
Moradores que vivem no terreno da Granja Werneck, na Regi�o Norte de Belo Horizonte, decidiram desocupar a ag�ncia da Caixa Econ�mica Federal (CEF) na Pra�a Sete, no Centro, depois de aproximadamente seis horas de protesto. O grupo saiu do im�vel no in�cio da noite desta segunda-feira, quando a Caixa decidiu prorrogar o prazo do contrato de libera��o de recursos para a constru��o de moradias do programa Mina Casa Minha Vida, que ser� implantado na �rea das ocupa��es. A data limite era 31 de agosto, mas foi prorrogada por tempo indeterminado.
O protesto das fam�lias das comunidades Vit�ria, Rosa Le�o e Esperan�a come�ou por volta de 12h. Um grupo de 150 pessoas tomou a �rea de atendimento do banco na Rua Carij�s, 218. Os manifestantes ficaram no local durante toda a tarde. Por volta das 18h, um representante da Caixa apresentou �s fam�lias um of�cio que comunicava a prorroga��o do contrato.
De acordo com Poliana de Souza, integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), a prorroga��o aconteceu por causa de irregularidades. “A Caixa viu que os dados da Prefeitura estavam incorretos. Ela assinou um contrato acreditando que l� moram um n�mero de pessoas, mas na realidade existem muito mais”, afirmou.

O banco � gestor operacional dos recursos do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. As comunidades est�o instaladas em parte de uma �rea de mais de 3 milh�es de metros quadrados. No caso da Ocupa��o Vit�ria, a perman�ncia de fam�lias barra a implanta��o de empreendimentos do programa com previs�o de abrigar 13,2 mil fam�lias de baixa renda na capital.
O contrato prev� a compra e venda de im�vel e a produ��o de 8.896 unidades habitacionais no �mbito do Programa Minha Casa Minha Vida, Faixa I, para atender fam�lias com renda de at� R$ 1,6 mil. Ele est� em fase de cumprimento de exig�ncias para autoriza��o de in�cio das obras.
Em nota, a Caixa Econ�mica Federal informou que “a cl�usula suspensiva foi temporariamente prorrogada at� que os respons�veis encontrem solu��o definitiva para o caso”. Voltou a negar que solicitou a reintegra��o da �rea, uma vez que n�o � propriet�ria do referido terreno. Por fim, esclareceu que n�o tem qualquer obje��o ao cancelamento do contrato, caso seja essa decis�o do poder p�blico e os demais envolvidos na constru��o do empreendimento.
