
O encontro, com a presen�a de brasileiros e estrangeiros de todas as idades, termina hoje e ter� atividades no Minascentro, no Barro Preto, na Regi�o Centro-Sul, das 8h �s 13h30 e das 15h �s 19h30, com entrada franca.
“Oramos pela humanidade, pelas na��es e pelos que mais necessitam”, explicou o frei Benedetto do Glorificado Cora��o, monge consagrado da ordem Gra�a e Miseric�rdia e porta-voz da Associa��o Maria, com sede em Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas.
“N�o temos v�nculos com doutrinas e religi�es, queremos acolher todos. Ora��o � uma forma de transforma��o, de mudan�as. Aqui temos kardecistas, cat�licos, evang�licos, budistas e outros para viver uma experi�ncia espiritual”, afirma.

A primeira edi��o, em agosto de 2013, ocorreu no Centro Mariano de Aurora, em Paysandu, no Uruguai, durante o Encontro Anual de Ora��o, sendo todos os eventos conduzidos por monges da ordem da Gra�a Miseric�rdia, “institui��o aut�noma, de car�ter religioso, filos�fico e de vida consagrada”.
Com o h�bito da ordem, sem v�nculo com a Igreja Cat�lica, e segurando um or�ndio, tipo de ros�rio com as contas de contempla��o, o frei Benedetto participou com os demais religiosos e leigos de c�nticos e ora��es, sendo a principal o Ter�o da Miseric�rdia, falado em portugu�s e com tradu��o em espanhol, ingl�s e polon�s.
Esse �ltimo idioma tem uma explica��o, j� que o Ter�o da Divina Miseric�rdia foi difundido por Santa Faustina (1905-1938), freira nascida na Pol�nia e conhecida por ser m�stica.
SEM T�DIO O monge explicou que, durante o encontro, os participantes fazem a Ora��o da Divina Miseric�rdia 3 mil vezes, marcadas pelas contas do or�ndio. Eis um trecho: “Eterno Pai, eu vos ofere�o o corpo e o sangue, a alma e a divindade de vosso dilet�ssimo filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expia��o de nossas faltas e das do mundo inteiro”.
Para quem se surpreende com o n�mero de vezes, ele tranquiliza dizendo que a ora��o n�o precisa ser mon�tona ou tediosa e que � entrecortada pelos c�nticos, �s vezes num tom de voz mais alto, outras mais baixo.
“Ora��o � um mantra e as pessoas, � medida que v�o orando, n�o t�m como resultado o cansa�o, mas uma grande alegria”, destaca. Ele lembra que o melhor, al�m de orar, � servir a Deus. “Este encontro � s� o come�o. As pessoas v�o ver que a miseric�rdia divina s� existe para apagar a mis�ria”, disse o frei.

Mineira residente em Florian�polis (SC), a estudante de artes Mariana Machado Duarte, de 25 anos, integra do Grupo da Campanha dos jovens pela paz e v� tal iniciativa como uma oportunidade para que todos estejam juntos praticando a espiritualidade. “� um caminho para que os jovens se sintam � vontade. O mundo precisa de amor e paz: boas a��es, ora��o pela vida e um mundo sem guerra”.
Declarando-se ecum�nica e certa de que “Deus � um s� e todas as religi�es falam de um s� Deus”, a estudante de medicina Clara Uhrmed, de 32, contou que aprendeu a rezar com a m�e, cat�lica, e manteve o costume desde crian�a. “Nos momentos mais dif�ceis, eu rezo. No domingo, roubaram o carro de um amigo e, mesmo antes de irmos � pol�cia, comecei a rezar. Sabe que o ve�culo apareceu cinco minutos depois?”, relatou a estudante.
Atuando como volunt�rio, o engenheiro agr�nomo colombiano Maur�cio Agredo, morador de BH h� uma d�cada, ressaltou que a ora��o � como um o�sis nesse mundo de lutas di�rias. “Para conquistar a paz e encontrar respostas, � preciso fazer um exame de consci�ncia e se perguntar: o que estou fazendo aqui?; o que fa�o � o que quero?”, orientou.