
O j�ri popular condenou mais um integrante da quadrilha conhecida como Bando da Degola, grupo acusado de matar os empres�rios Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, em um apartamento no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. A m�dica Gabriela Corr�a da Costa foi sentenciada por homic�dio qualificado, c�rcere privado, extors�o, destrui��o e oculta��o de cad�ver e forma��o de quadrilha. Ela ter� que cumprir 46 e seis meses de pris�o. Por�m, vai recorrer em liberdade.
O crime aconteceu em abril de 2010. Segundo as investiga��es, Frederico Flores, apontado como o l�der da quadrilha, foi informado que os empres�rios Rayder e Fabiano estavam envolvidos em estelionato e contrabando, movimentando grande quantidade de dinheiro em v�rias contas banc�rias. A partir da�, o bando sequestrou, extorquiu e matou os empres�rios com ajuda de outras sete pessoas. Os assassinatos aconteceram em 10 e 11 de abril em um apartamento depois que os acusados realizaram saques e transfer�ncias das contadas das v�timas. Em seguida, segundo relato do Minist�rio P�blico, eles mataram os empres�rios, cortando suas cabe�as e dedos para dificultar a identifica��o, e os levaram para a regi�o de Nova Lima, onde foram deixados parcialmente queimados. No dia seguinte, os r�us se reuniram para limpar o apartamento. A m�dica foi apontada nas investiga��es da Pol�cia Civil como a gerente da quadrilha.
O julgamento durou aproximadamente nove horas no 2º Tribunal do J�ri de Belo Horizonte, no F�rum Lafayette. A sess�o foi presidida pelo juiz titular Glauco Eduardo Soares Fernandes. Seis mulheres e um homem integraram o Conselho de Senten�a. O promotor Francisco Santiago n�o ficou totalmente satisfeito com o resultado. “Por ela n�o sair presa, s� no futuro vou poder dar uma resposta final a fam�lia das v�timas e a sociedade”, disse. Os advogados de defesa afirmaram que v�o recorrer da senten�a, pois consideraram errado as formas que foram escolhidos os quesitos.
Al�m de Gabriela e o l�der do grupo, outras quatro pessoas foram condenadas. o ex-cabo da Pol�cia Militar (PM) Renato Mozer, o ex-estudante Arlindo Soares, o gar�om norte-americano Adrian Gabriel Grigorcea, e o pastor Sidney Eduardo Beijamin.
O j�ri
Em depoimento durante o julgamento, Gabriela afirmou que fez os saques nas contas banc�rias dos dois empres�rios mortos pela quadrilha. Ela afirmou que as primeiras transfer�ncias foram feitas por uma das v�timas, mas admitiu que fez outras transa��es semelhantes.
Ao comentar sobre os crimes, tentou deixar claro que cometeu os atos sob amea�as. A m�dica afirmou que era vigiada e seguida por membros do grupo criminoso. Durante o interrogat�rio, a m�dica contou para o advogado de defesa que foi chamada para assistir �s agress�es contra as v�timas para ser intimidada, caso tra�sse o l�der da quadrilha.
Disse que n�o procurou a pol�cia ao ser convencida por Frederico Flores, considerado chefe da organiza��o. Gabriela admitiu que sabia do sequestro, mas negou o envolvimento nos crimes que responde.
Gabriela est� solta desde 6 de junho de 2010 depois de um habeas corpus que a tirou do Pres�dio S�o Joaquim de Bicas II.
Debates
O debate come�ou com o Promotor Francisco Santiago. Ele argumentou que a m�dica mentiu durante o depoimento para n�o sofrer san��es, como outros membros da quadrilha que j� foram julgados. Para Santiago, Gabriela entrou no grupo por causa do 'dinheiro sujo' e tinha um conhecimento de todo o esquema. O promotor afirmou que n�o acredita que a r� era coagida pelos outros integrantes da quadrilha.
O advogado Arthur Kalil, que defende a m�dica, iniciou a sua argumenta��o citando o laudo psicol�gico de Frederico Flores. Durante o processo, a defesa do ex-estudante de direito tentou provar a insanidade mental do r�u, mas um laudo indicou que ele � inteiramente capaz de compreender a gravidade dos crimes cometidos. Mesmo assim, Kalil citou a avalia��o de especialistas e tamb�m hist�rico psiqui�trico revelado pela m�e do acusado.
O defensor afirmou que Gabriela n�o tinha condi��es psicol�gicas para 'ser uma hero�na' e denunciar o plano. Segundo ele, h� provas que a m�dica movimentou as contas das v�timas e n�o h� provas de sua participa��o nos outros crimes. (Com informa��es de El�i Oliveira, da TV Alterosa)
