
O clima de inseguran�a aumentou em dois bairros de Belo Horizonte onde duas pessoas foram v�timas da viol�ncia e perderam a vida na tarde de quarta-feira. No Bairro Cidade Nova, Regi�o Leste, a microempres�ria Luciene Soares de Souza, de 45 anos, levou um tiro no abd�men ao reagir a uma tentativa de saidinha de banco. No Bairro Provid�ncia, Regi�o Norte, Ant�nio C�ssio Almeida Tofani, de 35, tamb�m foi morto a tiros quando chegava � sua casa lot�rica. Segundo moradores, comerciantes e pessoas que circulam pelos dois bairros, falta policiamento e os crimes de furto e roubo t�m aumentado assustadoramente.
Ontem, um policial militar em uma motocicleta fazia a seguran�a em frente � ag�ncia banc�ria onde Luciene havia sacado dinheiro antes de ser morta. Um carro da PM tamb�m dava voltas no quarteir�o. “N�o vejo pol�cia aqui hora nenhuma. � s� acontecer algum crime que a PM aparece, mas depois some de novo”, reclama a vendedora de loja de acess�rios femininos Ana Paula Martins, de 46. “� sempre assim. A �ltima vez que vi policial na rua foi quando um lavador de carro brigou com uma mulher e ela deu uma facada nele. A PM apareceu para prend�-la e, no dia seguinte, surgiram dois guardinhas, mas depois sumiram de novo”, disse Ana Paula. A vendedora conta que suas clientes est�o assustadas com os assaltos. “Uma delas foi roubada aqui perto. Tamb�m houve um tiroteio na rua ao lado”, conta.
A operadora de caixa S�nia Ramos de Oliveira, de 48, disse que n�o � a primeira vez que pessoas s�o v�timas de saidinha de banco no bairro. “Uma mo�a tamb�m foi roubada ao sair do banco com dinheiro. Dois motoqueiros passaram e levaram a bolsa dela”, disse. Comerciantes vizinhos reclamam que os roubos aumentaram depois que um posto de observa��o da PM que havia em frente � Feira dos Produtores foi desativado.
A vendedora Ros�ngela Vieira, de 25, que trabalha em uma loja de roupa infantil no Cidade Nova, tamb�m est� assustada. “Um homem armado entrou na loja em setembro, roubou o dinheiro do caixa e os celulares de duas funcion�rias. O assalto foi �s 14h25. Passamos as imagens das c�meras para a PM, mas n�o adiantou nada. Ningu�m foi

No Bairro Provid�ncia, as pessoas tamb�m reclamam de falta de policiamento. Levindo Lopes Caldeira, de 81, conta que foi dono por 18 anos da casa lot�rica de Ant�nio C�ssio, morto na quarta-feira. “Fui assaltado 11 vezes e tive que vender a lot�rica. Minha fam�lia me aconselhou a vender. Disse que eu j� era aposentado e que n�o precisava viver mais esse risco”, comentou.
ASSALTOS Nas ruas do Provid�ncia, o medo das pessoas � ainda maior. “Est� um caos. � horr�vel. Voc� n�o pode mais ficar no ponto de �nibus”, reclama a moradora Helena Teodoro Ferreira, de 75. “As pessoas s�o roubadas no ponto de �nibus, na porta das suas casas. N�o temos seguran�a nenhuma. N�o tem pol�cia no bairro”, reclama a dona de casa. A filha dela, K�tia Teodoro Ferreira, de 41, disse que os assaltos ocorrem at� dentro dos �nibus que atendem o bairro.
A assessoria de imprensa da PM foi procurada pela reportagem do Estado de Minas e n�o se manifestou sobre as reclama��es de falta de policiamento nos bairros Cidade Nova e Provid�ncia. O comandante da 23ª Companhia da PM, que atende o Bairro Cidade Nova, major Pedro Cassavari, tamb�m foi procurado. A informa��o � que ele participava de uma solenidade externa e que n�o poderia falar.