
A segunda ocorr�ncia chamou aten��o pelo fato de cidad�os terem feito o papel da pol�cia. Por volta das 13h30, um rapaz furtou um alicate na Gujoreba Presentes, na Rua Ant�nio de Albuquerque. Foi perseguido e dominado por populares na Diogo de Vasconcelos. Ficou detido em torno de 15 minutos at� a chegada de dois militares, que o encaminharam � Central de Flagrantes da Pol�cia Civil (Ceflan) 2, no Bairro Floresta, Regi�o Leste.
�s 15h, outra cena despertou curiosidade e receio de quem passava pelo quarteir�o fechado da Ant�nio de Albuquerque entre Crist�v�o Colombo e Alagoas. Um garoto com aproximadamente 13 anos e que ganha a vida vendendo balas empunhava, irritado, um peda�o de garrafa quebrada em dire��o a um adolescente com cerca de 15 anos. “Eles est�o discutindo. Jesus, o menor vai apanhar do grand�o se n�o parar”, disse uma mulher que passava pelo local.
As ocorr�ncias que atormentam moradores, lojistas e visitantes na regi�o n�o s�o de hoje. Na madrugada do �ltimo s�bado, dois jovens armados assaltaram a clientela de um tradicional estabelecimento de alimentos (veja v�deo no em.com.br). A dupla sacou as armas e amea�ou consumidores e funcion�rios. Um deles puxou a bolsa de uma garota, jogando-a ao ch�o.
“Fica dif�cil trabalhar desta forma. Parece que a Savassi est� jogada �s baratas”, lamentou o empres�rio, que preferiu n�o se identificar. Ele n�o � o �nico comerciante a reclamar da criminalidade na �rea. “A seguran�a est� p�ssima. Nossa loja foi arrombada h� dois meses. O sistema de v�deo mostrou uma pessoa entrando por volta das 4h”, lamentou Leandro Henrique Messiano, do Dep�sito Savassi.
Foi a dois quarteir�es da loja que o pesquisador Marcos Vin�cius Fran�a, de 21, foi abordado por dois ladr�es h� algumas semanas. Era uma noite de domingo. O rel�gio, conta ele, n�o havia marcado 21h quando ouviu da dupla: “Passa o celular”. Receoso de que algo pior pudesse ocorrer, o pesquisador entregou o aparelho.
OLHO VIVO Uma das medidas contra a viol�ncia na regi�o pode ser o aumento das c�meras de v�deo nas ruas e avenidas, defende Alessandro Runcini, diretor do Conselho da Savassi, um dos bra�os da C�mara de Dirigentes Lojistas da capital (CDL-BH). “� uma ferramenta fundamental para a pol�cia. O custo � menor do que o necess�rio para aumentar o efetivo da corpora��o”, justificou.
Mas, com base em anos anteriores, o empres�rio est� otimista com o aumento de militares na regi�o nas pr�ximas semanas, devido � proximidade das festas de fim de ano. As for�as policiais refor�am o patrulhamento na capital em dezembro para impedir crimes como roubos, furtos e, sobretudo, os conhecidos como saidinhas de bancos.
PM diz que viol�ncia
na regi�o diminuiu
A Pol�cia Militar refuta an�lises de que a Savassi tenha se tornado ref�m da viol�ncia. Segundo o major Eduardo, subcomandante do 1º Batalh�o da PM, respons�vel pela vigil�ncia na �rea, houve uma redu��o em torno de 13% dos chamados crimes violentos (roubo, extors�o, sequestro etc) entre 2016 e 2015.
“A regi�o da Savassi/Lourdes apresenta redu��o de crimes violentos, especialmente nos roubos, m�s a m�s, desde maio deste ano. Em outubro, a regi�o apresentou redu��o de 22,97% nos crimes de roubo em rela��o ao mesmo per�odo de 2015. J� no acumulado deste ano, de 1º de janeiro a 31 de outubro, a regi�o tem redu��o nos crimes de roubo de 11,62% em rela��o a igual per�odo do ano anterior” disse. Segundo ele, at� 27 de novembro a redu��o acumulada foi de 11,76% em rela��o a 2015. Os dados n�o foram melhores, argumenta, devido ao Carnaval, que representou piora nos indicadores de viol�ncia.
Ontem, por coincid�ncia, ocorreu uma reuni�o entre CDL, PM, Pol�cia Civil e Guarda Municipal para discutir, entre outros assuntos, realiza��o de evento na regi�o. Encontros dessa natureza n�o s�o incomuns. “Fizemos uma reuni�o para termos maior sinergia. A Civil, de forma pr�-ativa, est� come�ando a fazer rondas noturnas. A Guarda, desde que come�ou a andar armada, ajuda no refor�o da seguran�a”, disse Alessandro Runcini, conselheiro da CDL-BH.