Palestrante de curso � suspeito de participar de estupro coletivo em Bom Despacho

Um dos tr�s suspeitos de estuprar uma universit�ria de 19 anos no �ltimo fim de semana em Bom Despacho, Centro-Oeste de Minas, foi um dos palestrantes do congresso do qual ela participava. A informa��o foi divulgada pela delegada Dan�bia Quadros, da Divis�o Especializada de Atendimento da Mulher o Idoso e do Portador de Defici�ncia. Os suspeitos, que t�m idades entre 24 e 25 anos, j� foram identificados, s�o ex-alunos da Funda��o Jo�o Pinheiro e funcion�rios do governo de Minas.

O crime aconteceu de sexta para s�bado ap�s uma festa. Todos os envolvidos moram em Belo Horizonte. Segundo a delegada, a estudante contou que participou de uma festa depois dos semin�rios, onde ficou com um dos rapazes. Ela relatou ter bebido muito durante a festa e foi para o quarto do jovem. “Desmaiou em virtude da bebida. Quando ela acordou, estava outro rapaz em cima dela, sem roupa; um ao lado, de cueca; e o rapaz com o qual ela estava ficando, deitado no beliche”, explica Dan�bia Quadros.

A jovem disse � delegada que estava deitada em uma cama de casal e acordou ao sentir o corpo sendo virado. “Esses rapazes participavam do evento, sendo que um deles, o que estava em cima dela (o mais velho) foi palestrante do evento”, diz a delegada, relatando a vers�o da v�tima. “Ela se assustou com o rapaz em cima dela e virando o corpo dela para frente dele. Ela correu para o banheiro e ele correu atr�s dela, segundo a v�tima, tentando beij�-la e agarr�-la”. A delegada diz que, durante o depoimento, a universit�ria relatou ter dito “O que voc�s est�o pensando que eu sou? Quero ir embora”.

O rapaz com quem ela havia ficado na festa entregou a ela a blusa de um deles, para que se cobrisse, e a mo�a tamb�m vestiu uma saia. “ O que ficou apurado, quando ela saiu do quarto, um outro casal estava vindo e presenciou - ambos foram ouvidos - a menina saindo cambaleando ainda e os tr�s rapazes de cueca no quarto”, explica a policial.

A jovem procurou a pol�cia nessa quarta-feira e foi encaminhada a um hospital para tomar o coquetel contra o HIV, apesar de j� terem passado 72 horas do crime. Tamb�m foi feito o exame de corpo de delito. Ainda de acordo com a delegada Dan�bia, a jovem relutou e demorou a denunciar o caso �s autoridades porque uma das pessoas de sua fam�lia j� foi estuprada. “Ent�o, ela n�o queria trazer � tona essa lembran�a”, diz.

O caso foi registrado como estupro de vulner�vel, j� que a v�tima estava inconsciente. Se comprovada a culpa e os suspeitos forem condenados, a pena varia de 8 a 15 anos de pris�o.