Deputados culpam concession�ria por longos congestionamentos na BR-381

A demora para que a rodovia Fern�o Dias (BR-381) fosse liberada ap�s acidente envolvendo uma carreta, ocorrido no dia 21 de mar�o, foi a principal reclama��o dos parlamentares em audi�ncia p�blica realizada na manh� desta ter�a-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A concession�ria que administra a rodovia e a Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) admitiram que houve falhas, mas n�o souberam apontar culpados e solu��es para futuras ocorr�ncias. A reuni�o foi realizada pela Comiss�o de Seguran�a P�blica.

No dia 21 de mar�o, uma carreta que carregava mais de 20 mil litros de combust�vel teve problemas mec�nicos e acabou virando na pista na altura de Brumadinho (Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte). A pista ficou totalmente fechada por 17 horas. Os deputados salientaram que alguns motoristas chegaram a ficar retidos por quase 40 horas. A fila de ve�culos que se formou s� come�ou a andar quando alguns motoristas quebraram a barreira do canteiro central e atravessaram para a pista com fluxo em sentido contr�rio – quando a Pol�cia Rodovi�ria Federal interferiu na organiza��o do tr�nsito nessa outra pista.

De acordo com o gerente de investimento da Autopista Fern�o Dias, Fernando Henrique Arantes, os procedimentos poss�veis foram tomados, mas n�o existem passagens pelo canteiro central ao longo da rodovia, e sim retornos a cada cinco ou sete quil�metros. O gerente de tr�fego da concession�ria, Jos� Carlos de Oliveira, explicou, por sua vez, que foram oferecidas rotas alternativas aos usu�rios, que eram alertados do acidente pelos pain�is eletr�nicos ao longo da rodovia.

O deputado Cabo J�lio (PMDB) ponderou que se os pr�prios usu�rios fizeram um caminho alternativo, ent�o era poss�vel isso ter sido feito de forma menos prec�ria pela concession�ria. Ele disse que houve falha grave da empresa.
As condi��es a que foram expostos os motoristas foram destacadas pelo deputado Sargento Rodrigues, que lembrou que todos ficaram sem acesso a comida e �gua enquanto estavam parados na estrada e vulner�veis a assaltos e viol�ncias. Ele citou a Lei Federal 8.987, de 1995, que trata das concess�es e permiss�es dos servi�os p�blicos, e ressaltou que as empresas devem primar pela qualidade dos servi�os prestados, o que inclui regularidade, continuidade, efici�ncia e seguran�a dos usu�rios.