(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Uso de bike exige adapta��o ao tr�nsito

Quem troca o �nibus ou o carro pela bicicleta valoriza rapidez e liberdade conquistadas, mas diz que a seguran�a deve ser a prioridade do ciclista


postado em 20/07/2014 06:00 / atualizado em 20/07/2014 07:39

Marcelo Silva Duarte enfrenta os perigos representados por carros e ônibus com cautela e diz que nunca foi desrespeitado pelos motoristas(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Marcelo Silva Duarte enfrenta os perigos representados por carros e �nibus com cautela e diz que nunca foi desrespeitado pelos motoristas (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Esque�a a vida vista pela janela do �nibus ou pelo retrovisor do carro. O melhor � apreciar o caminho com o vento batendo no rosto, sem ficar preso no tr�nsito ou parado � espera do transporte p�blico. Para quem j� se decidiu pela bicicleta, este � um caminho sem volta, pois a bike se tornou aliada do dia a dia corrido em Belo Horizonte. A pressa que a cidade cobra �, inclusive, o motivo mais importante para muitos terem aderido ao pedal. No caso do banc�rio Marcelo Silva Duarte, de 39 anos, o maior deles. O ciclista, que diariamente vai para o trabalho de bicicleta, garante que, al�m de mais r�pido, � tranquilo e seguro andar de bike em BH. Na manh� de quinta-feira, o Estado de Minas acompanhou Marcelo de sua casa, no Bairro Sion, at� o trabalho, no Bairro de Lourdes, para conferir como � a experi�ncia.

De mochila e capacete, com a bicicleta na cal�ada, Marcelo j� aguardava a reportagem na porta do pr�dio onde mora, na Avenida Uruguai. O dia frio e o trecho de descida pelas ruas Major Lopes e Alagoas facilitaram o trajeto e o ajudaram a n�o transpirar. “� f�cil se adaptar ao tr�nsito, mas exige aten��o. O ciclista deve sempre se manter vis�vel aos carros e sinalizar suas inten��es de convers�o com o bra�o”, recomenda o banc�rio. No primeiro sinal vermelho, ainda no cruzamento com a Avenida Nossa Senhora do Carmo, ele alerta. “Tem que parar no sem�foro, como os outros ve�culos. Uma boa dica � sair dois ou tr�s segundos antes dos carros, quando os ve�culos da outra via j� tiverem parado. Tudo com seguran�a, claro”, orienta.

Trocar a marcha para uma tra��o mais leve n�o � regra no caminho de Marcelo, pelo menos na ida, que � praticamente toda de descidas. A mudan�a s� foi necess�ria em um pequeno trecho. A subida da Avenida Crist�v�o Colombo para a Pra�a da Liberdade exige for�a, mas nada demais. Por isso, o banc�rio n�o precisa tomar banho quando chega no trabalho, apesar de ter essa op��o, caso deseje. No pr�dio, h� ainda biciclet�rio e outros cinco funcion�rios v�o trabalhar diariamente de bicicleta. “Se pensar bem, s�o menos cinco carros no tr�nsito”, diz.

A proximidade com carros e �nibus �s vezes assusta, mas o percurso mostrou que motoristas est�o se acostumando com os ciclistas. No cruzamento com Avenida Brasil, uma mulher esperou para acelerar o carro, para dar passagem a Marcelo e � equipe do EM. No caminho, motociclistas se mostram curiosos. Eles, que tamb�m est�o sobre duas rodas, parecem tentar entender a din�mica de conseguir espa�o para andar de bicicleta no tr�nsito cada vez mais competitivo.

Fim da viagem e Marcelo conta 15 minutos no rel�gio. “� mais r�pido vir de bike do que de �nibus e, mesmo gastando menos tempo de carro, em condi��es normais, perco cerca de 20 minutos para conseguir uma vaga para estacionar”, conta. O banc�rio lembra: “A volta � de subidas e d� pra suar. Mas a� estou indo embora e n�o tem problema”, diz.

Cuidado

Marcelo conta que nunca caiu, nem foi ‘fechado’ por carros ou motos. “Mas � preciso estar sempre alerta”, diz. O funcion�rio p�blico Carlos Henrique Junior, de 58, que trabalha na Sudecap, n�o teve a mesma sorte. J� foi atropelado duas vezes na ciclovia da Avenida Am�rico Vesp�cio, uma vez por uma moto que cortava caminho e outra por um carro que sa�a da garagem. "Aqui na Via 240 j� tive problemas com pedestres que n�o respeitam a ciclovia, mas l� na Am�rico Vesp�cio, al�m dos pedestres, temos problemas com os motoristas", conta, enquanto mostra as marcas dos acidentes no joelho.

O povo fala - Seduzidos pelas rodas

Marcos Souza, 43 anos, diretor de produ��o na Orquestra Filarm�nica de Minas Gerais

(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
"Criei o h�bito de pedalar quando morei na Holanda, onde h� muitas ciclovias. Quando voltei a Belo Horizonte, n�o poderia deixar isso de lado. Por mais que a ciclovia seja pequena, � poss�vel se deslocar se houver vontade."

Adriano Stanley, 42 anos, professor universit�rio

"A bicicleta � a primeira op��o quando preciso sair de casa para resolver alguma quest�o pessoal, como ir ao banco ou a locais de presta��o de servi�os. Mas falta integra��o entre as vias."

Ronan Chamone, 27 anos, operador de processamento

"Deixei de pegar o carro para quase todas as situa��es. No ano passado, minha filha estudava no Col�gio Arnaldo e eu a levava e a buscava na garupa da bicicleta."

Daniel Souza, 20 anos, office boy

"Moro no Bairro Sagrada Fam�lia e gasto cerca de 30 minutos para ir pedalando at� o trabalho, no Funcion�rios. Pretendo continuar a usar a bicicleta, mas acho que as ciclovias precisam ser expandidas."

Henrique Daniel 14, Estudante do 9º ano

"Uso a bicicleta para me exercitar e quando preciso me deslocar para fazer algum servi�o. Tento andar s� pela ciclovia. N�o costumo ter problemas"


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)