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Estado de Minas BLOCOS DOS PROTEGIDOS

Pr�dios e com�rcio se cercam de tapumes e grades contra o vandalismo no carnaval

Neste carnaval, Belo Horizonte dever� receber cerca de 2,4 milh�es de foli�es, dos quais 500 mil turistas


postado em 25/02/2017 06:00 / atualizado em 25/02/2017 07:30

Posto de gasolina no Bairro Funcionários gastou R$ 1,5 mil em materiais para impedir a passagem de pessoas pela sua área durante os dias de festa(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Posto de gasolina no Bairro Funcion�rios gastou R$ 1,5 mil em materiais para impedir a passagem de pessoas pela sua �rea durante os dias de festa (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

H� uma grade entre a confus�o e a alegria, um tapume separando a baderna da divers�o e um aviso, em cartolina branca, para mostrar que o banheiro n�o � p�blico. Neste carnaval de Belo Horizonte, que dever� receber cerca de 2,4 milh�es de foli�es – dos quais 500 mil turistas –, pr�dios residenciais, restaurantes, bares, postos de gasolina e outros estabelecimentos comerciais se defendem da multid�o para evitar degrada��o do espa�o, estragos de equipamentos, invas�o durante a noite e, principalmente, perturba��o a todo momento, com pedido para fazer xixi. Diante da expectativa de tanta gente, muitos se protegem pela primeira vez; outros, escaldados, sabem que ser� para sempre.


Na tarde ensolarada e quente de ontem, Arcelino Monteiro Filho, gerente de um posto de gasolina na esquina da Avenida Afonso Pena com Gon�alves Dias, no Bairro Funcion�rios, na Regi�o Centro-Sul, montava, com sua equipe, a grade pela qual foi pago R$ 1,5 mil. “Vai come�ar de novo. Ano passado foi terr�vel, as pessoas invadiram, urinaram no ch�o do posto e descarregaram os extintores de inc�ndio. Virou um carnaval aqui dentro”, lamenta Arcelino.

O posto funciona das 6h �s 22h e Arcelino n�o quer confus�o por ali, tanto que ontem os carros que iam abastecer j� entravam e sa�am por uma entrada estrategicamente deixada no anteparo. “Diante do que ocorreu no ano passado, resolvemos fazer desse jeito”, contou o gerente, encaixando as partes de metal. Para evitar maiores problemas, a Belotur/Prefeitura de Belo Horizonte, organizadora da festa, d� algumas dicas para facilitar a conviv�ncia entre foli�es comerciantes, moradores e quem mais vier para BH.

Com a grade em bar na Savassi, Priscila Lipovetsky tenta proteger o estabelecimento e ainda cria área vip para os clientes (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Com a grade em bar na Savassi, Priscila Lipovetsky tenta proteger o estabelecimento e ainda cria �rea vip para os clientes (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

ESCADARIA
N�o muito longe, na Rua Professor Morais esquina com Cl�udio Manoel, a s�ndica decidiu tamb�m proteger com grades a frente do pr�dio, que tem uma escadaria. “Ficamos muito sacrificados nesta �poca. As pessoas ocuparam os degraus, comeram, namoraram e deixaram muita sujeira. Foi tanta gordura no m�rmore branco que fomos obrigados a lavar com jatos d’�gua. A medida � uma quest�o de seguran�a para o condom�nio e para resguardar a portaria e a integridade do porteiro”, disse a s�ndica, que prefere n�o se identificar.

O pr�dio est� perto de um bar onde h� grande aglomera��o de foli�es, e ela conta que, logo depois do carnaval do ano passado, a propriet�ria do estabelecimento sugeriu que os moradores pusessem grades. “H� muitos excessos, as pessoas sentaram na floreira e as mulheres fizeram xixi ali mesmo. Acabaram com o jardim e o porteiro n�o p�de fazer nada. As pessoas pedem para ir ao banheiro, mas como � que podemos deixar entrar desconhecidos?”, pergunta a s�ndica. O aluguel do tapume custou R$ 950 e ela espera que funcione at� a madrugada da quarta-feira de cinzas.

Na Savassi, um grupo de bares e restaurantes das ruas Para�ba e Ant�nio de Albuquerque se uniu, cercou os locais com grades e contratou seguran�as. Com cadeiras na cal�ada, o 80 Bar tamb�m se vale dessa iniciativa para garantir tranquilidade � clientela. “� uma forma de evitar que os ambulantes vendam aqui dentro”, diz o propriet�rio, Rond Gaspar. Ele explica que muitos frequentadores costumam deixar o celular sobre a mesa e podem ficar sem ele ao menor descuido. O banheiro tamb�m ser� exclusivo dos frequentadores.

Apoiada na grade que ela e o irm�o mandaram instalar, Priscila Lipovetsky, gerente do bar e restaurante Tropical Savassi, na Avenida Crist�v�o Colombo esquina com Rua Inconfidentes, matou dois coelhos com uma cajadada. “A grade protege e tamb�m cria uma �rea vip para os clientes”, adianta Priscila com bom humor. “Aqui n�o teremos hora para fechar, vai at� a hora em que houver movimento. Acredito que essa prote��o vai inibir confus�o”, observa a gerente.

 

Dicas de conviv�ncia

 

» Portaria, t� fora
N�o fazer concentra��o na porta de edif�cios residenciais e respeitar os estabelecimentos comerciais (abertos ou n�o), de forma a evitar a depreda��o

» Nem lixo, nem xixi
Os mij�es devem procurar os banheiros p�blicos distribu�dos pela cidade e �rea de desfile de blocos. Belo Horizonte n�o tem lei espec�fica para impedir os abusos, mas h� legisla��o federal proibindo ao cidad�o mostrar a genit�lia na rua

» Som, apenas dos blocos
Parar o carro, abrir o porta-malas e ligar o som na maior altura n�o � bem-vindo. Portanto, motoristas n�o devem fazer isso em lugar nenhum

» Fora da dispers�o
Assim que o bloco acabar o desfile, os foli�es devem liberar a �rea de dispers�o, de forma a deixar fluir o tr�nsito. Nada de fazer rodinha e continuar o fuzu�

» Sem atravessar o samba
Ambulantes n�o podem impedir a evolu��o do bloco, parando em frente � bateria. Devem escolher sempre as laterais pr�ximas aos passeios

» Sem briga e corte
Os foli�es devem dar prioridade ao consumo bebida em latas, e n�o em garrafas de vidro. Isso evita que o caco se transforme em arma ou vire armadilha para os p�s


Fonte: Belotur, comerciantes e s�ndicos 


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