
Em entrevista coletiva na tarde desta ter�a-feira, a presidente Dilma Rousseff explicou que, 13 dias depois do rompimentos da barragem da Samarco em Mariana, o governo federal ainda n�o mensurou o impacto do problema ambiental, no que j� � considerado o maior desastre ecol�gico da nossa hist�ria. Ao lado dos governadores de Minas Gerais Fernando Pimentel e do Esp�rito Santo, Paulo Hartung, Dilma informou que o governo monitora, prioritariamente, o risco de novos rompimentos e a qualidade da �gua no Rio Doce, e afirmou que o planejamento para recupera��o do bioma segue incerto. "N�o temos a no��o de quanto tempo vai levar para recuperar (o ecossistema da bacia do Vale do Rio Doce). A trag�dia j� deixou 11 mortos e outros 12 desaparecidos.
Os sistemas emergenciais de abastecimento de �gua nas cidades afetadas com a lama de rejeitos da minera��o e a assist�ncia �s fam�lias v�timas da trag�dia tamb�m est�o no raio de a��o do governo, de acordo com Dilma. A ministra do Meio-Ambiente Izabela Teixeira, ap�s a fala da presidente, disse que o tempo para reestruturar o ecossistema n�o seria inferior a "uma d�cada".
Dilma defendeu que o bioma do Rio Doce deve ser usado como exemplo de recupera��o. Ela ainda afirmou que o drama de degrada��o da bacia antecede a lama que afetou o curso d'�gua e, por isso, merece um trabalho mais cuidadoso. “A recupera��o do rio � algo que n�s temos que tomar como quest�o objetiva e � a �nica forma de reforma. Segundo ela, o plano de recupera��o ser� constru�do pelo governo federal, mas com a participa��o dos estados. Nesta quarta-feira dever� ocorrer uma reuni�o entre a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) e os procuradores de Minas e Esp�rito Santo. “Esses tr�s procuradores v�o avaliar a arquitetura jur�dica de todos os problemas e sobretudo desse plano de recupera��o do Rio Doce. Essa � uma quest�o que � muito importante. A partir da� podemos dar exemplo de a��o federativa no sentido da recupera��o de uma das mais importantes bacias hidrogr�ficas."
N�o h� riscos
O governador Fernando Pimentel afirmou que sobre a lama que afetou a bacia do Rio Doce est� sendo constru�do um plano de a��o que envolva, inclusive, os outros estados. Para Pimentel, do ponto de vista emergencial tudo que pode ser feito est� sendo providenciado. “N�s estamos come�ando a tratar com a quest�o de longo prazo. Vamos construir um plano federativo para reconstruir a bacia do Rio Doce”, disse. O governador de Minas admitiu que a situa��o no local � de risco. “A situa��o ainda � uma situa��o de emerg�ncia na regi�o. Tanto � verdade que n�s n�o permitimos que a popula��o n�o retornasse para os locais de origem”. Apesar disso, ele disse que “n�o h� risco imediato” e que a situa��o est� sendo monitorada cotidianamente.
O governador do Esp�rito Santo, Paulo Hartung, afirmou que � necess�rio tempo para verificar os valores dos danos. Segundo ele, ser� cobrada a responsabilidade da empresa, mas � necess�rio que toda a extens�o do problema seja mensurado e como a lama ainda avan�a n�o d� para ter no��o do todo do problema. Hartung disse que um trabalho com os comit�s de bacia tanto em Minas, como no Esp�rito Santo deve ser feito. O governador capixaba cobrou que a mineradora seja chamada � responsabilidade. “N�s precisamos cobrar responsabilidade da Samarco, nesse acidente ambiental mais grave do nosso pa�s talvez', disse.