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Estado de Minas

Primeiro caso de beb� com microcefalia em MG refor�a alerta contra o Aedes

Apesar de queda nos casos, confirma��o de que beb� em Uberaba tem microcefalia causada pelo v�rus leva governo do estado a refor�ar import�ncia de medidas contra o mosquito


postado em 14/05/2016 06:00 / atualizado em 14/05/2016 09:13

Mosquito Aedes aegypti é transmissor do zika vírus, que provoca microcefalia em bebês(foto: Wikimedia/Reprodução )
Mosquito Aedes aegypti � transmissor do zika v�rus, que provoca microcefalia em beb�s (foto: Wikimedia/Reprodu��o )
A confirma��o do primeiro caso de beb� com microcefalia decorrente de infec��o pelo zika v�rus acende o alerta em Minas Gerais. Apesar de tend�ncia de queda no n�mero de casos da doen�a, segundo especialistas, por causa das mudan�as clim�ticas e a menor prolifera��o do Aedes aegypti, a Secretaria de Estado de Sa�de (SES) adverte que a luta contra o mosquito ainda est� longe do fim e � preciso cuidado. A crian�a com a doen�a, atualmente com 5 meses, nasceu em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, no dia 10 de dezembro do ano passado e o problema foi detectado ainda na gesta��o.

O exame que apresentou resultado positivo para microcefalia causada pelo zika foi feito num fragmento da placenta no dia seguinte ao nascimento. Segundo nota da Secretaria Municipal de Sa�de de Uberaba, o Departamento de Vigil�ncia Epidemiol�gica informou que a m�e, de 36 anos, apresentou quadro de exantema (manchas no corpo) por dois dias no quarto m�s de gesta��o. A secretaria de Uberaba destacou que, na �poca, n�o havia indica��o da circula��o do zika v�rus na cidade ou qualquer associa��o com riscos para as gestantes. As primeiras evid�ncias da associa��o do v�rus aos casos de microcefalia no Brasil surgiram em novembro do ano passado.


No s�timo m�s de gesta��o, durante um exame de ultrassonografia, foi identificado o quadro de microcefalia. A gestante, que fazia pr�-natal em unidade da rede p�blica municipal, foi ent�o encaminhada para atendimento no Hospital de Cl�nicas da Universidade Federal do Tri�ngulo Mineiro (HC/UFTM). A mulher deu � luz no pr�prio hospital e o beb� est� sendo acompanhado pelas equipes de neurologia, pediatria e fonoaudiologia desde o nascimento. A secretaria acrescentou que exames complementares ser�o feitos.


 O superintendente de Vigil�ncia Epidemiol�gica Ambiental e Sa�de do Trabalhador da SES, Rodrigo Said, destaca que o mosquito, que tamb�m transmite a dengue, circula durante todo o ano e, por isso, os cuidados em rela��o ao combate aos focos do Aedes aegypti n�o devem cessar. Entre outras a��es, ele ressalta a necessidade de se manter a casa limpa e sem �gua parada para evitar os poss�veis criadouros, eliminar pratinhos de plantas com �gua, garrafas PET ou qualquer objeto que facilite o ac�mulo de �gua. “Atentar ainda para o armazenamento e destina��o do lixo, manter as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de �gua nas mesmas, manter limpos e escovados os bebedouros de animais dom�sticos. A �gua deve ser trocada diariamente”, afirma.

At� o momento, a SES confirmou 176 casos de gestantes infectadas pelo zika v�rus em Minas, de um total de 747 notifica��es (desses, 536 ainda est�o em investiga��o). J� no protocolo de monitoramento de microcefalia, foram notificados 106 casos da doen�a, sendo dois confirmados por associa��o com o v�rus: um em Sete Lagoas (Regi�o Central do estado), que resultou em aborto, e o de Uberaba. O terceiro caso confirmado se refere a um rec�m-nascido em Montes Claros (Norte de Minas), cujos exames apontaram como causa infec��o cong�nita.

NORDESTE O infectologista Una� Tupinamb�s afirma que o zika vem diminuindo em virtude da mudan�a clim�tica, com temperaturas mais amenas e escassez de chuva nesta �poca do ano. A tend�ncia cl�nica � voltar � agenda antiga, com o desaparecimento dos casos de dengue e prov�veis notifica��es de zika. Ele chama a aten��o ainda para a probabilidade de a m�e do beb� nascido em Uberaba ter contra�do a doen�a no Nordeste do pa�s: “Os casos no Brasil come�aram a aparecer justamente nessa regi�o, em fevereiro do ano passado”. A Secretaria Municipal de Sa�de de Uberaba n�o conseguiu confirmar se ela viajou para outro estado.

O m�dico ressalta ainda que as ocorr�ncias mostraram que o risco de transmiss�o � maior no primeiro semestre e que apenas 20% das pessoas infectadas apresentam sintomas. Tupinamb�s lembra que ainda h� muitas perguntas sem respostas. Uma delas � sobre os riscos para o rec�m-nascido, j� que nem todas as infec��es contra�das durante a gesta��o s�o transmitidas aos beb�s. Apesar de risco diminu�do e da necessidade de muitos estudos, o infectologista destaca que os cuidados continuam sendo essenciais – principalmente entre as gestantes ou entre as mulheres que planejam engravidar. Elas devem controlar o criadouro, se proteger usando roupas de manga comprida e claras, repelentes, p�r tela nas janelas e cortinado. “No pr�ximo ver�o teremos mais respostas, mas uma delas j� sabemos: a taxa de transmiss�o n�o era t�o alta quanto pens�vamos. Mas � preciso continuar se cuidando e n�o baixar a guarda.”



No pa�s, h� mais

de 1,2 mil casos

O Brasil tem 1.271 casos confirmados de microcefalia e outras altera��es do sistema nervoso, sugestivos de infec��o cong�nita, segundo o boletim epidemiol�gico do Minist�rio da Sa�de, referente a registros feitos at� o �ltimo dia 30. Desses, 203 tiveram associa��o confirmada em laborat�rio com o v�rus zika. Mas a pasta ressalta que esse dado n�o representa, adequadamente, a totalidade do n�mero de casos relacionados ao v�rus. O minist�rio considera que houve infec��o pelo zika na maior parte das m�es que tiveram beb�s com diagn�stico final de microcefalia. No total, foram notificados 7.343 casos suspeitos desde o in�cio das investiga��es, em outubro de 2015, sendo que 2.492 foram descartados. Outros 3.580 est�o em fase de investiga��o.


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