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Estado de Minas

Mulher acusa joalheria de Montes Claros de discrimina��o contra o marido

Postagem em rede social alega que homem negro foi abordado e revistado a pedido da loja depois de comprar par de brincos; empresa nega que tenha solicitado a��o e afirma repudiar discrimina��o


postado em 16/06/2016 18:22 / atualizado em 17/06/2016 08:36

A promotora de vendas Deizielle Moura com motorista Frederico Antonio Nunes(foto: Álbum de família)
A promotora de vendas Deizielle Moura com motorista Frederico Antonio Nunes (foto: �lbum de fam�lia)
Uma acusa��o de discrimina��o, feita pela mulher do caminhoneiro Frederico Ant�nio Nunes contra uma joalheria, repercute nas redes sociais em Montes Claros (Norte de Minas). Em postagem na internet, Deizielle de Moura afirma que o marido foi abordado e revistado pela Pol�cia Militar depois de sair de uma loja, onde havia comprado um par de brincos para ela como presente do Dia dos Namoradores. A mulher acredita que o companheiro foi destratado e confundido com ladr�o por ser negro e afirma que entrar� com a��o contra a empresa. Por meio de nota, a joalheria nega preconceito e afirma que condena qualquer tipo de discrimina��o.

A mulher afirma que, devido ao constrangimento que sofreu, o marido entrou em um quadro depressivo e est� sendo submetido a tratamento psicol�gico e psiqui�trico. Por isso, parou de trabalhar. Conforme Deizielle, na manh� de 11 de junho, v�spera do Dia dos Namorados, Frederico Ant�nio foi at� uma joalheria no Centro de Montes Claros, em companhia de um filho do casal, um adolescente de 16 anos. Conforme o seu relato, inicialmente Frederico procurou por uma atendente, que teria destratado o cliente. “A mo�a pediu que ele ficasse em um canto da loja, pedindo que esperasse. Ele ficou esperando e ela n�o voltou”, afirma a promotora de vendas.

Conforme o relato dela, atendido por um outro vendedor, o marido dela comprou um par de brincos de ouro por R$ 250 e pagou com cart�o de d�bito. Logo depois que saiu da joalheria, afirma a mulher, Frederico e o filho dela foram abordados pela Pol�cia Militar. “Para surpresa dele e do meu filho, eles foram abordados com arma na cabe�a pela pol�cia. Meu marido e meu filho adolescente foram revistados, pessoas pararam para ver. Os policiais, que n�o encontram nada, pediram desculpas e falaram que a funcion�ria teria ligado pedindo que um suspeito que estava na loja fosse revistado”, escreveu a Deizielle, no depoimento postado na rede social.

A promotora de vendas disse que, ap�s Frederico explicar que tinha pago o presente e “provado que n�o era ladr�o”, os policiais informaram que ele poderia registrar boletim de ocorr�ncia do fato. Seguindo a “orienta��o”, o motorista de caminh�o foi at� um posto policial e registrou ocorr�ncia por “constrangimento ilegal”. Nesta quinta-feira, no entanto, ela informou que a fam�lia contratou um advogado para entrar com uma a��o de repara�ao de danos morais contra a joalheria, com base na Lei de Crimes Raciais (Lei 7.716/1989).

Em nota, a joalheria negou que tenha existido qualquer tipo de discrimina��o contra o cliente, sustentando que “repudia qualquer ato racista, discriminat�rio ou preconceituoso”. A empresa informa que averiguou as grava��es de v�deo do seu sistema de seguran�a e que n�o constatou nada de anormal no atendimento. “O cliente foi recepcionado cordialmente assim que adentrou o estabelecimento, sendo orientado da localiza��o das joias de seu interesse e informado que seria devidamente atendido por um vendedor que estava finalizando outro atendimento, j� que os demais funcion�rios atendiam outros clientes e poderiam demorar”, diz a joalheria, que solicitou para que a popula��o “n�o compartilhe mensagens caluniosas, de �dio e difamat�rias contra empresas ou pessoas diante de fatos contados de modo unilateral e que n�o est�o devidamente esclarecidos”.

A loja de joias nega tamb�m que tenha chamado a Pol�cia Militar para revistar o motorista. “� preciso destacar que a loja solicita constantemente o monitoramento de suas c�meras pela Pol�cia Militar atrav�s do Projeto Recomas e do Projeto Olho Vivo apenas no intuito de garantir seguran�a aos clientes e aos funcion�rios. Neste projeto a Pol�cia tem acesso irrestrito �s c�meras da loja, no entanto, � a pr�pria Pol�cia Militar que determina quando e como agir”, argumentou.

Por sua vez, o comando da 11ª Regi�o da Policia Militar de Montes Claros sustentou que n�o houve nenhum tipo de discrimina��o no caso, no qual foi feita uma “abordagem normal, seguindo as t�cnicas recomendadas, sem nenhum excesso”. Por isso, n�o foi instaurado procedimento para averiguar o comportamento dos policiais envolvidos.(RB)


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