
A quadrilha agia em rodovias federais, principalmente nas BR’s 040 e 050. As cargas mais visadas eram combust�veis, cervejas, medicamentos e carnes. A escolha por estes produtos era a f�cil coloca��o junto a receptadores. A opera��o foi batizada de Catira, em refer�ncia �s palavras troca e escambo, na linguagem popular.
As a��es policiais come�aram por volta das 6h desta quinta, com o cumprimento de 51 mandados de pris�o e 50 mandados de busca e apreens�o de forma simult�nea em Minas Gerais, S�o Paulo, Mato Grosso do Sul, Par�, Esp�rito Santo, Goi�s, Bahia, Tocantins e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela Justi�a estadual de Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, com base em dois inqu�ritos policiais instaurados na cidade.
Ataques audaciosos
Os roubos come�avam quando integrantes da quadrilha, chamados de “homens-aranha” pela fac��o criminosa, subiam nas carrocerias dos caminh�es em movimento e provocavam pane nos ve�culos. Quando o motorista parava na rodovia para verificar o que estava acontecendo, ele era rendido, sequestrado e a carga roubada. Os condutores s� eram liberados do cativeiro depois que os criminosos faziam o transbordo da carga e davam uma destina��o para os caminh�es.
H� sete meses a organiza��o criminosa vinha sendo investigada, depois de identificadas diversas ocorr�ncias de roubos de cargas atribu�das ao grupo criminoso. “A quadrilha funcionava como uma empresa. Tinha, inclusive, uma divis�o de tarefas bem definida: n�cleo financeiro, n�cleo cont�bil, n�cleo armado e n�cleo log�stico. Os criminosos atuavam de modo din�mico”, ressaltou o delegado da Pol�cia Federal, Caio Porto.
O coordenador geral de opera��es da Pol�cia Rodovi�ria Federal, Silvinei Vasques, explica que a forma de atua��o e a articula��o da Ficco servem de exemplo para todo o pa�s. “Uma quadrilha desse porte, com ramifica��es em todo o Brasil, e com atua��o violenta, s� p�de ser desarticulada com a atua��o conjunta de for�as. Esta � uma grande experi�ncia”. O secret�rio adjunto da Defesa Social de Minas, Rodrigo de Melo Teixeira, tamb�m ressaltou a import�ncia do trabalho conjunto. “Todos unidos e respeitando a atribui��o legal de cada um. Este � o caminho para a seguran�a p�blica do estado e � o que a sociedade pede”.
A Ficco � coordenada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) e � composta pela Pol�cia Federal, Pol�cia Rodovi�ria Federal, pol�cias civil e militar e Corpo de Bombeiros de Minas. Na opera��o, a for�a integrada contou, ainda, com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda e da Ag�ncia Nacional do Petr�leo.