
Todas as informa��es sobre a destina��o de cada exemplar foram colocadas em um documento emitido pela FPM e encaminhado � SPE. Com o in�cio do servi�o, o coordenador da Uni�o das Associa��es da Zona Sul de BH, Marcelo Marinho, acredita que a a��o est� servindo para aumentar a �rea dispon�vel para eventos no estacionamento, em detrimento da preserva��o do verde. “� evidente que a culpa n�o � da concession�ria, mas sim de quem permitiu a explora��o do espa�o. O parque � um santu�rio de preserva��o ambiental que n�o foi feito para esse tipo de aproveitamento. Al�m disso, a impress�o que temos � que o trabalho com as �rvores n�o est� sendo feito com o cuidado necess�rio”, afirma.
O argumento foi rebatido pelo gerente da SPE, Ubiratan Avelar Diniz. “Gostaria que a popula��o soubesse o que estamos fazendo. Recebemos uma lista de �rvores da FPM para serem tratadas. Muitas delas est�o mortas e a ordem � que sejam removidas. Al�m disso, a prefeitura determinou que para cada �rvore que for retirada pelo menos uma nova seja plantada”, afirma o gestor da concession�ria que faz a gest�o do estacionamento do parque.
Em uma lista preliminar a que o Estado de Minas teve acesso constam determina��es para 232 �rvores, sendo a retirada de 102 e a poda de 130. Das 102 com previs�o de retirada, 66 s�o consideradas esp�cimes vivos, mas precisam ser suprimidas para evitar problemas. � o caso de exemplares do pau jacar�, que apresentam malforma��o de tronco e copa, “al�m de serem inadequados para a �rea de circula��o j� que s�o suscept�veis � quebra de galhos pelo vento e ataque de erva-de-passarinho”, diz a engenheira agr�noma do Departamento T�cnico da FPM, Helenita Pereira Rodrigues. Tamb�m h� casos de f�cus, que “se encontram em local inadequado para sua esp�cie, de ra�zes muito vigorosas que destroem o piso”, acrescenta a engenheira agr�noma, que respondeu os questionamentos da reportagem por e-mail. Outros 36 esp�cimes j� est�o mortos e precisam ser removidos.

Ao perceber o trabalho de remo��o de �rvores, a popula��o cobrou que � necess�rio entender os motivos e saber se � realmente necess�rio a retirada. O dentista Rog�rio Guimar�es, de 69 anos, que costuma usar a �rea do estacionamento para fazer caminhadas, disse que se a �rvore j� est� morta n�o resta o que fazer. “Mas isso tem que ser uma determina��o de pessoas capacitadas para o trabalho e tem que ter um acompanhamento para saber se o que est� sendo feito � compat�vel com o previsto. A quest�o da poda � natural, tem que ser feita como manuten��o”, afirma.
O aposentado Ribeiro de Paula, de 67, acredita que novos exemplares t�m que ser introduzidos no meio ambiente. “� necess�rio ter uma aten��o especial com as �rvores. Se precisa retirar, tem que replantar”, afirma. J� a arquiteta Maria Silva, de 37, diz que o controle das �reas verdes do parque deve ser r�gido. “Como � uma �rea protegida, tem que verificar os fatos e ver quais s�o as necessidades. Eu imagino que haja esse controle rigoroso pelo fato de o parque estar em uma �rea de preserva��o”, afirma.