(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

"A��es entre amigos" ajudam v�timas de roubo em BH

Com crimes avan�ando na capital, cada vez mais amigos se unem para ajudar quem foi alvo de ladr�es a superar os preju�zos materiais. A��es ganham visibilidade nas redes sociais


postado em 27/08/2015 06:00 / atualizado em 27/08/2015 07:44

"O que era uma situa��o inicialmente triste teve o rumo mudado com a solidariedade dos amigos, que me ofereceram todo tipo de carinho. A rifa vai recuperar uma boa parte do preju�zo", Marcos Paulo Muniz, o DJ Seu Muniz, que teve seus equipamentos levados por dois assaltantes (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Com 23.229 roubos registrados de janeiro a julho deste ano, em Belo Horizonte � mais f�cil ter o azar de ser uma das nove pessoas assaltadas num grupo de mil do que ter a sorte de ser o ganhador de uma rifa de 10 centenas. A ironia, al�m de chamar a aten��o para o risco de os belos-horizontinos serem alvos dos ladr�es, tamb�m revela uma pr�tica que tem ajudado as pessoas a recuperar seus preju�zos diante dos ataques criminosos, que tem sido as “a��es entre amigos”. “� uma maneira de minimizar os danos de algu�m que a gente gosta, por meio da rifa solid�ria e outras iniciativas”, explica a administradora Elizabeth Martins de Oliveira, de 34 anos, que junto com um grupo de colegas do time de futebol feminino tenta ajudar uma empres�ria do setor lot�rico, que em um furto perdeu cerca de R$ 80 mil.

As a��es dos amigos ganham visibilidade nas redes sociais e, considerando a tend�ncia de crescimento dos roubos na capital, que nos sete primeiro meses de 2015 subiu 15,5% na compara��o com igual per�odo do ano passado, segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), com 20.111 casos, a iniciativa vai se tornar comum. Nos esfor�os para arrecadar recursos, s�o sorteadas camisas de clubes, vales-compras, bicicletas, entre outros pr�mios, que servem de apelo para que as pessoas desembolsem quantias entre R$ 5 a 10 por cada bilhete.

Elizabeth Oliveira n�o teve d�vidas de lan�ar m�o do artif�cio para ajudar sua amiga, que ela prefere preservar o nome para evitar constrangimentos junto � Caixa, que administra as lot�ricas.”O seguro cobre s� R$ 7 mil, pois o estabelecimento � blindado. S� que os tr�s ladr�es entraram pelo alto e levaram grande quantia em dinheiro e os produtos � venda. O pior, � que o banco determinou o fechamento da lot�rica, �nica fonte de renda da fam�lia”, explicou.

As amigas Elizabeth Oliveira, Thaiany Assueres, Waleska Ferreira, Michele Andrade e Renata Martins fizeram uma rifa para ajudar dona de uma casa lotérica, que foi vítima de furto(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
As amigas Elizabeth Oliveira, Thaiany Assueres, Waleska Ferreira, Michele Andrade e Renata Martins fizeram uma rifa para ajudar dona de uma casa lot�rica, que foi v�tima de furto (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
O estabelecimento fica no Bairro de Lourdes, Centro-Sul de Belo Horizonte. O furto ocorreu na madrugada do dia 10. Na empreitada para recuperar o preju�zo ou minimiz�-lo, a administradora conta com seu time de futebol, que tem na escala��o Thainy Assis, Walesca Braga, Michele Fernandes e Renata Martins. O grupo treina semanalmente na Platina Ball, no Prado, Oeste de BH, onde tem vendido os bilhetes e vai realizar no domingo um festival de futebol, com m�sica e churrasco beneficente, com toda renda destinada � empres�ria. “Pensamos inicialmente na rifa, e a Renata Martins colocou sua p�gina no Facebook � disposi��o para divulgar. S�o bilhetes de R$ 5, um valor bem acess�vel, para o pr�mio que � uma camisa oficial do time do ganhador. O sorteio ser� em 30 de setembro. Mas precisamos de mais recursos para minimizar o preju�zo”.

NA M�SICA Acostumado a levar a alegria para pistas de dan�a, o DJ Seu Muniz, ou Marcos Paulo Muniz, de 43, viu apagar seu costumeiro sorriso, depois que teve seus equipamentos de trabalhados levados por dois assaltantes. “Era uma noite de sexta-feira de julho, e eu tinha sa�do de uma casa noturna no Carmo Sion (Centro-Sul de BH). Andei tr�s quarteir�es para pegar um t�xi e surgiram os dois homens que tomaram tudo. Foi um preju�zo de R$ 6 mil, incluindo o cach�”, contou.

Na noite seguinte, com equipamentos emprestados ele estava animando a pista de outro estabelecimento. “Foi minha pior apresenta��o. N�o consegui esconder o clima pesado”. Os amigos ent�o trataram de anim�-lo, se dispondo ajud�-lo. A psic�loga Carol Campos, amiga que Muniz fez nas noites tocando na Savassi, se encarregou de promover uma rifa de um vale-compras de R$ 400, com mil bilhetes, a R$ 5 cada.

“Quem tem amigo nunca fica sozinho. O que era uma situa��o inicialmente triste, teve o rumo mudado com a solidariedade dos amigos que me ofereceram todo tipo de carinho. A rifa vai recuperar uma boa parte do preju�zo. Mas n�o ficou s� nisso, pois os locais em que trabalho t�m organizado festas para arrecadar dinheiro para mim”, destacou Muniz, que se surpreendeu com o grande n�mero de pessoas que o tem ajudado, nem que seja comprando bilhetes da rifa.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)