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Estado de Minas

Falta de sinaliza��o dificulta a circula��o de t�xis na �rea do Move

Confus�o levou taxistas para o interior da Esta��o Vilarinho, onde a l�gica do tr�nsito � bem diferente do normal. Viagem ficou um pouco mais r�pida e barata, constatou o EM


postado em 07/03/2017 06:00 / atualizado em 07/03/2017 09:42

Táxi deixa pista do Move na Avenida Pedro I, na altura da Estação Cristiano Guimarães. Apesar de esse ser o último ponto de saída dos veículos leves, não havia nenhuma sinalização indicando o caminho(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
T�xi deixa pista do Move na Avenida Pedro I, na altura da Esta��o Cristiano Guimar�es. Apesar de esse ser o �ltimo ponto de sa�da dos ve�culos leves, n�o havia nenhuma sinaliza��o indicando o caminho (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
A falta de uma placa, faixa ou agente indicando que se deve deixar pela direita o corredor BRT/Move Dom Pedro I ap�s a Esta��o de Transfer�ncia Cristiano Guimar�es levou v�rios taxistas a ingressar perigosamente no trecho exclusivo dos coletivos de grande porte, indo parar no interior da Esta��o de Integra��o Vilarinho, onde o esquema de circula��o � completamente diferente, incluindo a exist�ncia de m�os-inglesas. Esse foi um dos apertos que motoristas e passageiros passaram ontem, primeiro dia da abertura do corredor do BRT/Move Ant�nio Carlos/Dom Pedro I, de 16 quil�metros, para o tr�fego de t�xis.


At� maio, a circula��o nessas duas vias ser� permitida a taxistas com passageiros embarcados, servindo de experi�ncia para saber se � vi�vel permitir a utiliza��o pelos t�xis dos outros corredores do Move, onde o tr�fego � menos carregado e h� menor n�mero de sem�foros, como a Avenida Cristiano Machado e Dom Pedro II.

Essa era uma antiga demanda dos taxistas, que ganham com isso uma vantagem sobre os aplicativos de transporte particular como Uber e Cabfy, obrigados a trafegar pelas pistas mistas, onde h� mais tr�nsito. A BHTrans e o Sindicato dos Taxistas (Sincavir) afirmam que ajustes devem ser feitos. Os taxistas s� podem circular com passageiros embarcados, devem manter os far�is e a luz de eletrovisores (displays do teto) ligados e n�o podem parar no meio dos corredores para embarques e desembarques, sob pena de multa.


Os problemas de acesso e sinaliza��o n�o se resumiram � n�o sinaliza��o da sa�da do corredor Dom Pedro I antes da Esta��o Vilarinho. O acesso ao corredor no Centro, para o sentido aeroporto internacional de Confins s� ocorre pela Avenida Oiapoque, Viaduto Leste e contorno do complexo da Lagoinha antes do T�nel Presidente Tancredo Neves. Muitos taxistas n�o sabiam disso, o que ficou evidenciado pela presen�a de v�rios condutores com suas setas ligadas para a esquerda, ao longo da avenida, tentando entrar nos antigos acessos, que foram fechados pela BHTrans. Somente tr�s quil�metros depois de circular na pista comum a todos os ve�culos � que se encontra o primeiro acesso para a pista do Move, na altura do Bairro Aparecida (Regi�o Noroeste de BH).


A reportagem do Estado de Minas testou ontem, no hor�rio de almo�o, quais seriam os ganhos de uma viagem de t�xi do Terminal Rodovi�rio Governador Israel Pinheiro (Tergip) at� o aeroporto internacional de Confins utilizando a pista mista e o corredor que era exclusivo ao BRT/Move. No final das contas, o ganho foi pequeno, com o t�xi que usou a pista dos �nibus chegando em 34 minutos, ao pre�o de R$ 120, enquanto o que fez o itiner�rio regular, pelas vias mistas, levou 39min40, ao custo de R$ 126,80. A BHTrans informou que em testes preliminares feitos nos 41 quil�metros entre a Esta��o de Transfer�ncia Senai, na Avenida Ant�nio Carlos, e o aeroporto internacional de Confins, o ganho m�dio de tempo de deslocamento foi de 40% em favor dos ve�culos que transitaram nas pistas do Move.

Entrada de táxis na área do Move é uma demanda antiga da categoria, que ganhou ainda mais força depois da entrada dos aplicativos de transporte (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
Entrada de t�xis na �rea do Move � uma demanda antiga da categoria, que ganhou ainda mais for�a depois da entrada dos aplicativos de transporte (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)

DESINFORMA��O
A viagem pelo corredor exclusivo foi repleta de contratempos devido � desinforma��o do taxista e de indica��es inexistentes no percurso. Ao sair do Tergip, o taxista Ramon Guimar�es, de 54 anos, n�o soube acessar o in�cio do corredor exclusivo Presidente Ant�nio Carlos, encontrando todos os acessos entre os bairros Lagoinha e S�o Crist�v�o fechados. Isso n�o apenas o fez rodar sempre pela esquerda da pista mista, buscando uma entrada, como o obrigou a retornar ao Centro para tentar novamente a entrada do corredor. Um atraso de 20 minutos, que custou R$ 30 na corrida. Uma vez dentro da pista do BRT/Move, o ve�culo atravessou sem paradas grandes extens�es que teriam sem�foros caso estivesse na via mista, sobretudo no trecho pr�ximo � UFMG, na Pampulha.


Quando chegou ao local de deixar o corredor da Avenida Dom Pedro I e de entrar na Rodovia Prefeito Am�rico Gianetti, a falta de uma indica��o clara o fez seguir direto, atr�s dos coletivos articulados do BRT/Move. Na primeira curva, que desce para o n�vel da Avenida Vilarinho em dire��o � esta��o de mesmo nome, a pista se inverte e a circula��o se d� pela direita. Como s� percebeu isso em cima do ponto de transi��o, o motorista passou a poucos metros de colidir contra um coletivo.

Na esta��o, a velocidade precisou ser reduzida a 30km/h e o deslocamento foi perigoso, entre �nibus embarcando, desembarcando e manobrando. “Acho que falta ainda uma sinaliza��o em todo o trecho. Quem nunca entrou aqui n�o sabe por onde circular. Eu mesmo n�o sabia que s� podia rodar com passageiros e com as luzes dos far�is e do eletrovisor ligadas. Tem muita gente de Contagem, Sabar� e outras cidades que circula aqui e vai ter dificuldades”, critica Ramon.


O tamb�m taxista Nilson Pereira dos Santos, de 58, gostou da novidade e projeta ganhos maiores nos hor�rios de pico. “J� levei 1h30min para fazer o trajeto do Centro ao aeroporto. O ganho vai ser brutal na compara��o entre quem estiver na pista mista e na do Move. Queria, agora, que se abrissem tamb�m os corredores das avenidas Dom Pedro II e Augusto de Lima, que d�o muita multa para taxistas. H� tantos radares l�, que se uma pessoa passar pelos quatro quarteir�es perde a carteira de uma vez s�”, alerta.

AJUSTES
De acordo com a BHTrans, ajustes poder�o ser feitos ao longo dos 90 dias de testes. “Teremos agentes ao longo das vias e circulando durante esse tempo de experi�ncia. Ser� importante tamb�m para sabermos qual � a ades�o dos ve�culos ao corredor principal e eventuais ajustes em sinaliza��es, por exemplo”, disse o superintendente de opera��o da BHTrans, Fernando de Oliveira Pessoa. O diretor-presidente do Sincavir, Avelino Moreira de Ara�jo, prev� ganhos para passageiros e motoristas. “Teremos mais conforto e diminui��o dos tempos de viagem, o que vai agradar muito aos nossos clientes. Essa era uma demanda antiga que a prefeitura teve, agora, a sensibilidade de conceder. Tenho certeza de que os taxistas v�o se adaptar e n�o teremos maiores problemas”, afirma.


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