrer em breve. Enquanto isso n�o acontece, em apenas 1,3 quil�metro de tratamento vi�rio nas avenidas Santos Dumont e Paran�, por onde v�o circular os novos �nibus do BRT Central, a situa��o beira o caos, motivada pelo atropelo no cronograma. Enquanto em fevereiro a Secretaria Municipal de Obras anunciou que as interven��es no Centro se dariam em cinco etapas distintas, o Estado de Minas comprovou a ocorr�ncia de mais de uma fase simultaneamente, o que sufoca o tr�nsito em toda a cidade. Agentes da BHTrans ouvidos pelo EM ainda garantem que durante as obras oper�rios costumam fechar mais espa�os do que o planejado para interdi��es no tr�nsito, o que causa transtorno at� que os fiscais consigam contornar os problemas.
A previs�o � de que todas as obras do sistema se encerrem em dezembro, inclusive o BRT Central, para que os �nibus comecem a circular em fevereiro de 2014. Com a interdi��o de parte da Rua Curitiba para as interven��es na Santos Dumont desde o dia 3, a situa��o mais cr�tica est� nos arredores da Pra�a Rio Branco. Todo o tr�fego que desce a Afonso Pena em dire��o � rodovi�ria fica restrito a duas faixas, enquanto pedestres aproveitam a lentid�o para andar no meio dos carros e transportadores fazem o que podem para desembarcar suas mercadorias. Quem vem da Caet�s acaba se deparando com a confus�o e � muito comum ver carros fechando o cruzamento.
Segundo o cronograma de obras, as interdi��es na Santos Dumont se dariam em etapas distintas, sendo uma em cada sentido. Por�m, toda a avenida est� fechada, assim como as al�as da Pra�a Rio Branco, que ser�o a conex�o entre as duas vias do BRT no Centro. Com a diminui��o de capacidade da Rua Curitiba, o reflexo � visto, por exemplo, na Afonso Pena. Na Avenida Paran� tamb�m h� fechamentos dos dois lados ao mesmo tempo no quarteir�o entre Tupinamb�s e Caet�s, o que mais uma vez contraria o cronograma.
O EM apurou que tr�s pontos ainda demandam interven��es vi�rias que podem gerar fechamentos parciais ou totais de tr�fego. Al�m da obra na Rua Caet�s, que amea�a provocar filas gigantescas na Avenida Ant�nio Carlos, h� necessidade de intervir em dois pontos em que os �nibus far�o retorno. Um � o cruzamento da Santos Dumont com a Rua da Bahia, na Pra�a da Esta��o. O outro, o encontro das avenidas Paran� e Amazonas, pr�ximo ao Mercado Central.
