Fora quem ficou preso no tr�nsito devido ao fechamento da Afonso Pena para o desfile do Chama o S�ndico, o clima na avenida � de pura euforia, com milhares de “cond�minos” cantando e dan�ando ao som das releituras de sucessos e Tim Maia e Jorge Ben Jor, repert�rio caracter�stico do bloco. O trajeto da folia termina na Pra�a Sete, com previs�o de festa carnavalesca at� o come�o da madrugada.
O arquiteto Fl�vio Savaget, de 36 anos, chama aten��o de quem passa. Com o "ju�zo" nas costas, a fantasia serve de acess�rio e de tanque para abastecer de bebida. "Uso essa fantasia h� 6 anos, desde que come�ou o Carnaval de BH", disse ele. Sobre a fantasia, foi enf�tico: "Tudo em excesso � ruim, mas perder um pouco do ju�zo pode", brincou.
N�o faltou criatividade nas fantasias, com direito a desabafos contra a pol�tica. "Carnaval tamb�m � momento de expor sua opini�o. Deixo aqui minha quest�o: ser� que o homem � que n�o � bom para o sistema ou o sistema que n�o � bom para o homem?”, filosofou na avenida o professor Renato Duarte, de 21.
At� quem estava de longe do olho do furac�o da folia entrou no clima. Patr�cia Abreu, de 53, moradora de um edif�cio vizinho, na Afonso Pena, disse que acompanha do alto em seu apartamento todos os eventos na avenida. "Tem 30 anos que moro nesse apartamento. Eu gosto de acompanhar por aqui. L� em baixo � muita muvuca. Acho um movimento muito justo. T� achando um pouquinho desanimado esse bloco, mas est� aprovad�ssimo", finalizou.
J� Danielle Moreira, de 40, uniu trabalho e divers�o, vendendo tiaras de flores. "Sou artes�, mas � a primeira vez que vendo para o carnaval. Estou adorando. Meu estoque j� at� acabou. Agora estou de olho na minha sobrinha para ela n�o aprontar", brincou.
RB
