(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

BH tem m�dia de 50 pedidos de controle de ratos por dia

Roedores, que transmitem doen�as perigosas, proliferam no Centro de BH e preocupam popula��o


postado em 30/09/2015 06:00 / atualizado em 30/09/2015 11:26

Roedores rasgam sacos de lixo em busca de comida em pleno Centro de Belo Horizonte: risco para a saúde da população (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
Roedores rasgam sacos de lixo em busca de comida em pleno Centro de Belo Horizonte: risco para a sa�de da popula��o (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )

Ratos de telhado, camundongos e ratazanas est�o tomando conta das ruas do Centro de Belo Horizonte at� mesmo durante o dia. E a esp�cie mais perigosa � a ratazana, que chega a morder as pessoas, alerta a especialista em manejo integrado de pragas pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) Viviane Alves de Avelar. Por dia, a Secretaria Municipal de Sa�de recebe 50 pedidos de controle de roedores. De janeiro a agosto deste ano, j� foram 12.017 solicita��es, das quais 11.689 atendidas. Durante todo o ano passado, foram 23.386 solicita��es e 22.592 atendimentos. Ontem, a reportagem do Estado de Minas flagrou um grupo de ratazanas rasgando sacos de lixo e se misturando entre carros e motocicletas estacionados na Rua Carij�s, entre Avenida Oleg�rio Maciel e Guarani, no Centro.

De acordo com Viviane, a situa��o tende a piorar com a aproxima��o do per�odo chuvoso, pois as galerias subterr�neas e beiras de rio ficam cheias de �gua e os roedores saem. “As ratazanas s�o extremamente bravas, arredias, e chegam a morder as pessoas. Para piorar, temos muitos ratos de telhado andando sobre toldos e sobre fios”, disse Viviane.

A cuidadora de idosos Lohana Silva Mireira, de 22 anos, mora no Centro de BH e conta que tem at� medo de sair � noite. “S�o ratazanas enormes e muitos filhotinhos. A gente tem que correr para n�o ser atacada. As pessoas jogam comida no ch�o e eles saem do esgoto para comer”, reclama.

Vendedor em uma loja de som, Gilson Silva, de 45, diz que j� contou mais de 20 ratos em frente ao seu local de trabalho. “Come�am a sair do esgoto por volta das 17h. �s 19h, eles tomam conta de tudo. Eles sa�am s� � noite, mas agora � com o dia claro mesmo. Quando chove, a situa��o piora”, reclama o vendedor. Ontem � noite, a confeccionista Norma Sueli Soares, de 40, levou um susto e saiu correndo quando uma ratazana passou em cima dos seus p�s, na Rua Carij�s.

Segundo a bi�loga, o controle das ratazanas tem que ser no solo, nas partes mais baixas, e dos ratos de telhado, em �reas mais altas. J� os camundongos, em �reas internas. “Tem que verificar cada esp�cie para fazer o controle, fazer um estudo do ambiente e olhar os locais de entrada e a possibilidade de implanta��o de barreira f�sica”, orienta. Segundo ela, todas as esp�cies s�o perigosas, mas a ratazana morde as pessoas. “Ela consegue nadar at� 800 metros no esgoto sem respirar”, disse. Em algumas situa��es, as ratazanas conseguem at� levantar a tampa de vasos sanit�rios para entrar nas casas.


S�o v�rias as doen�as transmitidas pela urina dos ratos, segundo a especialista. Em �poca chuvosa, a mais comum � a leptospirose. “As pessoas andam descal�as em �reas alagadas. Com um machucadinho, o risco � alt�ssimo. Temos tamb�m sarna e a hantavirose, que pode matar”, alerta.

Viviane esclarece que o rato tem h�bito noturno, mas a infesta��o em Belo Horizonte � t�o alta que os roedores come�aram a sair durante o dia. “H� uma competi��o alimentar”, disse. Al�m de evitar restos de comida na rua, ela recomenda recolher ra��o de c�es e gatos do quintal � noite.

Para matar os ratos, o certo � usar raticidas anticoagulantes, que s�o permitidos pelo Minist�rio da Sa�de. “Matam por hemorragia interna, de cinco a sete dias depois que o roedor ingere o raticida. O chumbinho � de alt�ssimo risco para as pessoas e animais dom�sticos e � proibido por lei”, esclarece. Al�m disso, o chumbinho piora o problema do roedor, segundo ela. “Os ratos vivem em col�nias e s�o desconfiados. Quem experimenta primeiro o alimento n�o � o roedor reprodutor e o dominante, mas sim os filhotes, os velhos e com alguma doen�a. Quando eles experimentam e morrem imediatamente, os outros n�o comem. Com isso, h� um desequil�brio na col�nia e o reprodutor compensa a perda desse indiv�duo cobrindo f�meas e tendo um n�mero maior de filhotes”, alerta.

De acordo com a Secretaria de Sa�de de Belo Horizonte, o controle de roedores na capital � realizado em a��es programadas em �reas de maior infesta��es. O servi�o pode ser solicitado por meio telefone 156. Na capital, s�o tr�s esp�cies mais comuns de ratos :de telhado, camundongos e ratazanas.

V�deo: infesta��o de ratos no Centro de BH


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)