As investiga��es sobre as causas da queda de um avi�o em um terreno que era ocupado por fam�lias do Movimento dos Sem-Terra (MST) em Tumiritinga, na Regi�o do Vale do Rio Doce, continuam sendo feitas pela Pol�cia Civil. O acidente culminou na morte do prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz (PP), de 39 anos, e do funcion�rio dele, Douglas Rafael da Silva, de 29. Equipes da delegacia de Conselheiro Pena, respons�vel pelo caso, colheram depoimento de sete moradores que estavam acampadas no terreno. Al�m deles, ocupantes de uma segunda aeronave, que testemunhas alegam ter sobrevoado a �rea e jogado uma esp�cie de coquetel molotov sobre as fam�lias, foram ouvidas. O teor n�o ser� mantido em sigilo.
A pol�cia tenta verificar duas vers�es para a queda da aeronave. A primeira foi dada pelos moradores que est�o na fazenda desde 5 de julho. O grupo, de aproximadamente 300 pessoas, informaram que duas aeronaves sobrevoaram a fazenda por aproximadamente uma hora no fim da tarde de ter�a-feira. Elas alegam que os ocupantes jogavam materiais semelhantes a coquetel molotov, vers�o contestada pelo advogado de Genil. Durante o voo, o piloto perdeu o controle da dire��o e a aeronave caiu.
Uma outra vers�o apurada � de que a aeronave onde estava o prefeito teria sido abatida por membros da ocupa��o. Por�m, a hip�tese est� praticamente descartada, pois nem a per�cia da Pol�cia Civil e nem a an�lise do Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa) encontraram vest�gios de que o avi�o foi atingido por tiros ou outros objetos externos.
Foram recolhidos no local da queda, sacolas pl�sticas com um l�quido que os moradores alegam terem sido jogados pelas aeronaves. A Pol�cia Civil afirmou, em nota, que o material ainda segue sendo analisado pela per�cia.
Fam�lias deixam a fazenda
Todas 150 fam�lias que ocupavam o terreno onde caiu o avi�o em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce, deixaram o local na tarde de quinta-feira. Os integrantes do Movimento dos Sem-Terra fizeram uma assembleia e decidiram pela sa�da por causa do clima de inseguran�a. O grupo ainda espera as garantias de aux�lio-moradia pelo governo estadual e um novo terreno, em outro munic�pio, proposta j� estudada pelo Instituto Nacional de Coloniza��o Agr�ria (Incra).
De acordo com V�nia Maria Oliveira, de 39, uma das integrantes do MST, o grupo se dividiu entre casas de parentes e outros assentamentos da regi�o. na quinta-feira, o superintendente do Incra, Gilson de Souza, disse que algumas �reas j� foram indicadas e alguns propriet�rios j� est�o sendo notificados para que as vistorias sejam feitas.