
Ao proibir o uso de bon�s com o c�digo 4:20, a diretora da Escola Estadual Joaquim Afonso Rodrigues, em Carmo da Mata, no Centro-Oeste de Minas, n�o imaginava que levantaria uma discuss�o sobre o assunto em todo o estado e acabaria virando “celebridade” no munic�pio. J�nia Paix�o determinou a restri��o, no in�cio de setembro, sem pretens�o de gerar pol�mica. Duas semanas depois, o assunto tomou conta das redes sociais, da imprensa e as opini�es sobre o assunto divergem. Na cidade, n�o � diferente. Alguns apoiam a atitude da educadora, enquanto outros acham um exagero. Segundo J�nia, v�rios alunos vinham usando bon�s com o s�mbolo, que, segundo ela, faz apologia ao uso da maconha. Ao ser informada por um professor sobre o significado do 4:20, ela decidiu pesquisar e, ao constatar o que era, resolveu fazer a restri��o. “N�o entendo porque isso se tornou pol�mica. Trabalhamos com adolescentes em forma��o. Nossa obriga��o � proteg�-los e orient�-los. Muitos n�o sabiam o que aqueles n�meros significavam. Apenas seguiam a moda.”
Opini�es
Na escola, a diretora recebeu o apoio de alguns estudantes. � o caso dos amigos Alex J�nior de Oliveira, de 18; Cleiton Augusto de Freitas, de 17; e Max Teyller de Almeida, de 17. Os tr�s fazem quest�o de ir de bon� para escola, mas nada de usar s�mbolos que n�o conhecem. “Acho que pode influenciar sim, dependendo de quem usa. J� que tem gente que pode ser influenciado, acho que o que ela fez foi o que deveria ser feito. Sou a favor e meus amigos tamb�m”, disse Cleiton. J� a estudante Daniela Rodrigues, de 19 anos, discorda dos colegas. “N�o tem nada haver! Cada um usa o que quer. Esse s�mbolo n�o significa nada. N�o � porque a pessoa usa que est� mexendo com droga”, afirmou.
Daniel Rodrigues, de 16, tem o bon� e j� chegou a ir � escola com ele, mas, contrariado, teve que deixar o acess�rio em casa. “Eu uso o bon� na rua e n�o tem nada a ver. N�o uso nada. S� acho legal”, disse. A dona de casa Maria de F�tima Rodrigues do Amaral, de 55, mora em frente � escola e ficou ao lado da diretora. “Crian�a n�o tem que fazer apologia a droga, tem que estudar. O bon� tem que ser proibido mesmo.” A assessoria da Secretaria de Educa��o do estado informou que J�nia tem autonomia para decidir quest�es como essa e que ela tem o respaldo do governo de Minas para continuar a proibi��o.