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Estado de Minas

Rejeitos da barragem da Samarco atingem praia de naturismo do Esp�rito Santo

Mancha est� prestes a atingir S�o Mateus, uma das cidades mais importantes do Norte capixaba


postado em 28/11/2015 11:00 / atualizado em 28/11/2015 11:41

Linhares (ES) – A lama da barragem da Samarco rompida em Mariana, na Regi�o Central de Minas, que desce pelo Rio Doce, continua se alastrando pelo mar no Esp�rito Santo e atingiu mais uma praia tur�stica. Depois de afetar a col�nia de pescadores e surfistas em Reg�ncia, que � distrito de Linhares e ber��rio de tartarugas marinhas amea�adas de extin��o, a mancha agora trouxe a colora��o vermelha para as praias de Barra Seca, tamb�m em Linhares, a cerca de 60 quil�metros da foz. A informa��o � da Pol�cia Federal. O local � conhecido por ser a �nica praia de naturismo do litoral capixaba.

Depois de contaminar a praia de Regência, a mancha de lama já atingiu Barra Seca, também em Linhares, a cerca de 60 quilômetros da foz do Rio Doce(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Depois de contaminar a praia de Reg�ncia, a mancha de lama j� atingiu Barra Seca, tamb�m em Linhares, a cerca de 60 quil�metros da foz do Rio Doce (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Uma das grandes atra��es era o banho no encontro do Rio Barra Seca com o mar, mas a sujeira espantou os frequentadores. Com isso, ambientalistas ligados ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, comit� da Bacia Hidrogr�fica da Foz do Rio Doce e Projeto Tamar de prote��o �s tartarugas marinhas requisitaram o deslocamento de mais m�quinas para o local, mas ainda n�o se sabe se � poss�vel usar boias para proteger o rio e seu estu�rio. Com esse avan�o, a mancha est� prestes a atingir o munic�pio de S�o Mateus, um dos mais importantes do Norte capixaba.

Enquanto a lama avan�a, autoridades e especialistas em an�lises qu�micas n�o se entendem quanto � toxicidade da �gua do Rio Doce. Laudos diversos t�m sido divulgados por v�rias entidades e empresas, incluindo a Samarco, apresentando o teor dos diversos metais presentes na �gua, mas at� agora n�o se tem uma certeza sobre os efeitos que o uso dessa �gua pode trazer � popula��o.

Ontem, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais e o do Esp�rito Santo divulgaram notas divergentes sobre o assunto. O MPMG apresentou o resultado das an�lises laboratoriais para metais pesados realizadas sobre a �gua bruta do Rio Doce e a tratada pelo Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (SAAE) de Governador Valadares em esta��es de tratamento, assim como dos sedimentos coletados no Rio Doce e no tanque de decanta��o do SAAE, e concluiu que a �gua tratada se encontra dentro dos padr�es para metais pesados determinados pelo Minist�rio da Sa�de. O exame foi realizado pela Comiss�o T�cnica Cient�fica da Universidade Federal de Juiz de Fora – C�mpus Governador Valadares (UFJF-GV). E, ainda segundo o MPMG, apesar da detec��o de metais pesados nas amostras de �gua bruta, eles podem ser eliminados no processo de tratamento da �gua.

J� o MPES divulgou uma orienta��o � popula��o daquele estado para que n�o use de nenhuma forma a �gua captada do Rio Doce. O MPES aguarda o resultado de uma an�lise dos laudos fornecidos pelo Servi�o Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), do munic�pio de Colatina, fornecidos depois de uma a��o de busca e apreens�o movida pelo MPES.

Novela em Colatina

Em Colatina, o abastecimento de �gua virou uma novela. Interrompido em 18 de novembro, quando a lama deslocada ao longo do Rio Doce atingiu a cidade, o abastecimento foi retomado na �ltima segunda-feira, mas paralisado na ter�a e autorizado a voltar ao normal na quarta-feira. Quando a capta��o de �gua do Doce foi liberada, a prefeitura apresentou laudo do Sanear mostrando altera��es nos n�veis de mangan�s, por�m, dentro do aceit�vel pela legisla��o. Pela Portaria 2.914/2011, do Minist�rio da Sa�de, as concentra��es de ferro e mangan�s n�o podem ultrapassar 2,4mg/L e 0,4mg/L, respectivamente. E, no caso, o par�metro mangan�s total apresentou concentra��o de 0,147mg/L, segundo an�lise do laborat�rio Tommasi Anal�tica, de Vit�ria.

Em Colatina, alterações nos níveis de manganês, mesmo dentro do aceitável, provocaram reação do MP(foto: Alexandre Guzanshe)
Em Colatina, altera��es nos n�veis de mangan�s, mesmo dentro do aceit�vel, provocaram rea��o do MP (foto: Alexandre Guzanshe)
J� os munic�pios de Linhares e Baixo Guandu, tamb�m banhados pelo Rio Doce, est�o usando outras formas de capta��o de �gua. Em Linhares, a prefeitura divulgou laudo na �ltima segunda-feira atestando a �gua estar impr�pria para consumo e abastecimento animal (posteriormente foi liberada para irriga��o). O laudo apresentou resultados para ars�nio, c�dmio, chumbo, ferro, merc�rio, zinco, alum�nio, mangan�s e f�sforo, nem todos dentro dos par�metros estabelecidos pelo Minist�rio da Sa�de.   (PC)


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