
Uma per�cia que vai apontar as causas do primeiro inc�ndio de um coletivo do Move pode motivar um pedido de recall �s empresas Mercedes-Benz e Marcopolo, principais fornecedoras de �nibus do BRT em Belo Horizonte. A BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) admitiram que, caso fique comprovado algum problema que pode se estender a outros ve�culos, ir�o requisitar um reparo preventivo em toda frota. Propriet�rio do BRT queimado, o grupo Saritur confirmou a per�cia para determinar a causa do inc�ndio, iniciado na articula��o – parte sanfonada que une as duas composi��es do �nibus –, na noite dessa segunda-feira, na Avenida Pedro I.
O exemplar de prefixo 10701 que pegou fogo tem carroceria Marcopolo Viale BRT, chassi Mercedes-Benz O-500 MA e estava nas ruas desde o primeiro dia de opera��o do Move, em 8 de mar�o. Desde ent�o, rodou em diversas linhas, como a 82 (Esta��o S�o Gabriel/Savassi via Hospitais), 83D (S�o Gabriel/Centro - Direta) e 83P (S�o Gabriel/Centro - Paradora), sendo utilizado, depois da inaugura��o das esta��es Pampulha e Vilarinho, na linha 51 (Esta��o Pampulha/Centro/Hospitais) e, por �ltimo, na 61 (Esta��o Venda Nova/Centro - Direta). Marcopolo e Mercedes-Benz disseram que s� ir�o se posicionar a respeito depois da conclus�o de laudo t�cnico.
Embora o inc�ndio tenha come�ado no centro da carroceria, o �nibus sofreu perda total, segundo a Saritur. A BHTrans apontou a obrigatoriedade de vistoria em toda a frota e a exig�ncia de pelo menos um extintor de inc�ndio com f�cil acesso a motorista e passageiros. O �rg�o ressaltou que aguarda a per�cia para analisar se se tratar de uma ocorr�ncia pontual, e, caso seja necess�rio, no papel de gestora e fiscalizadora do sistema, ir� cobrar das concession�rias a realiza��o do recall.
Fabricante do chassi do coletivo, a Mercedes-Benz informou que uma equipe t�cnica da f�brica foi enviada para Belo Horizonte para entender o ocorrido. “Uma an�lise j� foi iniciada para ser apurado o que de fato ocorreu. S� iremos nos manifestar sobre o caso ap�s a conclus�o dessa an�lise t�cnica”, disse, em nota. J� a Marcopolo garantiu que n�o h� hist�rico de casos semelhantes envolvendo BRTs da marca, sediada em Caxias do Sul (RS).
O inc�ndio no BRT da Via��o Jardins, empresa do Grupo Saritur, aconteceu por volta das 18h de segunda-feira, na Avenida Pedro I, pr�ximo ao Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, Bairro Planalto, Regi�o Norte da capital. O motorista Maur�cio Ferreira de Lima contou que percebeu uma fuma�a estranha e parou o �nibus. Sete passageiros desceram e embarcaram em outro coletivo da linha 61. O motorista foi at� a sanfona e observou que havia chamas na parte de baixo. Funcion�rios de um posto de gasolina ficaram assustados com o fogo. “Dava para sentir o calor aqui no posto, a 35 metros de dist�ncia. O fogo apagou antes que os bombeiros chegassem. Explodiu o que tinha que explodir e com cinco minutos o �nibus j� estava todo queimado”, afirmou o frentista Fl�vio Vieira da Silva.

TESTES Em 7 de mar�o – um dia antes do in�cio da opera��o do BRT da capital –, o Estado de Minas apontou a realiza��o de testes de refrigera��o em um �nibus articulado Mercedes-Benz O-500 MA do Move, ainda na f�brica da Marcopolo, para evitar casos de superaquecimento. A falha paralisou parte da frota do Transoeste, primeiro corredor do Rio de Janeiro. A explica��o dada pelo fabricante de chassi na �poca foi de que o corte da grama ao longo da margem do BRT e o compressor do ar-condicionado levavam ao aquecimento do radiador e do compartimento do motor, respectivamente.
Dos 428 �nibus previstos at� a implanta��o total do novo sistema –192 articulados e 236 do tipo padron (com motor dianteiro e tamb�m usado em linhas mistas) –, 248 j� est�o em opera��o. A frota presente nas ruas � distribu�da entre 145 �nibus articulados e 103 padrons. (colaborou Pedro Ferreira)
