Muitos funcion�rios, por�m, continuaram pr�ximos aos estabelecimentos, acompanhando os trabalhos do Corpo de Bombeiros e da Cemig, aguardando respostas sobre quando poderiam voltar a seus postos. O propriet�rio da �ptica Corr�a, Geraldo Leopoldo, disse que est� h� 30 anos no ponto comercial e nunca presenciou cena parecida. “Queremos saber como ficou a loja. Sa� correndo e desliguei um ou outro computador, n�o sei se algum queimou”, disse. Segundo o tenente Philippe Matos, a causa poderia ter um curto-circuito provocado pela viola��o dos fios do transformador.
No Edif�cio Acaiaca, vizinho ao quarteir�o fechado, a falta de luz deixou elevadores e lojas sem opera��o por uma hora. Alguns bancos e outros estabelecimentos tamb�m tiveram o funcionamento suspenso pelo mesmo per�odo. O clima entre os frequentadores da regi�o era de apreens�o durante toda a manh� e in�cio da tarde. Muitos buscavam informa��es sobre as lojas fechadas, outros reclamavam do cheiro forte deixado pelo inc�ndio O auxiliar administrativo Lucas de Freitas voltou ao local por volta das 13h para ter not�cias de sua moto, deixada em um estacionamento da Rua Tamoios. “Quando cheguei notei uma fuma�a saindo do passeio, mas n�o imaginei que aumentaria tanto. Queria retirar a moto, mas acho que hoje (ontem) vou voltar para casa de �nibus”, lamentou.
Para passar o tempo, funcion�rios das lojas fechadas se concentraram na esquina da Tamoios com Afonso Pena, onde conversavam sobre as hip�teses para o inc�ndio e tamb�m trocavam fotos e registros do acidente. O impressor fotogr�fico Cristiano Alves, que trabalha em uma das lojas do quarteir�o afetado, contou que a fuma�a come�ou a tomar a rua por volta das 6h, mas que as pessoas passavam pr�ximo ao transformador normalmente sem no��o da gravidade. “Come�ou com uma fuma�a branca, mas depois vieram as explos�es por volta das 9h”, contou. Na loja em que ele trabalha todos os funcion�rios foram dispensados e a estimativa de preju�zo chega a R$ 7 mil.
P�NICO As explos�es causadas pelo inc�ndio, segundo os comerciantes, deixaram as pessoas “em p�nico” por pelo tr�s horas. Pessoas que trabalham em edif�cios pr�ximos desceram para acompanhar os trabalhos da rua porque tiveram medo de que a situa��o se agravasse.
Segundo a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), o fornecimento de energia foi suspenso por volta das 11h e restabelecido �s 11h57. A Cemig confirmou que a tentativa de furto de cabos � uma das hip�teses consideradas, mas que ainda est� investigando as causas do inc�ndio. Ontem, por volta das 14h30, apenas duas lojas voltaram a operar normalmente. A maioria continuou fechada durante todo o dia.